terça-feira, 30 de novembro de 2010
Cinema
Ainda não falei de cinema por aqui. Bom, de certa forma sim, pois video clipe também é cinema, certo?
Ontem, por acaso assisti Avatar na tv a cabo.
O que dizer? O filme é uma bomba!!!
Em se tratando de cinemão blockbuster, prefiro bombas com algum enredo, como a série dos vampiros emos (pelo menos a trilha sonora tem coisas muito boas), ou então fantasias como a saga Harry Potter.
E já que o assunto é cinema, fica instituído que a terça-feira é dia do momento Jarmusch, que é, digamos assim, o padrinho ideológico do programa:
Ontem, por acaso assisti Avatar na tv a cabo.
O que dizer? O filme é uma bomba!!!
Em se tratando de cinemão blockbuster, prefiro bombas com algum enredo, como a série dos vampiros emos (pelo menos a trilha sonora tem coisas muito boas), ou então fantasias como a saga Harry Potter.
E já que o assunto é cinema, fica instituído que a terça-feira é dia do momento Jarmusch, que é, digamos assim, o padrinho ideológico do programa:
Reverb...
Segundo informado pelo blog Popload, do Lúcio Ribeiro, a genial banda norte-americana LCD Soundsystem vem ao Brasil em fevereiro do ano que vem.
O show será parte de um evento do próprio Popload e acontece em 20 de fevereiro, em lugar e a preços a serem anunciados.
Posso afirmar com certeza que se trata de um show imperdível.
Das bandas surgidas na gringa dos anos 2000 para cá o LCD é uma das poucas que me fazem a cabeça, junto com Strokes, Franz Ferdinand, TV on the Radio e Gnarls Barkley.
Agora é aguardar as informações e garantir o ingresso.
Aliás, o primeiro semestre já promete em termos de shows, com Amy Whinehous, Vampire Weekend e MGTM, além do próprio LCD, todos artistas relativamente novos e hypados.
O show será parte de um evento do próprio Popload e acontece em 20 de fevereiro, em lugar e a preços a serem anunciados.
Posso afirmar com certeza que se trata de um show imperdível.
Das bandas surgidas na gringa dos anos 2000 para cá o LCD é uma das poucas que me fazem a cabeça, junto com Strokes, Franz Ferdinand, TV on the Radio e Gnarls Barkley.
Agora é aguardar as informações e garantir o ingresso.
Aliás, o primeiro semestre já promete em termos de shows, com Amy Whinehous, Vampire Weekend e MGTM, além do próprio LCD, todos artistas relativamente novos e hypados.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A vida é cheia de som e fúria!!!
Admito ser muito complicado puxar pela memória o primeiro contato com música que realmente me marcou.
É claro que todos aqueles discos infantis fizeram parte da minha vida, como Arca de Noé, Saltimbancos, disquinhos de histórias da Disney, Balão Mágico, etc. De qualquer forma, ainda que tenham sido elementos importantes na minha formação, certamente não determinaram a qualidade daquilo que iria ouvir no futuro.
Me lembro de sempre fuçar no aparelho de som de casa e nos discos que ali estavam disponíveis. Tinha muita coisa interessante, ainda que na época eu tivesse alguns preconceitos. Me lembro muito bem de LPs e K7s de Milton Nascimento, Belchior, Ray Conniff, umas coisas latinas, um pouco de música clássica, Beatles e Tropicália (alguns desses LPs hoje integram minha estimada coleção). Mas desse acervo, o que mais me chamou atenção na época era uma fita do ABBA, cujas músicas costumava ouvir bastante, ainda que dando boas risadas. Havia também uma coletânea em K7 do Queen, que posteriormente seria muito explorada.
Esse passeio pela memória também me leva para a rádio FM, ouvida de forma totalmente passiva dentro do carro, seja em trajetos curtos ou em viagens mais longas, e que às vezes tinha suas ondas interrompidas pelas transmissões de jogos de futebol, que, a sua maneira, também marcaram muito. Nesse cenário, além das músicas que até hoje tocam nas Alfa Fms da vida, me recordo com muito carinho das canções de Guilherme Arantes, Lionel Richie e coisas do gênero. Isso sem falar em Elton John, um dos preferidos de meu pai.
Esses primeiros encontros com a música tiveram muita influência de minha mãe, pois era basicamente dela a discoteca que eu revirava, se não para ouvir, ao menos para admirar e estudar as capas dos álbuns.
Bom, não precisa nem dizer que fui criança na década de 1980, o que leva à clara conclusão de que todos aqueles sons fizeram parte da minha vida e criação musical.
Me lembro muito bem das transmissões do primeiro Rock in Rio, com meu pai me dizendo que Angus Young iria mostrar a bunda em tal música e me ensinando a fazer o famoso chifrinho com a mão.
Um pouco antes disso teve toda a repercussão do show do Kiss no Morumbi, ao qual eu não fui, mas me lembro muito bem de todas as lendas (satanismo, pintinhos esmagados e coisas e tal), que, para um garoto que crescia na Vila Leopoldina de então (para mim sempre será Lapa), e que estudava em colégio de freiras, eram assustadoras na medida exata entre o medo e a curiosidade.
Aliás, foi do Kiss o primeiro disco que me lembro de ter ganho. Na verdade, uma fita K7 do Creatures of the Night. Meu irmão mais novo ganhou o Lick it up.
Bom, voltando à cena musical dos anos 80, ainda que fosse muito criança para viver aquilo de verdade, os sons e imagens estavam lá para serem assimilados, seja pela rádio ou pela TV (como era divertido assistir ao Cassino do Chacrinha!).
O primeiro disco de rock brasileiro que ganhei (também um K7) foi o Dois, da Legião Urbana, ouvido à exaustão, especialmente o lado A. Engraçado como as coisas são, pois nessa mesma época meu irmão ganhou o Selvagem!, dos Paralamas, hoje para mim um disco muito mais querido que o Dois.
Não precisa nem falar de todo aquele synth-pop que tocava nas rádios e na TV, especialmente nos filmes de John Hughes, hoje clássicos absolutos da Sessão da Tarde.
É claro que a febre do RPM não passou despercebida, nem, anos depois, o pop de FM (Rádio Jovem Pan) eternizado por Pet Shop Boys, mas que na época fazia sucesso também com Erasure, Noel, Information Society, Rick Astley, Kyle Minougue e outros. Nessa época fui ao primeiro show na minha vida, do A-HA, no Parque Antártica.
De toda essa informação, uma realmente bateu e ficou para o resto da vida: New Order! Verdadeira febre em 1986 com o álbum Substance – pelo menos naquela quarta série de colégio classe média/média alta do Morumbi -, e que representou um “trauma” de não ganhar o tão sonhado disco, que era duplo (engraçado, pois até hoje não tenho esse álbum).
Cabe aqui um parêntese necessário, pois ainda não falei de Michael Jackson e Madonna. Quanto ao primeiro posso dizer com segurança que estava lá quando da febre de Thriller, ainda que não tenha me pegado de jeito. Já a Madonna, fui prestar mais atenção quando rolou aquele clipe do Like a Prayer, e depois me aventurei um pouco mais na obra anterior dela, nada mais significativo.
Bom, e assim foram os anos 1980 das primeiras paixões e de muitas referências.
Só que a bomba estourou mesmo foi nos anos 1990, afinal de contas é na adolescência e sua sequência que se segmentam os gostos e conhecimentos musicais.
Nesse contexto, não é preciso dizer que a MTV teve grande importância, mas, antes disso, um programinha da TV Gazeta abriu uma série de caminhos. Estou falando do Clip Trip, apresentado pelo locutor da rádio Jovem Pan Beto Rivera, com cerca de meia hora de duração, e que primava pelo absoluto ecletismo, ou, pode-se dizer, total falta de critério. Se por um lado o programa passava clipes de babas como New Kids On The Block e coisas do gênero, foi nele que vi pela primeira vez Guns and Roses e Metallica, por exemplo, sem contar toda a galera do rock inglês dos anos 80.
Assim, o final da década de 80 e início da de 90, para mim, foi um período pautado pelo hard rock americano e pelo “metal farofa”, gêneros que – mais especificamente o segundo – se hoje não passam de uma boa piada, na época foram importantes para sedimentar meu gosto e curiosidade por coisas boas. Confesso que o Bon Jovi foi o meu Beatles (rs)!
Nessa época meu pai apresentou grande contribuição, pois como sempre viajava para fora do país, quando voltava me trazia uns três ou quatro CDs, comprados com a ajuda dos vendedores das lojas, o que rendeu coisas como Aerosmith, Judas Priest e otras cosas más.
Depois veio o grunge – não me esqueço da sensação de ouvir Smells like teen spirit pela primeira vez, algo que se repetiu muito poucas vezes ao longo do tempo – e o U2 em sua fase Berlin (Achtung Baby e Zooropa), minha preferida até hoje.
Daí para frente foi só alegria, com a descoberta do chamado rock alternativo – todo crédito para os programas da MTV Lado B e 121, que era um programa apresentado pelo Thunderbird, gravado totalmente fora do estúdio, e sempre apresentando sons fantásticos - , jazz, Kraftwerk, toda a música jamaicana, e por aí vai.
Por fim, outro personagem fundamental na descoberta dos bons sons, meu grande – literalmente – amigo Fernandão, que me apresentou coisas como Mestre Ambrósio, Cowboy Junkies e Morphine, este último, aliás, cuja primeira audição vale um post inteiro. Infelizmente (ou não, sei lá) a vida mostrou caminhos diversos para esse grande amigo, que continua morando no meu coração, apesar das distâncias.
Não vou me alongar muito mais, pois a história não tem fim, basta dizer que tudo o que a TV e o rádio um dia representaram hoje migrou para a internet e suas infinitas fontes de informação.
É isso aí, essa é minha história, que ao longo do tempo virá fragmentada em outros posts por aqui.
Abs,
É claro que todos aqueles discos infantis fizeram parte da minha vida, como Arca de Noé, Saltimbancos, disquinhos de histórias da Disney, Balão Mágico, etc. De qualquer forma, ainda que tenham sido elementos importantes na minha formação, certamente não determinaram a qualidade daquilo que iria ouvir no futuro.
Me lembro de sempre fuçar no aparelho de som de casa e nos discos que ali estavam disponíveis. Tinha muita coisa interessante, ainda que na época eu tivesse alguns preconceitos. Me lembro muito bem de LPs e K7s de Milton Nascimento, Belchior, Ray Conniff, umas coisas latinas, um pouco de música clássica, Beatles e Tropicália (alguns desses LPs hoje integram minha estimada coleção). Mas desse acervo, o que mais me chamou atenção na época era uma fita do ABBA, cujas músicas costumava ouvir bastante, ainda que dando boas risadas. Havia também uma coletânea em K7 do Queen, que posteriormente seria muito explorada.
Esse passeio pela memória também me leva para a rádio FM, ouvida de forma totalmente passiva dentro do carro, seja em trajetos curtos ou em viagens mais longas, e que às vezes tinha suas ondas interrompidas pelas transmissões de jogos de futebol, que, a sua maneira, também marcaram muito. Nesse cenário, além das músicas que até hoje tocam nas Alfa Fms da vida, me recordo com muito carinho das canções de Guilherme Arantes, Lionel Richie e coisas do gênero. Isso sem falar em Elton John, um dos preferidos de meu pai.
Esses primeiros encontros com a música tiveram muita influência de minha mãe, pois era basicamente dela a discoteca que eu revirava, se não para ouvir, ao menos para admirar e estudar as capas dos álbuns.
Bom, não precisa nem dizer que fui criança na década de 1980, o que leva à clara conclusão de que todos aqueles sons fizeram parte da minha vida e criação musical.
Me lembro muito bem das transmissões do primeiro Rock in Rio, com meu pai me dizendo que Angus Young iria mostrar a bunda em tal música e me ensinando a fazer o famoso chifrinho com a mão.
Um pouco antes disso teve toda a repercussão do show do Kiss no Morumbi, ao qual eu não fui, mas me lembro muito bem de todas as lendas (satanismo, pintinhos esmagados e coisas e tal), que, para um garoto que crescia na Vila Leopoldina de então (para mim sempre será Lapa), e que estudava em colégio de freiras, eram assustadoras na medida exata entre o medo e a curiosidade.
Aliás, foi do Kiss o primeiro disco que me lembro de ter ganho. Na verdade, uma fita K7 do Creatures of the Night. Meu irmão mais novo ganhou o Lick it up.
Bom, voltando à cena musical dos anos 80, ainda que fosse muito criança para viver aquilo de verdade, os sons e imagens estavam lá para serem assimilados, seja pela rádio ou pela TV (como era divertido assistir ao Cassino do Chacrinha!).
O primeiro disco de rock brasileiro que ganhei (também um K7) foi o Dois, da Legião Urbana, ouvido à exaustão, especialmente o lado A. Engraçado como as coisas são, pois nessa mesma época meu irmão ganhou o Selvagem!, dos Paralamas, hoje para mim um disco muito mais querido que o Dois.
Não precisa nem falar de todo aquele synth-pop que tocava nas rádios e na TV, especialmente nos filmes de John Hughes, hoje clássicos absolutos da Sessão da Tarde.
É claro que a febre do RPM não passou despercebida, nem, anos depois, o pop de FM (Rádio Jovem Pan) eternizado por Pet Shop Boys, mas que na época fazia sucesso também com Erasure, Noel, Information Society, Rick Astley, Kyle Minougue e outros. Nessa época fui ao primeiro show na minha vida, do A-HA, no Parque Antártica.
De toda essa informação, uma realmente bateu e ficou para o resto da vida: New Order! Verdadeira febre em 1986 com o álbum Substance – pelo menos naquela quarta série de colégio classe média/média alta do Morumbi -, e que representou um “trauma” de não ganhar o tão sonhado disco, que era duplo (engraçado, pois até hoje não tenho esse álbum).
Cabe aqui um parêntese necessário, pois ainda não falei de Michael Jackson e Madonna. Quanto ao primeiro posso dizer com segurança que estava lá quando da febre de Thriller, ainda que não tenha me pegado de jeito. Já a Madonna, fui prestar mais atenção quando rolou aquele clipe do Like a Prayer, e depois me aventurei um pouco mais na obra anterior dela, nada mais significativo.
Bom, e assim foram os anos 1980 das primeiras paixões e de muitas referências.
Só que a bomba estourou mesmo foi nos anos 1990, afinal de contas é na adolescência e sua sequência que se segmentam os gostos e conhecimentos musicais.
Nesse contexto, não é preciso dizer que a MTV teve grande importância, mas, antes disso, um programinha da TV Gazeta abriu uma série de caminhos. Estou falando do Clip Trip, apresentado pelo locutor da rádio Jovem Pan Beto Rivera, com cerca de meia hora de duração, e que primava pelo absoluto ecletismo, ou, pode-se dizer, total falta de critério. Se por um lado o programa passava clipes de babas como New Kids On The Block e coisas do gênero, foi nele que vi pela primeira vez Guns and Roses e Metallica, por exemplo, sem contar toda a galera do rock inglês dos anos 80.
Assim, o final da década de 80 e início da de 90, para mim, foi um período pautado pelo hard rock americano e pelo “metal farofa”, gêneros que – mais especificamente o segundo – se hoje não passam de uma boa piada, na época foram importantes para sedimentar meu gosto e curiosidade por coisas boas. Confesso que o Bon Jovi foi o meu Beatles (rs)!
Nessa época meu pai apresentou grande contribuição, pois como sempre viajava para fora do país, quando voltava me trazia uns três ou quatro CDs, comprados com a ajuda dos vendedores das lojas, o que rendeu coisas como Aerosmith, Judas Priest e otras cosas más.
Depois veio o grunge – não me esqueço da sensação de ouvir Smells like teen spirit pela primeira vez, algo que se repetiu muito poucas vezes ao longo do tempo – e o U2 em sua fase Berlin (Achtung Baby e Zooropa), minha preferida até hoje.
Daí para frente foi só alegria, com a descoberta do chamado rock alternativo – todo crédito para os programas da MTV Lado B e 121, que era um programa apresentado pelo Thunderbird, gravado totalmente fora do estúdio, e sempre apresentando sons fantásticos - , jazz, Kraftwerk, toda a música jamaicana, e por aí vai.
Por fim, outro personagem fundamental na descoberta dos bons sons, meu grande – literalmente – amigo Fernandão, que me apresentou coisas como Mestre Ambrósio, Cowboy Junkies e Morphine, este último, aliás, cuja primeira audição vale um post inteiro. Infelizmente (ou não, sei lá) a vida mostrou caminhos diversos para esse grande amigo, que continua morando no meu coração, apesar das distâncias.
Não vou me alongar muito mais, pois a história não tem fim, basta dizer que tudo o que a TV e o rádio um dia representaram hoje migrou para a internet e suas infinitas fontes de informação.
É isso aí, essa é minha história, que ao longo do tempo virá fragmentada em outros posts por aqui.
Abs,
Audiência
Mais uma do Victor, que definitivamente pirou com o Cee-Lo Green e suas Pussycats(!!!):
Pena que seja a versão politicamente correta da música. Incrível como em pleno 2010 ainda temos esse tipo de "censura".
Aproveitando o ensejo, olha o gordinho aí de novo, agora fazendo uma cover do último single dos Kings of Leon:
Pena que seja a versão politicamente correta da música. Incrível como em pleno 2010 ainda temos esse tipo de "censura".
Aproveitando o ensejo, olha o gordinho aí de novo, agora fazendo uma cover do último single dos Kings of Leon:
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Bom final de semana!!!
É isso aí, salve o Rio de Janeiro, ou melhor, Deus salve o Rio de Janeiro.
Se a Terceira Guerra Mundial não acontecer, nos vemos na segunda:
Se a Terceira Guerra Mundial não acontecer, nos vemos na segunda:
M.I.A, Born Free from ROMAIN-GAVRAS on Vimeo.
No eposódio de hoje...
Pra terminar a semana SFA, vídeos da apresentação deles no programa From the basement, o último, e melhor álbum na íntegra, ao vivo em estúdio e umas coisinhas mais ao vivo:
Por fim, vale a pena ver esse vídeo aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=DFIbwQViLOQ
Espero que vocês tenham gostado dessa overdose de SFA, confesso que para mim foi absurdamente bom pesquisar todos esses vídeos e compartilhar um pouco do meu gosto musical.
Até a próxima.
Super Furry Animals Live at Music Box from Hopi Allard on Vimeo.
Super Furry Animals 'Dark Days Light Years' Animated titles from Inventory Studio on Vimeo.
Por fim, vale a pena ver esse vídeo aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=DFIbwQViLOQ
Espero que vocês tenham gostado dessa overdose de SFA, confesso que para mim foi absurdamente bom pesquisar todos esses vídeos e compartilhar um pouco do meu gosto musical.
Até a próxima.
Previously on...
Seguem os vídeos que foram bloqueados no post de segunda-feira.
Bom, na verdade, esses vídeos, como são os clipes originais, só estão disponíveis no youtube no canal da gravadora, Sony UK, que, com aquele pensamento moderno e inteligente de divulgação, não me deixa compartilhar o vídeo no blog. Depois não sabem a razão de estarem quebrando!
Como os vídeos, e as músicas, são muito bacanas, recomento ir direto no Youtube.
Para facilitar, seguem os links:
Northern Lites: http://www.youtube.com/watch?v=hWvqdvn262A
The man who don´t give a fuck: http://www.youtube.com/watch?v=CBDbBvH3Vds
Golden Retriever: http://www.youtube.com/watch?v=8_6yzteqPt0
Hello Sunshine: http://www.youtube.com/watch?v=N8Eczxwv3zk
Ainda bem que o SFA está fora da Sony há muito tempo, e assim os vídeos mais recentes e interessantes podem ser vistos sem maiores problemas.
Bom, na verdade, esses vídeos, como são os clipes originais, só estão disponíveis no youtube no canal da gravadora, Sony UK, que, com aquele pensamento moderno e inteligente de divulgação, não me deixa compartilhar o vídeo no blog. Depois não sabem a razão de estarem quebrando!
Como os vídeos, e as músicas, são muito bacanas, recomento ir direto no Youtube.
Para facilitar, seguem os links:
Northern Lites: http://www.youtube.com/watch?v=hWvqdvn262A
The man who don´t give a fuck: http://www.youtube.com/watch?v=CBDbBvH3Vds
Golden Retriever: http://www.youtube.com/watch?v=8_6yzteqPt0
Hello Sunshine: http://www.youtube.com/watch?v=N8Eczxwv3zk
Ainda bem que o SFA está fora da Sony há muito tempo, e assim os vídeos mais recentes e interessantes podem ser vistos sem maiores problemas.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Update
Amanhã posto os vídeos da semana que foram retirados do ar!
Quanta estupidez!
Esse blog, vale lembrar, não tem qualquer fim lucrativo e serve apenas para divulgar o trabalho de meus artistas favoritos.
Abs.
Quanta estupidez!
Esse blog, vale lembrar, não tem qualquer fim lucrativo e serve apenas para divulgar o trabalho de meus artistas favoritos.
Abs.
Gruff Rhys
Esse é o nome do vocalista e, digamos assim, líder do Super Furry Animals, que tem uma carreira solo tão interessante quanto seu trabalho com a banda, e que merece ser divulgado.
Em 2005 Gruff lançou seu primeiro trabalho solo, Yr Atal Genhedlaeth, todo cantado em galês, no qual toca todos os instrumentos, e que, como suas demais empreitadas, traz um pop de primeira, com fortes traços de psicodelia.
Em 2007 veio Candylion, um pouco mais pop, produzido por Mario Caldato e com algumas gravações feitas no Brasil, contando inclusive com a participação de Kassin em algumas faixas.
Esse disco tem, aliás, uma faixa composta em homenagem ao nosso Ronaldinho, o Gaúcho, o melhor ET que já jogou futebol nesse planeta, e que nessa época ainda jogava bola pra valer!
O próximo solo, Hotel Shampoo, está prometido para o início do ano que vem, e já gera grande expectativa. Vejam o teaser e o clipe do primeiro single (muito bacana, por sinal).
Gruff é tão figura, que por conta de suas passagens pelo Brasil, deu início a uma empreitada para localizar um parente distante na Patagônia, o qual foi um artista de relativo sucesso no País de Gales durante a infância de Gruff. Trata-se de RENE GRIFFITHS, que subia no palco montado em um cavalo, vestindo um poncho e cantava uma música folk em castellano, mas com forte acento galês.
Essa aventura gerou o filme Separado, que mostra a peregrinação de Gruff pela patagônia, passando pelo Brasil, na busca de suas raízes e de seus parentes distantes. Para quem não sabe, existe uma "grande" colônia galesa na Patagônia Argentina, cuja história é contada no filme. Aliás, a imprensa definiu o filme como o encontro de Buena Vista Social Club com Star Treck em um western psicodélico musical galês. Segue o treiler:
As cenas de Gruff tocando, vestido com seu capacete dos Power Rangers, para os velhinhos galeses nas vilas argentinas deve ser impagável (o DVD já foi lançado na Inglaterra - região 2 - e ainda conseguirei este filme).
Em 2008 gravou com o produtor de hip hop americano Boom Bip o primeiro disco do projeto Neon Neon, um disco super pop e com diversas participações especiais (de membros dos Strokes, rappers como Spank Rock e o doidaço mor Har Mar Superstar). O projeto é conceitual, baseado na vida de John De Lorean, o criador do carro imortalizado nos filmes da séria De volta para o futuro. O álbum fez relativo sucesso no exterior e rendeu uma indicação ao Mercury Prize (prestigiado prêmio da crítica musical britânica), e trouxe o grupo ao Brasil para o extinto Tim Festival.
2009 deu ao mundo uma nova amostra do trabalho de Gruff. Dessa vez um disco gravado com o brasileiro Tony da Gatorra. Para quem não conhece, Tony é um gaúcho que ganha a vida consertando aparelhos de VHS e televisões, e que ficou conhecido por inventar um instrumento chamado Gatorra, que nada mais é do que uma mistura de guitarra com bateria eletrônica. O álbum foi gravado em poucos dias, parte em São Paulo, parte em Cardiff, e lançado lá fora no ano passado. Não se trata de um disco fácil, e confesso que gosto apenas das músicas cantadas por Gruff. As músicas cantadas por Tony valem por pela curiosidade e o discurso "comuna parado no tempo" do brasileiro não deixa de ser uma boa piada.
Vale também apresentar as participações de Gruff em projetos alheios, como o último dos Gorillaz e o derradeiro álbum de Sparklehorse.
Para quem não conhece Sparklehorse, trata-se de uma banda de rock alternativo americana, praticamente desconhecida no Brasil, mas que já fez a cabeça de muito gringo, como, por exemplo, Thom Yorke, do Radiohead, com que chegaram a tocar no final dos anos 90. O líder do Sparklehorse, Mark Linkous, colocou fim a sua vida em 6 de março deste ano, mais ou menos ao mesmo tempo em que saia o disco The darck night of the soul, gravado em 2009 em parceria com Dangermouse (produtor de Gorillaz e metade do Gnarls Barkley, dentre outras participações e projetos), e com participação do cineasta David Lynch nos vídeos e nas artes gráficas. O disco contou com diversas participações especiais, como Iggy Pop e Julian Casablancas dos Strokes, e ficou engavetado por quase um ano por divergências legais entre Dangermouse e a gravadora. Como curiosidade, vale saber que o disco chegou a ser lançado, junto com um livro, mas o que vinha dentro do caixinha era um CD-R em branco com a seguinte frase de incentivo: "use como quiser".
Pra finalizar, Gruff nas palavras de Kassin, que destaca o profundo conhecimendo do galês sobre a psicodelia turca.
"sábado, 25 de outubro de 2008
Gruff
Entrevistei o Gruff agora há pouco, vocalista do Super Furry Animals e do Neon Neon, a essa altura ele já é habitué do festival e do Brasil. O Super Furry já mixou aqui, Gruff tambem já mixou aqui o seu disco solo Candy Lion, os dois com Mario Caldato, o mestre.
Gruff é um grande colecionador de discos, já fomos um na casa do outro, somos amigos e sempre indicamos discos um ao outro. Transcrevi aqui os trechos, brevemente.
Antes de começarmos liguei para o Mario para ele falar com Gruff, e pedi a ele a primeira pergunta da entrevista que foi:
MC: Qual o primeiro disco que você comprou na vida e com que idade?
GR: Foi “Ail Symudiad" um single da música “Wisgi a Soda" (Whisky e Soda).
K: Queria que você indicasse seu top 5 de rock psicodélico turco.
GR:
1 - Erkin Kooray
2 - Elektronik Turkler
3 - Selda’s Greatest Hits
4 - 3 Hurel
5 - 2023 by Baris Manco
Eu queria transcrever na integra o papo, mas fica um pouco difícil aqui. Falamos das gravações que ele fez com Diego Medina e Toni da Gatorra, do Rio Grande do Sul. Com Diego Gruff gravou uma faixa e com Toni um disco inteiro, que ainda não mixou. Vou depois disponibilizar o áudio da entrevista pra quem quiser ouvir. Aliás, vale a pena ouvir Gruff falando, ele é do País de Gales e seu sotaque e o tempo pra falar são impagáveis."
Em tempo, e pra tirar uma onda, Gruff foi eleito pela revista inglesa NME como a 44a. pessoa mais cool de todos os tempos. Vejam o que ele achou:
É isso. Sem querer ser piégas, quero apenas compartilhar com vocês minha alegria e felicidade em apresentar, ou ressaltar, o trabalho de um dos artistas mais inquietos e instigantes que já conheci.
Con cariño,
Cheers!!!
Em 2005 Gruff lançou seu primeiro trabalho solo, Yr Atal Genhedlaeth, todo cantado em galês, no qual toca todos os instrumentos, e que, como suas demais empreitadas, traz um pop de primeira, com fortes traços de psicodelia.
Em 2007 veio Candylion, um pouco mais pop, produzido por Mario Caldato e com algumas gravações feitas no Brasil, contando inclusive com a participação de Kassin em algumas faixas.
Esse disco tem, aliás, uma faixa composta em homenagem ao nosso Ronaldinho, o Gaúcho, o melhor ET que já jogou futebol nesse planeta, e que nessa época ainda jogava bola pra valer!
O próximo solo, Hotel Shampoo, está prometido para o início do ano que vem, e já gera grande expectativa. Vejam o teaser e o clipe do primeiro single (muito bacana, por sinal).
Gruff é tão figura, que por conta de suas passagens pelo Brasil, deu início a uma empreitada para localizar um parente distante na Patagônia, o qual foi um artista de relativo sucesso no País de Gales durante a infância de Gruff. Trata-se de RENE GRIFFITHS, que subia no palco montado em um cavalo, vestindo um poncho e cantava uma música folk em castellano, mas com forte acento galês.
Essa aventura gerou o filme Separado, que mostra a peregrinação de Gruff pela patagônia, passando pelo Brasil, na busca de suas raízes e de seus parentes distantes. Para quem não sabe, existe uma "grande" colônia galesa na Patagônia Argentina, cuja história é contada no filme. Aliás, a imprensa definiu o filme como o encontro de Buena Vista Social Club com Star Treck em um western psicodélico musical galês. Segue o treiler:
As cenas de Gruff tocando, vestido com seu capacete dos Power Rangers, para os velhinhos galeses nas vilas argentinas deve ser impagável (o DVD já foi lançado na Inglaterra - região 2 - e ainda conseguirei este filme).
Em 2008 gravou com o produtor de hip hop americano Boom Bip o primeiro disco do projeto Neon Neon, um disco super pop e com diversas participações especiais (de membros dos Strokes, rappers como Spank Rock e o doidaço mor Har Mar Superstar). O projeto é conceitual, baseado na vida de John De Lorean, o criador do carro imortalizado nos filmes da séria De volta para o futuro. O álbum fez relativo sucesso no exterior e rendeu uma indicação ao Mercury Prize (prestigiado prêmio da crítica musical britânica), e trouxe o grupo ao Brasil para o extinto Tim Festival.
2009 deu ao mundo uma nova amostra do trabalho de Gruff. Dessa vez um disco gravado com o brasileiro Tony da Gatorra. Para quem não conhece, Tony é um gaúcho que ganha a vida consertando aparelhos de VHS e televisões, e que ficou conhecido por inventar um instrumento chamado Gatorra, que nada mais é do que uma mistura de guitarra com bateria eletrônica. O álbum foi gravado em poucos dias, parte em São Paulo, parte em Cardiff, e lançado lá fora no ano passado. Não se trata de um disco fácil, e confesso que gosto apenas das músicas cantadas por Gruff. As músicas cantadas por Tony valem por pela curiosidade e o discurso "comuna parado no tempo" do brasileiro não deixa de ser uma boa piada.
Vale também apresentar as participações de Gruff em projetos alheios, como o último dos Gorillaz e o derradeiro álbum de Sparklehorse.
Para quem não conhece Sparklehorse, trata-se de uma banda de rock alternativo americana, praticamente desconhecida no Brasil, mas que já fez a cabeça de muito gringo, como, por exemplo, Thom Yorke, do Radiohead, com que chegaram a tocar no final dos anos 90. O líder do Sparklehorse, Mark Linkous, colocou fim a sua vida em 6 de março deste ano, mais ou menos ao mesmo tempo em que saia o disco The darck night of the soul, gravado em 2009 em parceria com Dangermouse (produtor de Gorillaz e metade do Gnarls Barkley, dentre outras participações e projetos), e com participação do cineasta David Lynch nos vídeos e nas artes gráficas. O disco contou com diversas participações especiais, como Iggy Pop e Julian Casablancas dos Strokes, e ficou engavetado por quase um ano por divergências legais entre Dangermouse e a gravadora. Como curiosidade, vale saber que o disco chegou a ser lançado, junto com um livro, mas o que vinha dentro do caixinha era um CD-R em branco com a seguinte frase de incentivo: "use como quiser".
Pra finalizar, Gruff nas palavras de Kassin, que destaca o profundo conhecimendo do galês sobre a psicodelia turca.
"sábado, 25 de outubro de 2008
Gruff
Entrevistei o Gruff agora há pouco, vocalista do Super Furry Animals e do Neon Neon, a essa altura ele já é habitué do festival e do Brasil. O Super Furry já mixou aqui, Gruff tambem já mixou aqui o seu disco solo Candy Lion, os dois com Mario Caldato, o mestre.
Gruff é um grande colecionador de discos, já fomos um na casa do outro, somos amigos e sempre indicamos discos um ao outro. Transcrevi aqui os trechos, brevemente.
Antes de começarmos liguei para o Mario para ele falar com Gruff, e pedi a ele a primeira pergunta da entrevista que foi:
MC: Qual o primeiro disco que você comprou na vida e com que idade?
GR: Foi “Ail Symudiad" um single da música “Wisgi a Soda" (Whisky e Soda).
K: Queria que você indicasse seu top 5 de rock psicodélico turco.
GR:
1 - Erkin Kooray
2 - Elektronik Turkler
3 - Selda’s Greatest Hits
4 - 3 Hurel
5 - 2023 by Baris Manco
Eu queria transcrever na integra o papo, mas fica um pouco difícil aqui. Falamos das gravações que ele fez com Diego Medina e Toni da Gatorra, do Rio Grande do Sul. Com Diego Gruff gravou uma faixa e com Toni um disco inteiro, que ainda não mixou. Vou depois disponibilizar o áudio da entrevista pra quem quiser ouvir. Aliás, vale a pena ouvir Gruff falando, ele é do País de Gales e seu sotaque e o tempo pra falar são impagáveis."
Em tempo, e pra tirar uma onda, Gruff foi eleito pela revista inglesa NME como a 44a. pessoa mais cool de todos os tempos. Vejam o que ele achou:
É isso. Sem querer ser piégas, quero apenas compartilhar com vocês minha alegria e felicidade em apresentar, ou ressaltar, o trabalho de um dos artistas mais inquietos e instigantes que já conheci.
Con cariño,
Cheers!!!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
45 do segundo tempo...
Acabei de me lembrar que esqueci de postar esse vídeo na seleção de lives de ontem.
Detalhe para o famoso capacete Power Rangers!
Até amanhã!
Cheers!!!
Detalhe para o famoso capacete Power Rangers!
Até amanhã!
Cheers!!!
SFA em São Paulo
Ano passado o SFA esteve em São Paulo (e no Rio também), como parte do line-up do Indie Festival. Nas duas cidades o SFA tocou antes do Gogol Bordello, mas no Rio tocaram duas bandas antes, cujos nomes realmente não lembro.
Evidentemente que não poderia ter deixado de ir a esse show, e como não arrumei companhia lá fui eu comigo mesmo!
Ao chegar ao Via Funchal comecei a ficar preocupado, pois o público era muito pequeno, memso no início do show do SFA. Creio que não havia mais do que umas 500 pessoas, isso numa casa que comporta cerca de 5.000!!!
Pois bem, se por um lado rolou um constrangimento e um sentimento de dó, pois uma banda tão bacana - e que anos antes tinha feito um excelente show no Tim Festival - não merecia tocar para um público tão pequeno (confesso que temi que tal fato prejudicasse o ânimo da banda), por outro foi espetacular assistir a uma de minhas (no caso, considerando o contexto do post de segunda, "A") bandas favoritas, muito, mas muito perto do palco mesmo.
Sobre o show, não restam muitos comentários, além de que foi tão bom quanto eu imaginava que seria (tá certo que não foi o show da minha vida, mas não importa), ainda que as opiniões no geral tenham dado conta de que o show do Tim Festival foi absolutamente matador, ao ponto de ofuscar os darlings do White Stripes, que tocaram depois. De qualquer forma, basta dizer que a casa foi enchendo e lá pelo final do show o público já era bem decente. E foi apenas ao sair do Via Funchal - não fiquei para o show do Gogol Bordello - que descobri que São Paulo, e a maior parte do Brasil, viviam um dos maiores apagões da história, fato que certamente prejudicou a chegada do público ao show, que se realizou graças aos potentes geradores.
Bom, chega de encher linguiça e vamos a uns vídeos desse show, todos de qualidade amadora:
Evidentemente que não poderia ter deixado de ir a esse show, e como não arrumei companhia lá fui eu comigo mesmo!
Ao chegar ao Via Funchal comecei a ficar preocupado, pois o público era muito pequeno, memso no início do show do SFA. Creio que não havia mais do que umas 500 pessoas, isso numa casa que comporta cerca de 5.000!!!
Pois bem, se por um lado rolou um constrangimento e um sentimento de dó, pois uma banda tão bacana - e que anos antes tinha feito um excelente show no Tim Festival - não merecia tocar para um público tão pequeno (confesso que temi que tal fato prejudicasse o ânimo da banda), por outro foi espetacular assistir a uma de minhas (no caso, considerando o contexto do post de segunda, "A") bandas favoritas, muito, mas muito perto do palco mesmo.
Sobre o show, não restam muitos comentários, além de que foi tão bom quanto eu imaginava que seria (tá certo que não foi o show da minha vida, mas não importa), ainda que as opiniões no geral tenham dado conta de que o show do Tim Festival foi absolutamente matador, ao ponto de ofuscar os darlings do White Stripes, que tocaram depois. De qualquer forma, basta dizer que a casa foi enchendo e lá pelo final do show o público já era bem decente. E foi apenas ao sair do Via Funchal - não fiquei para o show do Gogol Bordello - que descobri que São Paulo, e a maior parte do Brasil, viviam um dos maiores apagões da história, fato que certamente prejudicou a chegada do público ao show, que se realizou graças aos potentes geradores.
Bom, chega de encher linguiça e vamos a uns vídeos desse show, todos de qualidade amadora:
De volta ao assunto
Mas como o assunto da semana é Super Furry Animals, seguem alguns vídeos diferentes, como apresentações em um cozinha ou elevador, e alguns documentários bacanas:
Como disse antes, uma das especialidades dos Furries é lançar músicas com nomes inusitados. Um dos exemplos de maior sucesso é o hit Golden Retrivier, mas existem muitos outros:
E aquele que talvez seja o nome de música mais clássico dos SFA! Tão clássico que quase virou o nome do último disco:
Como disse antes, uma das especialidades dos Furries é lançar músicas com nomes inusitados. Um dos exemplos de maior sucesso é o hit Golden Retrivier, mas existem muitos outros:
E aquele que talvez seja o nome de música mais clássico dos SFA! Tão clássico que quase virou o nome do último disco:
Especial de quarta...
Abrimos os trabalhos de hoje com a segunda edição do especial de quarta, que na semana passada ficou prejudicado por conta da correria decorrente do feriado.
Aproveitando a onda do festival Planeta Terra, segue um vídeo (que já rodou bastante nos blogs de música por aí) em que a banda Phoenix comenta algumas de suas músicas preferidas, direto na vitrolinha. É longo, mas vale a pena.
Aproveitando a onda do festival Planeta Terra, segue um vídeo (que já rodou bastante nos blogs de música por aí) em que a banda Phoenix comenta algumas de suas músicas preferidas, direto na vitrolinha. É longo, mas vale a pena.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
SFA Live
Ao vivo no programa Later with Jools Holland:
E em duas ocasiões no festival de Glastonbury, 2007 e 2003:
Essa faixa, ZOOM!, é do disco Love Kraft, produzido pelo Mario C., brasileiro que já assinou discos de Marcelo D2 a Vanessa da Matta, além, claro, das produssas mais clássicas dos BEastie Boys:
E pra finalizar, Inaugural Trams, do último álbum, com destaque para a participação de Nick Mcarthy, do Franz Ferdinand, fazendo seu rap em alemão (infelizmente trata-se de uma gravação feita da platéia, mas vale pela curiosidade):
E em duas ocasiões no festival de Glastonbury, 2007 e 2003:
Essa faixa, ZOOM!, é do disco Love Kraft, produzido pelo Mario C., brasileiro que já assinou discos de Marcelo D2 a Vanessa da Matta, além, claro, das produssas mais clássicas dos BEastie Boys:
E pra finalizar, Inaugural Trams, do último álbum, com destaque para a participação de Nick Mcarthy, do Franz Ferdinand, fazendo seu rap em alemão (infelizmente trata-se de uma gravação feita da platéia, mas vale pela curiosidade):
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Artista da semana
Dias atrás me fizeram uma pergunta que não soube responder: qual o seu artista/banda favorito?
Ainda que ache muito injusto e desnecessário gostar mais de este ou aquele artista/banda, a pergunta não saiu de minha cabeça, e após muitas horas de reflexão acho que consegui obter uma resposta satisfatória.
Antes de chegar ao clímax, é importante dizer que os artistas/bandas abaixo são essenciais na minha formação cultural e pessoal, e por isso não podem deixar de serem mencionados:
- Beatles e Stones são fundamentais, já tive fases mais Stones e outras mais Beatles. Na dúvida, fico com os dois;
- Nos EUA, Neil Young (leia-se Deus), Beach Boys, Velvet Undergroung, Stooges, KISS (quem nunca gostou de KISS bom sujeito não é), R.E.M. (sem comentários), Red Hot Chilli Peppers, Beastie Boys e por aí vai. Sem falar em Bob Dylan (paixão relativamente recente) e em todos os monstros do Jazz, como Miles, Conltrane e Chet Baker;
- Voltando à ilha mais sônica do Mundo (Universo): Bowie, The Clash, Sex Pistols, PIL, The Specials, The Beat, Blur (mais do que Oasis), Primal Scream, New Order e Radiohead;
- Isso sem falar na galera do Brasil: Milton Nascimento (fase Clube da Esquina), Secos e Molhados, Gilberto Gil (final dos 60 e início dos 70), Paralamas do Sucesso (a maior banda de rock do Brasil – um dia explico minha teoria) e o GRANDE Lobão;
- E passeando pelo Mundo temos Gainsbourg, Fela, Lee Perry e todos os mestres do dub e da música jamaicana.
Todos esses artistas e bandas poderiam figurar como resposta à pergunta inicial.
E ainda que tenha que dar uma resposta apenas, não consigo ficar com uma banda somente.
Por isso, e por ora, basta dizer que a Nação Zumbi é minha banda brasileira favorita, muito importante na minha formação como apreciador de música. Contudo, deixemos Nação Zumbi para um momento oportuno.
Quero falar – e apresentar, em alguns casos – a vocês os Super Furry Animals, banda formada no País de Gales e que começou a fazer barulho em meados dos anos 90, na cola do estouro do britpop.
Só que reduzir os SFA a meros integrantes da cena britpop é reduzir as coisas a um limite inaceitável.
E esta é a razão de eu elencar os SFA como minha banda favorita: eles condensam em seu universos mais do que particular, o melhor de todos os artistas e bandas acima citados.
SFA é punk, é rock, é eletrônico, psicodélico, pop, soul, tudo ao mesmo tempo e agora!!!
Segundo definição de um fã um tanto quanto exagerado, os SFA são a banda que os Beatles gostariam de ter sido. Exagero à parte, somado ao fato de que sem Beatles não haveria SFA, essa afirmação tem uma certa lógica.
Sem delongas, Super Furry Animals:
Hoje ficaremos com os clipes (inventivos e originais da banda), e durante a semana eu vou inundando o blog com vídeos e informações sobre eles.
Clipe tirado do primeiro disco. Nessa época, eles compraram um tanque de guerra (isso mesmo, literalmente) que pintaram de azul e causavam o caos nos backstages dos festivais europeus.
Northern Lites, uma ode ao Curling, grande esporte de inverno
The man who don´t give a fuck,hHino supremo para a vida!
Em 2000, os SFA gravaram um disco inteiro em sua língua mãe, o galês, notória pela quantidade de consoantes possíveis em uma mesma palavra, álbum que veio a ser o disco cantado em galês mais vendido da história (RSS) e rendeu aos SFA uma condecoração no parlamento galês pela iniciativa de manutenção da cultura original. Aliás, o primeiro disco dos SFA (na verdade um EP independente, figura no livro dos recordes como o maior nome de um álbum em todos os tempos “Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch”, que significa “in space”.
Essa é a música que mais sucesso trouxe aos SFA, especialmente nos EUA, do disco Rings around the world. Trata-se de um soul fantástico, mas que para os SFA não poderia ser uma mera emulação da música negra americana, e por isso soa um tanto quanto artificial – especialmente nos vocais com efeitos –, com forte influência do plastic soul de David Bowie.
Duas do disco Phantom Power, que trouxe os SFA pela primeira vez ao Brasil. A primeira, Golden Retriever, é um dos exemplos de músicas com títulos inusitados dos SFA – acredite, eles são os melhores nisso -, além de apresentar a banda com uma fantasia engraçadíssima, e que era utilizada no bis dos shows daquela turnê. A segunda, Hello Sunshine é uma bela balada, que mostra a aproximação da banda com as artes visuais (as capas dos discos são um capítulo à parte).
Mais duas, agora do disco Hey Venus!, estréia dos SFA no selo Rough Trade (responsável por lançar, dentre outros os Smiths). A primeira música é um pop à lá Beach Boys – forte influência dos furries, e também traz uma produção no estilo “wall of sound” de Phil Spector. Quanto à segunda, mais uma balada lindíssima, o final do clipe – apropriado ao clima de final de ano que está chegando – é imperdível!
E, pra finalizar, música do último, e melhor disco, que trouxe os furries para o Brasil no ano passado.
Até amanhã!
Ainda que ache muito injusto e desnecessário gostar mais de este ou aquele artista/banda, a pergunta não saiu de minha cabeça, e após muitas horas de reflexão acho que consegui obter uma resposta satisfatória.
Antes de chegar ao clímax, é importante dizer que os artistas/bandas abaixo são essenciais na minha formação cultural e pessoal, e por isso não podem deixar de serem mencionados:
- Beatles e Stones são fundamentais, já tive fases mais Stones e outras mais Beatles. Na dúvida, fico com os dois;
- Nos EUA, Neil Young (leia-se Deus), Beach Boys, Velvet Undergroung, Stooges, KISS (quem nunca gostou de KISS bom sujeito não é), R.E.M. (sem comentários), Red Hot Chilli Peppers, Beastie Boys e por aí vai. Sem falar em Bob Dylan (paixão relativamente recente) e em todos os monstros do Jazz, como Miles, Conltrane e Chet Baker;
- Voltando à ilha mais sônica do Mundo (Universo): Bowie, The Clash, Sex Pistols, PIL, The Specials, The Beat, Blur (mais do que Oasis), Primal Scream, New Order e Radiohead;
- Isso sem falar na galera do Brasil: Milton Nascimento (fase Clube da Esquina), Secos e Molhados, Gilberto Gil (final dos 60 e início dos 70), Paralamas do Sucesso (a maior banda de rock do Brasil – um dia explico minha teoria) e o GRANDE Lobão;
- E passeando pelo Mundo temos Gainsbourg, Fela, Lee Perry e todos os mestres do dub e da música jamaicana.
Todos esses artistas e bandas poderiam figurar como resposta à pergunta inicial.
E ainda que tenha que dar uma resposta apenas, não consigo ficar com uma banda somente.
Por isso, e por ora, basta dizer que a Nação Zumbi é minha banda brasileira favorita, muito importante na minha formação como apreciador de música. Contudo, deixemos Nação Zumbi para um momento oportuno.
Quero falar – e apresentar, em alguns casos – a vocês os Super Furry Animals, banda formada no País de Gales e que começou a fazer barulho em meados dos anos 90, na cola do estouro do britpop.
Só que reduzir os SFA a meros integrantes da cena britpop é reduzir as coisas a um limite inaceitável.
E esta é a razão de eu elencar os SFA como minha banda favorita: eles condensam em seu universos mais do que particular, o melhor de todos os artistas e bandas acima citados.
SFA é punk, é rock, é eletrônico, psicodélico, pop, soul, tudo ao mesmo tempo e agora!!!
Segundo definição de um fã um tanto quanto exagerado, os SFA são a banda que os Beatles gostariam de ter sido. Exagero à parte, somado ao fato de que sem Beatles não haveria SFA, essa afirmação tem uma certa lógica.
Sem delongas, Super Furry Animals:
Hoje ficaremos com os clipes (inventivos e originais da banda), e durante a semana eu vou inundando o blog com vídeos e informações sobre eles.
Clipe tirado do primeiro disco. Nessa época, eles compraram um tanque de guerra (isso mesmo, literalmente) que pintaram de azul e causavam o caos nos backstages dos festivais europeus.
Northern Lites, uma ode ao Curling, grande esporte de inverno
The man who don´t give a fuck,hHino supremo para a vida!
Em 2000, os SFA gravaram um disco inteiro em sua língua mãe, o galês, notória pela quantidade de consoantes possíveis em uma mesma palavra, álbum que veio a ser o disco cantado em galês mais vendido da história (RSS) e rendeu aos SFA uma condecoração no parlamento galês pela iniciativa de manutenção da cultura original. Aliás, o primeiro disco dos SFA (na verdade um EP independente, figura no livro dos recordes como o maior nome de um álbum em todos os tempos “Llanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch”, que significa “in space”.
Essa é a música que mais sucesso trouxe aos SFA, especialmente nos EUA, do disco Rings around the world. Trata-se de um soul fantástico, mas que para os SFA não poderia ser uma mera emulação da música negra americana, e por isso soa um tanto quanto artificial – especialmente nos vocais com efeitos –, com forte influência do plastic soul de David Bowie.
Duas do disco Phantom Power, que trouxe os SFA pela primeira vez ao Brasil. A primeira, Golden Retriever, é um dos exemplos de músicas com títulos inusitados dos SFA – acredite, eles são os melhores nisso -, além de apresentar a banda com uma fantasia engraçadíssima, e que era utilizada no bis dos shows daquela turnê. A segunda, Hello Sunshine é uma bela balada, que mostra a aproximação da banda com as artes visuais (as capas dos discos são um capítulo à parte).
Mais duas, agora do disco Hey Venus!, estréia dos SFA no selo Rough Trade (responsável por lançar, dentre outros os Smiths). A primeira música é um pop à lá Beach Boys – forte influência dos furries, e também traz uma produção no estilo “wall of sound” de Phil Spector. Quanto à segunda, mais uma balada lindíssima, o final do clipe – apropriado ao clima de final de ano que está chegando – é imperdível!
E, pra finalizar, música do último, e melhor disco, que trouxe os furries para o Brasil no ano passado.
Até amanhã!
Sobre o Planeta Terra...
Depois de dois shows absolutamente perfeitos, a semana musical terminou, ao menos para mim, com os bons shows do Planeta Terra.
Minha intenção era ver algumas das bandas do palco Indie, mas confesso que a "idade" e uma certa alergia/preguiça de muvuca me fizeram ficar pelo palco principal, afinal de contas havia conseguido um ingresso para o camarote (tks Pita!!!) e a tentação do "conforto" pesou.
O primeiro show assistido foi o do Mika, que também foi a minha maior surpresa.
Admito que tinha um enorme bode do Mika, conhecia só alguns clipes e nada me despertou maior atenção.
Pois bem, pra começar quebrando a cara, um bom show, animadíssimo, que fez a galera na pista curtir de verdade. Boa banda e ótima presença de palco.
Gostei e vou tentar conhecer melhor o trabalho dele.
Depois veio o Phoenix – verdadeira razão do meu interesse pelo festival.
Pois o que ocorreu foi absolutamente o inverso. A expectativa era grande e confesso que fiquei meio frustrado.
Não que não tenha gostado, as músicas são ótimas e executadas à perfeição (é inegável que a abertura do show com o maior hit – Lizstomania foi matadora), mas para mim soou redondo demais. Talvez a distância proporcionada pelo camarote e a certa dificuldade de acompanhar o show visualmente tenha atrapalhado. Ficou a sensação de que no Via Funchal teria sido infinitamente melhor. O ponto alto do show do Phoenix, para mim, foi trocar uma idéia totalmente surreal com Otto.
Na sequência, o Pavement fez um show, que se não despertou muito o interesse da audiência em geral, à exceção dos fãs, também me surpreendeu positivamente. Tenho que dizer que não conhecia muito da banda até então. Músicas bacanas e uma boa dose de guitarras barulhentas(preferia ter visto o Blur, “irmão” inglês do Pavement, mas valeu). Foi o melhor dos shows que assisti no festival.
O final com Smashing Pumpkings foi morno. A apresentação pareceu tecnicamente muito boa, isto é, uma banda afiada com boas músicas no repertório.
Mas o problema talvez tenha sido a falta de mais hits, o que, se por um lado, demonstra uma atitude corajosa e bastante autoral por parte da banda, me parece um pouco fora de contexto para um festival. Como nunca fui um grande admirador, ainda assim foi bacana ouvir Today, Bullet with butterfly wings (grande música) e Ava Adore.
Infelizmente não achei um vídeo tão bom quantos os das outras bandas.
Quanto à estrutura, sem muitos pontos negativos, apenas algumas ressalvas. Em primeiro lugar, uma certa escassez de estacionamentos. Utilizar a estrutura do parque é uma grande sacada, só que o grande público torna por vezes a movimentação um pouco lenta, sem contar a sinalização um pouco confusa (nada comparado ao terror da Chácara do Jockey). Como não ia ao Playcenter há mais de 20 anos, tudo pareceu um pouco menor do que era no passado. Ainda assim, confesso que despencar de um elevador e andar num looping meio bêbado foram coisas muito bacanas.
Com relação à área Vip, o fato de não ser na frente do palco é um de seus grandes pontos positivos, pois se não é o ideal para quem está lá, não atrapalha a maioria do público que realmente quer ver seus artistas favoritos. E tem mais, como no Brasil todo mundo é Vip (inclusive eu, rsss), até o camarote ficou lotado, o que obrigou, por questões de segurança mesmo, que o acesso ao segundo andar fosse interditado por conta da lotação, sendo reaberto somente no meio do último show.
No geral, parabéns à organização.
Em tempo, a qualidade do som estava muito boa!!!
Abs.
Minha intenção era ver algumas das bandas do palco Indie, mas confesso que a "idade" e uma certa alergia/preguiça de muvuca me fizeram ficar pelo palco principal, afinal de contas havia conseguido um ingresso para o camarote (tks Pita!!!) e a tentação do "conforto" pesou.
O primeiro show assistido foi o do Mika, que também foi a minha maior surpresa.
Admito que tinha um enorme bode do Mika, conhecia só alguns clipes e nada me despertou maior atenção.
Pois bem, pra começar quebrando a cara, um bom show, animadíssimo, que fez a galera na pista curtir de verdade. Boa banda e ótima presença de palco.
Gostei e vou tentar conhecer melhor o trabalho dele.
Depois veio o Phoenix – verdadeira razão do meu interesse pelo festival.
Pois o que ocorreu foi absolutamente o inverso. A expectativa era grande e confesso que fiquei meio frustrado.
Não que não tenha gostado, as músicas são ótimas e executadas à perfeição (é inegável que a abertura do show com o maior hit – Lizstomania foi matadora), mas para mim soou redondo demais. Talvez a distância proporcionada pelo camarote e a certa dificuldade de acompanhar o show visualmente tenha atrapalhado. Ficou a sensação de que no Via Funchal teria sido infinitamente melhor. O ponto alto do show do Phoenix, para mim, foi trocar uma idéia totalmente surreal com Otto.
Na sequência, o Pavement fez um show, que se não despertou muito o interesse da audiência em geral, à exceção dos fãs, também me surpreendeu positivamente. Tenho que dizer que não conhecia muito da banda até então. Músicas bacanas e uma boa dose de guitarras barulhentas(preferia ter visto o Blur, “irmão” inglês do Pavement, mas valeu). Foi o melhor dos shows que assisti no festival.
O final com Smashing Pumpkings foi morno. A apresentação pareceu tecnicamente muito boa, isto é, uma banda afiada com boas músicas no repertório.
Mas o problema talvez tenha sido a falta de mais hits, o que, se por um lado, demonstra uma atitude corajosa e bastante autoral por parte da banda, me parece um pouco fora de contexto para um festival. Como nunca fui um grande admirador, ainda assim foi bacana ouvir Today, Bullet with butterfly wings (grande música) e Ava Adore.
Infelizmente não achei um vídeo tão bom quantos os das outras bandas.
Quanto à estrutura, sem muitos pontos negativos, apenas algumas ressalvas. Em primeiro lugar, uma certa escassez de estacionamentos. Utilizar a estrutura do parque é uma grande sacada, só que o grande público torna por vezes a movimentação um pouco lenta, sem contar a sinalização um pouco confusa (nada comparado ao terror da Chácara do Jockey). Como não ia ao Playcenter há mais de 20 anos, tudo pareceu um pouco menor do que era no passado. Ainda assim, confesso que despencar de um elevador e andar num looping meio bêbado foram coisas muito bacanas.
Com relação à área Vip, o fato de não ser na frente do palco é um de seus grandes pontos positivos, pois se não é o ideal para quem está lá, não atrapalha a maioria do público que realmente quer ver seus artistas favoritos. E tem mais, como no Brasil todo mundo é Vip (inclusive eu, rsss), até o camarote ficou lotado, o que obrigou, por questões de segurança mesmo, que o acesso ao segundo andar fosse interditado por conta da lotação, sendo reaberto somente no meio do último show.
No geral, parabéns à organização.
Em tempo, a qualidade do som estava muito boa!!!
Abs.
Hoje tem mais...
Não deu para ir, mas vendo ontem um pouco pela TV deu para ter um gostinho e ficar feliz por quem foi (só Jet, Blackbird e Band on the run já valem qualquer show!!!).
Aliás, recomendo a leitura da coluna do Álvaro Pereira Jr hoje no Folhateen, ele assistiu ao show do Macca em BAires e consegui passar para o papel um relato sobre a entrega total do grande mestre no show. Convenhamos, com quase 70 anos e a maior conta bancária do mundo da música, ele realmente não precisaria mais disso.
E esse baterista, que figura!!!
Pra finalizar o post, a história da gravação de Band on the run na Nigéria, nas palavras do próprio Macca (retirado do Blog do Terron - With Lasers):
"Quando Paul McCartney e Fela Kuti se encontraram, em 1973
No segundo semestre de 1973, Paul McCartney e o que restava de seu Wings (Linda McCartney e Denny Laine) partiram para Lagos, na Nigéria, para gravar um novo álbum. A escolha do local não teve muito segredo: o ex-beatle pegou uma lista dos estúdios da gravadora EMI ao redor do mundo e selecionou um. Ele chegou até a considerar o Rio de Janeiro.
Chegando lá, tudo deu errado: o estúdio não estava pronto, Paul e Linda foram assaltados e perderam as demos do disco no qual estavam trabalhando. E, um belo dia, o Poderoso Chefão da música local apareceu para dar uma prensa em McCartney. Ele mesmo explicou a situação, no livro Wingspan: Paul McCartney's Band on the Run.
"O maioral local, Fela Ransome-Kuti, que fazia shows incríveis com suas trinta mulheres dançando com os peitos de fora e vestindo saias de mato, apareceu no estúdio um dia e me acusou de ser um ocidental tentando roubar a música negra. Poderia ter sido bem perigoso porque ele era um figurão poderoso na área. Então toquei nossas gravações para ele e disse: 'Diga-me se você acha que estou roubando a sua música. Se você achar que sim, não uso essa faixa.' Eu sabia que tudo ficaria bem - não tínhamos ido até lá para roubar ritmos locais, tínhamos ido porque pensamos que seria um lugar legal para gravarmos. Ele se acalmou depois de ouvir as faixas."
Foi difícil, mas assim nasceu o clássico Band on the Run."
Aliás, recomendo a leitura da coluna do Álvaro Pereira Jr hoje no Folhateen, ele assistiu ao show do Macca em BAires e consegui passar para o papel um relato sobre a entrega total do grande mestre no show. Convenhamos, com quase 70 anos e a maior conta bancária do mundo da música, ele realmente não precisaria mais disso.
E esse baterista, que figura!!!
Pra finalizar o post, a história da gravação de Band on the run na Nigéria, nas palavras do próprio Macca (retirado do Blog do Terron - With Lasers):
"Quando Paul McCartney e Fela Kuti se encontraram, em 1973
No segundo semestre de 1973, Paul McCartney e o que restava de seu Wings (Linda McCartney e Denny Laine) partiram para Lagos, na Nigéria, para gravar um novo álbum. A escolha do local não teve muito segredo: o ex-beatle pegou uma lista dos estúdios da gravadora EMI ao redor do mundo e selecionou um. Ele chegou até a considerar o Rio de Janeiro.
Chegando lá, tudo deu errado: o estúdio não estava pronto, Paul e Linda foram assaltados e perderam as demos do disco no qual estavam trabalhando. E, um belo dia, o Poderoso Chefão da música local apareceu para dar uma prensa em McCartney. Ele mesmo explicou a situação, no livro Wingspan: Paul McCartney's Band on the Run.
"O maioral local, Fela Ransome-Kuti, que fazia shows incríveis com suas trinta mulheres dançando com os peitos de fora e vestindo saias de mato, apareceu no estúdio um dia e me acusou de ser um ocidental tentando roubar a música negra. Poderia ter sido bem perigoso porque ele era um figurão poderoso na área. Então toquei nossas gravações para ele e disse: 'Diga-me se você acha que estou roubando a sua música. Se você achar que sim, não uso essa faixa.' Eu sabia que tudo ficaria bem - não tínhamos ido até lá para roubar ritmos locais, tínhamos ido porque pensamos que seria um lugar legal para gravarmos. Ele se acalmou depois de ouvir as faixas."
Foi difícil, mas assim nasceu o clássico Band on the Run."
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
2 + 2 = 5!!!
Uma crônica sobre dois momentos distintos, mas complementarmente perfeitos.
A terça-feira começou chuvosa. Dia tipicamente paulistano? Creio que ninguém mais se lembre como são os dias tipicamente paulistanos, cada vez mais raros. Dia tipicamente britânico! Perfeito para preparar o clima para o que viria à noite.
HSBC Brasil Nações Unidas, 21hs.
Depois de deixar o carro com o manobrista, de uma entrada tranqüila e de certa complicação para comprar e pegar um drink (caríssimo!!!), percebemos que Martina Topley-Bird está fazendo o seu não anunciado show de abertura. Voz conhecida e reconhecida por conta do disco de estréia de Tricky – co-fundador e ex-membro da banda principal – ela está sozinha na palco, cercada de instrumentos (tecladeira, marimba, guitarra, samplers e programações). Pede desculpa pela ausência do parceiro de palco, substituído por sons e beats pré-grabados. Não importa! A música é de primeira e hipnotiza boa parte do público que já ocupa a pista da casa de shows. O som é elegante, bem cuidado e ideal para entreter a audiência para o que viria.
Com quase uma hora de atraso (segunda as más línguas por conta do movimento para compra de ingressos de última hora na porta da casa), as luzes se apagam e começa o que viria a ser um dos (senão o) grandes shows de 2010. Recentemente a revista inglesa Q, em resenha, comparou o show da nove turnê do Massive Attack, ao do Radiohead, em termos de qualidade na execução das canções e da produção musical.
Duas baterias, guitarra, baixo, programações e tecladeiras fazem a cama para um som “gordo”, tenso, que privilegia o grave, mas recheado de climas e beats. O telão de led no fundo do palco é uma atração à parte.
O show começa bem eletrônico, com United Snakes, música lançada como bônus na versão em vinil do último álbum, e o que se segue é uma completa desorientação sonora e visual.
Já na segunda música, Mrs. Topley-Bird está de volta, com sua voz sensual e ao mesmo tempo doce, e que viria a ser utililizada em mais duas músicas, sem contar uma participação nos teclados no bis.
Em seguida Risingson, clássica, com o vozeirão do irmão gêmeo perdido do Hélio da La Peña, Grant “Daddy G” Marshal.
Introdução perfeita para a lenda da música jamaicana, Mr. Horace Andy, e seu canto em falseto, para uma interpretação perfeita de Girl I Love You, do último álbum. Os olhos se enchem de lágrimas!
Mr. Andy ainda retornaria em Angel – com sua guitarra rasgada – e em Splitting the atom, essa já no bis.
Mais novas executadas à perfeição, sempre em versões estendidas, permitindo aos músicos criarem seus climas e brincarem dentro do tema.
Eis que entra no palco a poposuda – no bom sentido, que fique claro – Deborah Miller, para cantar com sua voz de cantora de igreja o hit Safe From Harm.
No bis, uma inédita – As your were living (Cheyenne), a já mencionada Splitting the Attom, com Horace Andy no vocal e Martina Topley-Bird nos teclados, a explosão de Unfinished Sympathy – com Deborah Miller estraçalhando nossos ouvidos – e quase 10 minutos de Atlas Air, com suas tecladeiras. Nesse ponto, o maestro Robert “3D” Del Naja está dançando freneticamente no fundo do palco, enquanto Mr. Telão tem seu momento de solo, inundando a casa de shows com suas luzes e cores, mostrando no início um mapa-mundi em 3d e uma emulação de painel de aeroporto, seguido de uma frenética apresentação de logos de empresas globais, que vão se deformando conforme a música vai chegando ao final.
Sim, existe um tom político na apresentação do Massive Attack, que é revelado ao longo do show por meio do telão, que traz estatísticas sombrias acerca do comércio de armas, desigualdade social, etc. O Brasil é afagado por algumas informações, mas não existe chapa branca, e vários dados aterradores são mostrados. Existe espaço para uma certa descontração, com a citação de frases como “haja o que hajar o Corinthians será campeão” e “meu coração só tem uma cor, é rubro-negro”, devidamente creditadas a Vicente Matheus e Fabão. Sem contar a pérola “minha bunda me deu tudo” (Carol, ???) e notícias de jornal dos últimos dias.
O bis final vem com Karmakoma, que é interrompida e reiniciada bem antes do refrão, para brincar com a platéia.
Bom, o show foi mais ou menos isso, e é importante dizer que qualquer relato ou comentário não conseguirá, nem de perto, traduzir a paulada que foi a apresentação.
Contudo, há algo que é possível se dizer, no tocante à avalanche de shows internacionais do segundo semestre, e que põe louco e falido qualquer amante do bom som: sem desmerecer os festivais – fundamentais pela quantidade de atrações juntas, mas com desvantagens claras em relação à estrutura e logística para o público – é muito bom ver que temos recebido bandas relevantes, no auge – comercial ou criativo – e que trazem suas turnês regulares, o que significa que não se restringem aos hits, e exploram de forma adequada os novos repertórios. Esse foi o caso, só para citar o que me lembro, de REM, Radiohead, Franz Ferdinand, Super Furry Animals e agora o Massive Attack.
Quanto à estrutura da casa de shows, tirando o já mencionado preço abusivo das bebidas, o HSBC Brasil Nações Unidas até que não é ruim, tem um bom tamanho e um ar condicionado que funciona, além, é claro, da excelente qualidade do som, mas peca pela pequena quantidade de bares e por ter um dos banheiros destinados à famigerada pista vip, sem contar que é plano, o que dificulta por vezes a visão, quesitos em que perde feio para o Via Funchal.
A quarta-feira, por sua vez, teve um dia bonito, ensolarado, que culminou em uma noite muito agradável, ainda mais quando se vai a um lugar como o SESC Vila Mariana, bonito e agradável, com um senão apenas para a fila do estacionamento. Não quero ser repetitivo, mas a estrutura do SESC – e não me refiro apenas ao Vila Mariana – é mesmo de primeiro mundo, isso sem falar nos preços honestos e acessíveis para os shows (o valor para Lou Reed e Gil Scott-Heron era de R$ 40,00 cada, R$ 20,00 para estudantes). A pontualidade dos shows é impressionante, assim como o conforto do teatro e a qualidade do som.
Vamos ao show.
Se na terça o show foi de uma banda consagrada, com mais de 20 anos de estrada, o do dia seguinte mostrou um artista em nascimento. E que artista!
Apesar de ter uma incrível rodagem como músico de apoio de gente do calibre de Arnaldo Antunes e Chico César, e de ser um compositor cada vez mais requisitado, Marcelo Jeneci – o artista solo – finalmente ganhou o mundo de forma oficial, fazendo o lançamento de seu CD. Quem acompanha a nova cena musical brasileira, e de São Paulo mais especificamente, sabe o quão aguardado era o disco do Jeneci, cujas músicas vêm sendo apresentadas nos palcos da cidade há quase dois anos.
E como esse cuidado em trabalhar as músicas ao vivo ao longo do tempo – também refletido no esmero da produção do disco – faz diferença na apresentação feita pelo músico e compositor.
A banda é afiadíssima, com Estevan Sinkovitz na guitarra, violões e bandolim; Régis Damasceno (Cidadão Instigado, Maquinado, e outros) no baixo; João Erbetta (Los Pirata) na guitarra e Richard Ribeiro na bateria e metalofone, esse dois substituindo, respectivamente Edgard Scandurra e Curumim, que tocam no disco.
Acompanham a banda um trio de metais e uma orquestra de câmara, regida por Arthur Verocai.
Aqui um parêntese necessário, para quem não conhece Arthur Verocai. Maestro e arrajnador, trabalhou nos arranjos de discos e/ou apresentações de gente do quilate de Jorge Ben, Erasmo Carlos, Marcos Valle, Gal Costa, Elizeth Cardoso e Ivan Lins. Em 1972, lançou um disco que, após redescoberto e sampleado por diversos artistas de hip hop gringos, é um dos LPs brasileiros mais caros no mercado de raridades. Foi também recentemente homenageado em LA, com a reprodução ao vivo e na íntegra do referido álbum, por uma banda/orquestra com grandes nomes da música brasileira e americana, show que foi gravado e virou DVD na caixa Timeless (Mochila Records).
Dito isso, basta mencionar que Verocai foi responsável pelos arranjos e regência da orquestra no disco de Jeneci. A gravação das cordas, aliás, dá outra boa história, pois foi feita ao vivo, com toda a banda, em um estúdio em São Paulo que fica em um convento e é administrado por freiras. As músicas foram gravadas em fita e depois trabalhadas pelo produtor Kassim (+2, Los Hermanos, Caetano Veloso, Vanessa da Mata, etc.).
Quem foi ao show deve estar sentindo falta da apresentação de alguém!
Esse suspense se deve ao fato de Laura Lavieri não ser apenas uma integrante da banda, mas um ponto central dentro da apresentação. O próprio Jeneci já se referiu a ela como “meu duplo”, e disse que ficou até mesmo em dúvida se assinaria o disco solo ou em nome dos dois.
Pois bem, Laura canta junto com Jeneci quase todas as canções, e nas quais não canta como vocal principal, faz belos backings e toca belos sons ao piano ou no teclado.
O show começa quente com Copo D`água e Café com leite de rosas, rocks com uma pegada setentista e metais em brasa. Jardim do Éden acalma um pouco as coisas com um balanço certeiro.
A orquestra entra no palco para dar ainda mais emoção a Quarto de dormir e Felicidade, seguidas da brejeira e belíssima Pra sonhar (a tal música que me fez chorar dias atrás).
Tulipa Ruiz, primeira convidada, aparece para interpretar –com sua voz belíssima e sua performance graciosa – junto com o anfitrião Dia a dia, lado a lado.
A primeira parte do show é encerrada com a apresentação da música Feito pra acabar, que cresce e ganha muita força com a entrada das cordas. Nota triste para o músico da orquestra que caiu do praticável quando os músico recebiam os cumprimentos e se retiravam. Após alguns segundos de tensão, o senhor surge de trás do piano para receber os merecidos aplausos.
A banda sai e Jeneci fica só ao piano para uma música que, segundo o mesmo, se resume a um refrão que não consegui ganhar uma letra e que, portanto, provavelmente ficaria assim mesmo.
Com a volta da banda, e sentado junto de Laura Lavieri ao piano, tem início Doce solidão e seu delicioso assobio, que, ao final da primeira parte da música, ganha a participação de seu autor, o Hermano Marcelo Camelo, ovacionado pela platéia. Os dois tocam mais uma música, Camelo no violão, Jeneci na sanfona.
O show se encaminha para o final com Borboleta, música com uma pegada jovem guarda e letra exaltando as delícias de ouvir um som batendo os pés e cantarolando o refrão.
Após uma breve pausa, a banda volta e Laura Lavieri tem seu momento de brilho solitário, cantando Longe, uma das mais belas do repertório, gravada também por Arnaldo Antunes em seu último disco solo, e que também foi sucesso e trilha de novela global na voz do sertanejo Leonardo.
Em seguida vem Dar-te-ei, outra com letra especialmente romântica e o derradeiro bis com o repeteco de Copo D`água.
Na saída, aglomeração para quem foi comprar o vale CD (que não estava disponível por conta de atrasos de fábrica, mas que parece ter uma arte gráfica de primeira). Vi um senhor pedindo quatro!!! Como um dos grandes segredos é ter paciência, preferi esperar o lançamento nas Saraivas, Culturas e Fnacs da vida.
Pra encerrar, resta mandar a mensagem a quem puder receber: dêem uma chance ao Marcelo Jeneci! Um artista de primeira grandeza, sofisticado e ao mesmo tempo popular. Um cara que prima pela qualidade quase artesanal de suas músicas (lapidadas como verdadeiras jóias), e que escreve (com parceiros ou sozinho) letras simples mas belas, muito longe da redundância que impera na música brasileira comercial em geral.
E foi isso! Dois grandes momentos musicais, absolutamente distintos, porém, complementares, que reforçam minha certeza de que, citando Otto: feliz é aquele pode escolher as músicas que ouve.
A terça-feira começou chuvosa. Dia tipicamente paulistano? Creio que ninguém mais se lembre como são os dias tipicamente paulistanos, cada vez mais raros. Dia tipicamente britânico! Perfeito para preparar o clima para o que viria à noite.
HSBC Brasil Nações Unidas, 21hs.
Depois de deixar o carro com o manobrista, de uma entrada tranqüila e de certa complicação para comprar e pegar um drink (caríssimo!!!), percebemos que Martina Topley-Bird está fazendo o seu não anunciado show de abertura. Voz conhecida e reconhecida por conta do disco de estréia de Tricky – co-fundador e ex-membro da banda principal – ela está sozinha na palco, cercada de instrumentos (tecladeira, marimba, guitarra, samplers e programações). Pede desculpa pela ausência do parceiro de palco, substituído por sons e beats pré-grabados. Não importa! A música é de primeira e hipnotiza boa parte do público que já ocupa a pista da casa de shows. O som é elegante, bem cuidado e ideal para entreter a audiência para o que viria.
Com quase uma hora de atraso (segunda as más línguas por conta do movimento para compra de ingressos de última hora na porta da casa), as luzes se apagam e começa o que viria a ser um dos (senão o) grandes shows de 2010. Recentemente a revista inglesa Q, em resenha, comparou o show da nove turnê do Massive Attack, ao do Radiohead, em termos de qualidade na execução das canções e da produção musical.
Duas baterias, guitarra, baixo, programações e tecladeiras fazem a cama para um som “gordo”, tenso, que privilegia o grave, mas recheado de climas e beats. O telão de led no fundo do palco é uma atração à parte.
O show começa bem eletrônico, com United Snakes, música lançada como bônus na versão em vinil do último álbum, e o que se segue é uma completa desorientação sonora e visual.
Já na segunda música, Mrs. Topley-Bird está de volta, com sua voz sensual e ao mesmo tempo doce, e que viria a ser utililizada em mais duas músicas, sem contar uma participação nos teclados no bis.
Em seguida Risingson, clássica, com o vozeirão do irmão gêmeo perdido do Hélio da La Peña, Grant “Daddy G” Marshal.
Introdução perfeita para a lenda da música jamaicana, Mr. Horace Andy, e seu canto em falseto, para uma interpretação perfeita de Girl I Love You, do último álbum. Os olhos se enchem de lágrimas!
Mr. Andy ainda retornaria em Angel – com sua guitarra rasgada – e em Splitting the atom, essa já no bis.
Mais novas executadas à perfeição, sempre em versões estendidas, permitindo aos músicos criarem seus climas e brincarem dentro do tema.
Eis que entra no palco a poposuda – no bom sentido, que fique claro – Deborah Miller, para cantar com sua voz de cantora de igreja o hit Safe From Harm.
No bis, uma inédita – As your were living (Cheyenne), a já mencionada Splitting the Attom, com Horace Andy no vocal e Martina Topley-Bird nos teclados, a explosão de Unfinished Sympathy – com Deborah Miller estraçalhando nossos ouvidos – e quase 10 minutos de Atlas Air, com suas tecladeiras. Nesse ponto, o maestro Robert “3D” Del Naja está dançando freneticamente no fundo do palco, enquanto Mr. Telão tem seu momento de solo, inundando a casa de shows com suas luzes e cores, mostrando no início um mapa-mundi em 3d e uma emulação de painel de aeroporto, seguido de uma frenética apresentação de logos de empresas globais, que vão se deformando conforme a música vai chegando ao final.
Sim, existe um tom político na apresentação do Massive Attack, que é revelado ao longo do show por meio do telão, que traz estatísticas sombrias acerca do comércio de armas, desigualdade social, etc. O Brasil é afagado por algumas informações, mas não existe chapa branca, e vários dados aterradores são mostrados. Existe espaço para uma certa descontração, com a citação de frases como “haja o que hajar o Corinthians será campeão” e “meu coração só tem uma cor, é rubro-negro”, devidamente creditadas a Vicente Matheus e Fabão. Sem contar a pérola “minha bunda me deu tudo” (Carol, ???) e notícias de jornal dos últimos dias.
O bis final vem com Karmakoma, que é interrompida e reiniciada bem antes do refrão, para brincar com a platéia.
Bom, o show foi mais ou menos isso, e é importante dizer que qualquer relato ou comentário não conseguirá, nem de perto, traduzir a paulada que foi a apresentação.
Contudo, há algo que é possível se dizer, no tocante à avalanche de shows internacionais do segundo semestre, e que põe louco e falido qualquer amante do bom som: sem desmerecer os festivais – fundamentais pela quantidade de atrações juntas, mas com desvantagens claras em relação à estrutura e logística para o público – é muito bom ver que temos recebido bandas relevantes, no auge – comercial ou criativo – e que trazem suas turnês regulares, o que significa que não se restringem aos hits, e exploram de forma adequada os novos repertórios. Esse foi o caso, só para citar o que me lembro, de REM, Radiohead, Franz Ferdinand, Super Furry Animals e agora o Massive Attack.
Quanto à estrutura da casa de shows, tirando o já mencionado preço abusivo das bebidas, o HSBC Brasil Nações Unidas até que não é ruim, tem um bom tamanho e um ar condicionado que funciona, além, é claro, da excelente qualidade do som, mas peca pela pequena quantidade de bares e por ter um dos banheiros destinados à famigerada pista vip, sem contar que é plano, o que dificulta por vezes a visão, quesitos em que perde feio para o Via Funchal.
A quarta-feira, por sua vez, teve um dia bonito, ensolarado, que culminou em uma noite muito agradável, ainda mais quando se vai a um lugar como o SESC Vila Mariana, bonito e agradável, com um senão apenas para a fila do estacionamento. Não quero ser repetitivo, mas a estrutura do SESC – e não me refiro apenas ao Vila Mariana – é mesmo de primeiro mundo, isso sem falar nos preços honestos e acessíveis para os shows (o valor para Lou Reed e Gil Scott-Heron era de R$ 40,00 cada, R$ 20,00 para estudantes). A pontualidade dos shows é impressionante, assim como o conforto do teatro e a qualidade do som.
Vamos ao show.
Se na terça o show foi de uma banda consagrada, com mais de 20 anos de estrada, o do dia seguinte mostrou um artista em nascimento. E que artista!
Apesar de ter uma incrível rodagem como músico de apoio de gente do calibre de Arnaldo Antunes e Chico César, e de ser um compositor cada vez mais requisitado, Marcelo Jeneci – o artista solo – finalmente ganhou o mundo de forma oficial, fazendo o lançamento de seu CD. Quem acompanha a nova cena musical brasileira, e de São Paulo mais especificamente, sabe o quão aguardado era o disco do Jeneci, cujas músicas vêm sendo apresentadas nos palcos da cidade há quase dois anos.
E como esse cuidado em trabalhar as músicas ao vivo ao longo do tempo – também refletido no esmero da produção do disco – faz diferença na apresentação feita pelo músico e compositor.
A banda é afiadíssima, com Estevan Sinkovitz na guitarra, violões e bandolim; Régis Damasceno (Cidadão Instigado, Maquinado, e outros) no baixo; João Erbetta (Los Pirata) na guitarra e Richard Ribeiro na bateria e metalofone, esse dois substituindo, respectivamente Edgard Scandurra e Curumim, que tocam no disco.
Acompanham a banda um trio de metais e uma orquestra de câmara, regida por Arthur Verocai.
Aqui um parêntese necessário, para quem não conhece Arthur Verocai. Maestro e arrajnador, trabalhou nos arranjos de discos e/ou apresentações de gente do quilate de Jorge Ben, Erasmo Carlos, Marcos Valle, Gal Costa, Elizeth Cardoso e Ivan Lins. Em 1972, lançou um disco que, após redescoberto e sampleado por diversos artistas de hip hop gringos, é um dos LPs brasileiros mais caros no mercado de raridades. Foi também recentemente homenageado em LA, com a reprodução ao vivo e na íntegra do referido álbum, por uma banda/orquestra com grandes nomes da música brasileira e americana, show que foi gravado e virou DVD na caixa Timeless (Mochila Records).
Dito isso, basta mencionar que Verocai foi responsável pelos arranjos e regência da orquestra no disco de Jeneci. A gravação das cordas, aliás, dá outra boa história, pois foi feita ao vivo, com toda a banda, em um estúdio em São Paulo que fica em um convento e é administrado por freiras. As músicas foram gravadas em fita e depois trabalhadas pelo produtor Kassim (+2, Los Hermanos, Caetano Veloso, Vanessa da Mata, etc.).
Quem foi ao show deve estar sentindo falta da apresentação de alguém!
Esse suspense se deve ao fato de Laura Lavieri não ser apenas uma integrante da banda, mas um ponto central dentro da apresentação. O próprio Jeneci já se referiu a ela como “meu duplo”, e disse que ficou até mesmo em dúvida se assinaria o disco solo ou em nome dos dois.
Pois bem, Laura canta junto com Jeneci quase todas as canções, e nas quais não canta como vocal principal, faz belos backings e toca belos sons ao piano ou no teclado.
O show começa quente com Copo D`água e Café com leite de rosas, rocks com uma pegada setentista e metais em brasa. Jardim do Éden acalma um pouco as coisas com um balanço certeiro.
A orquestra entra no palco para dar ainda mais emoção a Quarto de dormir e Felicidade, seguidas da brejeira e belíssima Pra sonhar (a tal música que me fez chorar dias atrás).
Tulipa Ruiz, primeira convidada, aparece para interpretar –com sua voz belíssima e sua performance graciosa – junto com o anfitrião Dia a dia, lado a lado.
A primeira parte do show é encerrada com a apresentação da música Feito pra acabar, que cresce e ganha muita força com a entrada das cordas. Nota triste para o músico da orquestra que caiu do praticável quando os músico recebiam os cumprimentos e se retiravam. Após alguns segundos de tensão, o senhor surge de trás do piano para receber os merecidos aplausos.
A banda sai e Jeneci fica só ao piano para uma música que, segundo o mesmo, se resume a um refrão que não consegui ganhar uma letra e que, portanto, provavelmente ficaria assim mesmo.
Com a volta da banda, e sentado junto de Laura Lavieri ao piano, tem início Doce solidão e seu delicioso assobio, que, ao final da primeira parte da música, ganha a participação de seu autor, o Hermano Marcelo Camelo, ovacionado pela platéia. Os dois tocam mais uma música, Camelo no violão, Jeneci na sanfona.
O show se encaminha para o final com Borboleta, música com uma pegada jovem guarda e letra exaltando as delícias de ouvir um som batendo os pés e cantarolando o refrão.
Após uma breve pausa, a banda volta e Laura Lavieri tem seu momento de brilho solitário, cantando Longe, uma das mais belas do repertório, gravada também por Arnaldo Antunes em seu último disco solo, e que também foi sucesso e trilha de novela global na voz do sertanejo Leonardo.
Em seguida vem Dar-te-ei, outra com letra especialmente romântica e o derradeiro bis com o repeteco de Copo D`água.
Na saída, aglomeração para quem foi comprar o vale CD (que não estava disponível por conta de atrasos de fábrica, mas que parece ter uma arte gráfica de primeira). Vi um senhor pedindo quatro!!! Como um dos grandes segredos é ter paciência, preferi esperar o lançamento nas Saraivas, Culturas e Fnacs da vida.
Pra encerrar, resta mandar a mensagem a quem puder receber: dêem uma chance ao Marcelo Jeneci! Um artista de primeira grandeza, sofisticado e ao mesmo tempo popular. Um cara que prima pela qualidade quase artesanal de suas músicas (lapidadas como verdadeiras jóias), e que escreve (com parceiros ou sozinho) letras simples mas belas, muito longe da redundância que impera na música brasileira comercial em geral.
E foi isso! Dois grandes momentos musicais, absolutamente distintos, porém, complementares, que reforçam minha certeza de que, citando Otto: feliz é aquele pode escolher as músicas que ouve.
Preview Planeta Terra
E amanhã tem Planeta Terra no Playcenter.
Check it out:
Bom, ao menos são esses os shows que pretendo assistir, ainda que seja apenas uma parte.
Check it out:
Bom, ao menos são esses os shows que pretendo assistir, ainda que seja apenas uma parte.
Discoteca
Essas são as novas incorporações:
Dexys Midnight Runners - searching for the young soul rebels (álbum de estréia da banda de soul inglesa do início dos anos 80 - clássico absoluto), os mesmos que anos mais tarde lançariam o hit Come on Eileen. Edição comemorativa de 30 anos de lançamento, dupla, com um disco bônus com demos, faixas inéditas e apresentações ao vivo na BBC, inclusive no programa do lendário John Peel.
O outro é o álbum de estréia do Maximum Balloon, que nada mais é do que o disco solo do músico e produtor David Sitek, integrante do TV On The Radio e responsável pela "produssa" de muitos dos discos da cena surgida no Brooklyn dos anos 2000 para cá.
Segue uma amostra com o clipe mais sexy desse ano, protagonizado pela Daisy Lowe, filha do GAvin Rossdale, vocalista da banda Bush, lembram?
E o papai, que é casado com a Gwen Steffani (nada mal)
Dexys Midnight Runners - searching for the young soul rebels (álbum de estréia da banda de soul inglesa do início dos anos 80 - clássico absoluto), os mesmos que anos mais tarde lançariam o hit Come on Eileen. Edição comemorativa de 30 anos de lançamento, dupla, com um disco bônus com demos, faixas inéditas e apresentações ao vivo na BBC, inclusive no programa do lendário John Peel.
O outro é o álbum de estréia do Maximum Balloon, que nada mais é do que o disco solo do músico e produtor David Sitek, integrante do TV On The Radio e responsável pela "produssa" de muitos dos discos da cena surgida no Brooklyn dos anos 2000 para cá.
Segue uma amostra com o clipe mais sexy desse ano, protagonizado pela Daisy Lowe, filha do GAvin Rossdale, vocalista da banda Bush, lembram?
E o papai, que é casado com a Gwen Steffani (nada mal)
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
O que foi isso?!!!!
A resenha do show vem amanhã, mas já dá para adiantar que foi um show absurdamente bom!!!
Só para ficar um gostinho, um vídeo de uma das arrebatadoras músicas do novo disco (essa gravação não é do show em São Paulo), prestem atenção no telão de led:
E a potência da vocalista no hit Unfinhished Sympathy (o som é da platéia, mas não chega a ser tão ruim. Garanto que no show de São Paulo o desempenho vocal foi mais afiado ainda):
E uma versão, digamos assim, mais intimista, da música que fechou os shows no Brasil:
Só para ficar um gostinho, um vídeo de uma das arrebatadoras músicas do novo disco (essa gravação não é do show em São Paulo), prestem atenção no telão de led:
E a potência da vocalista no hit Unfinhished Sympathy (o som é da platéia, mas não chega a ser tão ruim. Garanto que no show de São Paulo o desempenho vocal foi mais afiado ainda):
E uma versão, digamos assim, mais intimista, da música que fechou os shows no Brasil:
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Quarta-feira promete...
Como na quarta estarei pior do que na terça, terei que antecipar o post (prometo que será apenas um).
Após a esperada desprientação sonora do Massive Attack na terça, quarta é dia de mudar de ambiente no Sesc Vila Mariana com show do Marcelo Jeneci, que lança seu aguardado, e já aclamado pela imprensa musical, álbum de estréia "Feito para acabar".
Parceiro de muita gente boa na música brasileira, Jeneci foi trabalhando aos poucos em seu álbum, compondo e tocando as músicas ao vivo ao longo de aproximadamente 2 anos, para então entrar em estúdio com o produtor Kassim (Los Hermanos, Vanessa da Mara, Caetano Veloso, Etc...).
Sem muito bla bla bla, a música que esse cara faz é sensacional. Com inflências diretas, como Erasmo Carlos dos anos 70, e outras não oficializadas, como o melhor e mais melódico lado de Paul Maccartney e Clube da Esquina, o trabalho de Jeneci ainda assim soa novo e, algo raro entre os músicos atuais, feito com esmero para cair nas graças da grande massa, só que com muiiiita qualidade.
Dias atrás me referi a uma música que tinha mexido muito comigo. Pois trata-se de uma música de Jeneci, e que, sem querer ser piegas e tratar muito da minha vida nesse espaço, me fez realmente chorar, algo que não acontecia por causa de uma música há muitos anos.
Ei-la:
A versão não foi essa, mas sim a tocada ao vivo no programa de rádio Ronca Ronca (OI FM), que tinha uma banda com formação um pouco diferente, que incluía um mandolim que fez toda a diferença, se bem que após ouvir pela primeira vez, admito que tenho vontade de chorar todas as vezes que ouço essa música.
Deixo vocês com mais alguns vídeos do Jeneci, e até o final da semana solto a resenha do show.
PS.: esse não é um blog de auto-ajuda, mas para quem quiser, ou puder, dedicar duas horas de seu dia/noite para ouvir a íntegra do programa ronca ronca com a apresentação do Marcelo Jeneci e banda, garanto que será uma experiência fantástica. Mas tem que ouvir com cuidado, com fone de ouvido, relaxado, prestando atenção nos detalhes e na vibe que rolou no estúdio. Bom, afinal de contas não custa nada dedicar um tempo exlusivamente seu à arte e à contemplação (ainda que sonora). Recado dado, segue o link:
http://oifm.com.br/oi-fm/?p=4641
Após a esperada desprientação sonora do Massive Attack na terça, quarta é dia de mudar de ambiente no Sesc Vila Mariana com show do Marcelo Jeneci, que lança seu aguardado, e já aclamado pela imprensa musical, álbum de estréia "Feito para acabar".
Parceiro de muita gente boa na música brasileira, Jeneci foi trabalhando aos poucos em seu álbum, compondo e tocando as músicas ao vivo ao longo de aproximadamente 2 anos, para então entrar em estúdio com o produtor Kassim (Los Hermanos, Vanessa da Mara, Caetano Veloso, Etc...).
Sem muito bla bla bla, a música que esse cara faz é sensacional. Com inflências diretas, como Erasmo Carlos dos anos 70, e outras não oficializadas, como o melhor e mais melódico lado de Paul Maccartney e Clube da Esquina, o trabalho de Jeneci ainda assim soa novo e, algo raro entre os músicos atuais, feito com esmero para cair nas graças da grande massa, só que com muiiiita qualidade.
Dias atrás me referi a uma música que tinha mexido muito comigo. Pois trata-se de uma música de Jeneci, e que, sem querer ser piegas e tratar muito da minha vida nesse espaço, me fez realmente chorar, algo que não acontecia por causa de uma música há muitos anos.
Ei-la:
A versão não foi essa, mas sim a tocada ao vivo no programa de rádio Ronca Ronca (OI FM), que tinha uma banda com formação um pouco diferente, que incluía um mandolim que fez toda a diferença, se bem que após ouvir pela primeira vez, admito que tenho vontade de chorar todas as vezes que ouço essa música.
Deixo vocês com mais alguns vídeos do Jeneci, e até o final da semana solto a resenha do show.
PS.: esse não é um blog de auto-ajuda, mas para quem quiser, ou puder, dedicar duas horas de seu dia/noite para ouvir a íntegra do programa ronca ronca com a apresentação do Marcelo Jeneci e banda, garanto que será uma experiência fantástica. Mas tem que ouvir com cuidado, com fone de ouvido, relaxado, prestando atenção nos detalhes e na vibe que rolou no estúdio. Bom, afinal de contas não custa nada dedicar um tempo exlusivamente seu à arte e à contemplação (ainda que sonora). Recado dado, segue o link:
http://oifm.com.br/oi-fm/?p=4641
E por falar em Tricky...
Como dito, um dos fundadores do Massive Attack, doidão de carteirinha e cujos dois primeiros álbuns foram/são aclamados como obras-primas da música moderna inglesa.
Feel the pressure:
Feel the pressure:
E por falar em Horace Andy ...
Esse vídeo é simplesmente um dos meus favoritos:
Assim como essa música:
Assim como essa música:
Terça-feira louca...
Como amanhã não terei tempo de postar, segue um preview do show do Massive Attack, que será conferido pela equipe do blog, "vulgo eumemo"!
Até o final da semana virá a resenha do show!
Cheers!
Primeiro algumas clássicas:
Essa não deve ser tocada no show, mas é muito clássica:
Agora umas do disco novo:
Como não dá para fazer o trabalho pela metade, um vídeo do Horace Andy, lenda da música jamaicana e que acompanha o Massive Attack desde o primeiro disco, e uma da Martina Topley-Bird, que originariamente era vocalista nos álbuns do Tricky (um dos fundadores do Massive Attack, mas fora do grupo desde o segundo disco), e que, além participar do último disco e ser uma das vocalistas da turnê, pelo menos da gringa tem feito também os shows de abertura:
Quem conhece Massive Attack sabe do ótimo disco de remixes feito pelo Dubmaster Mad Professor, que remixou todo o segundo álbum da banda, Protection, o que pode ser visto (e sentido) nesse vídeo live:
E como os caras são ultra antenados e reverenciados, principalmente na Inglaterra, o último álbum, Heligoland, terá sua versão remix feita pelo destaque da cena dubstep Burial (mais sobre ele algum dia), cujo trabalho damos uma palhinha aqui, viajando por London Town:
Até o final da semana virá a resenha do show!
Cheers!
Primeiro algumas clássicas:
Essa não deve ser tocada no show, mas é muito clássica:
Agora umas do disco novo:
Como não dá para fazer o trabalho pela metade, um vídeo do Horace Andy, lenda da música jamaicana e que acompanha o Massive Attack desde o primeiro disco, e uma da Martina Topley-Bird, que originariamente era vocalista nos álbuns do Tricky (um dos fundadores do Massive Attack, mas fora do grupo desde o segundo disco), e que, além participar do último disco e ser uma das vocalistas da turnê, pelo menos da gringa tem feito também os shows de abertura:
Quem conhece Massive Attack sabe do ótimo disco de remixes feito pelo Dubmaster Mad Professor, que remixou todo o segundo álbum da banda, Protection, o que pode ser visto (e sentido) nesse vídeo live:
E como os caras são ultra antenados e reverenciados, principalmente na Inglaterra, o último álbum, Heligoland, terá sua versão remix feita pelo destaque da cena dubstep Burial (mais sobre ele algum dia), cujo trabalho damos uma palhinha aqui, viajando por London Town:
Dica da audiência
Essa dica é do Victor, nosso leitor dedicado.
Como ele, também não curto da Lady Gaga, mas admito que tem seu valor como entretenimento.
Ele ainda mandou essa:
E já que falou em "tribo africana com métrica de blues", recomendo Tinariwen, tuaregs do Saara mandando o blues do deserto:
Como ele, também não curto da Lady Gaga, mas admito que tem seu valor como entretenimento.
Ele ainda mandou essa:
E já que falou em "tribo africana com métrica de blues", recomendo Tinariwen, tuaregs do Saara mandando o blues do deserto:
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Aos meus filhos...
Boa noite,
Estou um tanto quanto emotivo nesse momento, acabo de ouvir uma música que fez um estrago danado.
A música não foi essa, mas de qualquer forma pega pesado também.
Detalhe para os filhos do Edgard, o mais velho tocando baixo e a caçula fazendo uma performance delicada e rock and roll ao mesmo tempo.
Estou um tanto quanto emotivo nesse momento, acabo de ouvir uma música que fez um estrago danado.
A música não foi essa, mas de qualquer forma pega pesado também.
Detalhe para os filhos do Edgard, o mais velho tocando baixo e a caçula fazendo uma performance delicada e rock and roll ao mesmo tempo.
E por falar em Jerry Dammers .. e Rico Rodriguez...
Acabei de achar essa.
Como diria Mau Val, "que desorientação".
Como diria Mau Val, "que desorientação".
Garimpo virtual
Li ontem no blog do Alexandre Matias (Trabalho Sujo) a citação que um amido dele fez sobre o ofício de blogueiro por ele desempenhado: "arqueologia virtual".
Apesar de não ser tão ativo e certeiro como o Matias, acho que a definição se aplica bem ao trabalho realizado nesse blog, com uma certa ressalva ao termo "arqueologia", que poderia ser mudado para "garimpo".
Feita essa inútil introdução, vamos a uma das últimas pepitas encontradas no mundo virtual.
Para quem não conhece Jerry Dammers, ele foi o tecladista e principal compositor dos Specials, banda fundamental na cena inglesa do final dos 70/início dos 80, notória por acrescentar ao ska jamaicano a pegada do punk inglês, criadora de uma enormidade de hits e que influenciou, e muito, a geração do rock nacional dos anos 80 (todos aqueles reagginhos não são por acaso), isso sem falar em toda a cena argentina da mesma época, vide Fabulosos Cadillacs e Los Pericos, só para exemplificar.
No vídeo acima pode se ver a participação de Rico Rodriguez no trombone. Pode parecer apenas um músico de apoio, mas Rico é um lendário trombonista jamaicano e único músico de reggae a assinar contrato e ter um disco lançado pela gravadora de jazz americana Blue Note Records (dispensa apresentações).
A relevância da breve existência dos Specials não resume apenas às influências externas. Pelo contrário, além de criar um "novo" gênero musical, conhecido como a segunda onda do Ska, foram responsáveis pela criação do selo/gravadora 2Tone, responsável pelo lançamento de diversos artistas na época, como Madness, The Selecter e The Beat (ou English Beat).
Amy Whinehouse é uma devota da obra dos Specials, tocando diversas de suas músicas em shows e gravando na edição especial do álbum Back in black duas músicas do repertório da banda.
Além disso, Damon Albarn, vocalista do Blur e gênio por trás de projetos instigantes como Mali Music, The Good The Bad and The Queen e Gorillaz já declarou que a música que mais o influenciou foi Ghost Town, último single gravado pela formação original dos Specials, cujo clipe mostra um pouco do clima meio sombrio da Inglaterra no início dos anos 80. Para quem ainda não sacou Jerry Dammers, ele é o maluco com o "vitrô" aberto na dentadura.
Quem foi no show dos Skatalites (criadores do SKA na Jamaica), no clube Inferno, em São Paulo, poucos anos atrás, pôde ver a profusão de pessoas trajadas com o famosso terninho, gravata e chapéu, visual eternizado pelo logo da gravadora 2Tone.
Bom, voltando a Jerry Dammers, dia desses ao fuçar no youtube encontrei dois vídeos de uma apresentação de sua nova banda no programa Later with Joosl Holland. É bom lembrar que na reunião recente e bem sucedida dos Specials - que gerou até um ótimo DVD - Dammers foi simplesmente excluído da empreitada. Segundo Dammers, alguns membros da banda não engoliam sua liderança criativa. A banda, contudo, se recusa terminantemente a falar qualquer coisa sobre Jerry Dammers.
Sendo assim, deixo vocês com a Jerry Dammers Spatial AKA Orchestra, uma big band aos moldes do mestre maluco do Jazz Sun Ra, que não se restringe ao velho e bom Ska estilo 2Tone.
Prestem atenção à pagação de pau do apresentador (que também é músico) ao fazer a introdução.
Enjoy it!!!
Apesar de não ser tão ativo e certeiro como o Matias, acho que a definição se aplica bem ao trabalho realizado nesse blog, com uma certa ressalva ao termo "arqueologia", que poderia ser mudado para "garimpo".
Feita essa inútil introdução, vamos a uma das últimas pepitas encontradas no mundo virtual.
Para quem não conhece Jerry Dammers, ele foi o tecladista e principal compositor dos Specials, banda fundamental na cena inglesa do final dos 70/início dos 80, notória por acrescentar ao ska jamaicano a pegada do punk inglês, criadora de uma enormidade de hits e que influenciou, e muito, a geração do rock nacional dos anos 80 (todos aqueles reagginhos não são por acaso), isso sem falar em toda a cena argentina da mesma época, vide Fabulosos Cadillacs e Los Pericos, só para exemplificar.
No vídeo acima pode se ver a participação de Rico Rodriguez no trombone. Pode parecer apenas um músico de apoio, mas Rico é um lendário trombonista jamaicano e único músico de reggae a assinar contrato e ter um disco lançado pela gravadora de jazz americana Blue Note Records (dispensa apresentações).
A relevância da breve existência dos Specials não resume apenas às influências externas. Pelo contrário, além de criar um "novo" gênero musical, conhecido como a segunda onda do Ska, foram responsáveis pela criação do selo/gravadora 2Tone, responsável pelo lançamento de diversos artistas na época, como Madness, The Selecter e The Beat (ou English Beat).
Amy Whinehouse é uma devota da obra dos Specials, tocando diversas de suas músicas em shows e gravando na edição especial do álbum Back in black duas músicas do repertório da banda.
Além disso, Damon Albarn, vocalista do Blur e gênio por trás de projetos instigantes como Mali Music, The Good The Bad and The Queen e Gorillaz já declarou que a música que mais o influenciou foi Ghost Town, último single gravado pela formação original dos Specials, cujo clipe mostra um pouco do clima meio sombrio da Inglaterra no início dos anos 80. Para quem ainda não sacou Jerry Dammers, ele é o maluco com o "vitrô" aberto na dentadura.
Quem foi no show dos Skatalites (criadores do SKA na Jamaica), no clube Inferno, em São Paulo, poucos anos atrás, pôde ver a profusão de pessoas trajadas com o famosso terninho, gravata e chapéu, visual eternizado pelo logo da gravadora 2Tone.
Bom, voltando a Jerry Dammers, dia desses ao fuçar no youtube encontrei dois vídeos de uma apresentação de sua nova banda no programa Later with Joosl Holland. É bom lembrar que na reunião recente e bem sucedida dos Specials - que gerou até um ótimo DVD - Dammers foi simplesmente excluído da empreitada. Segundo Dammers, alguns membros da banda não engoliam sua liderança criativa. A banda, contudo, se recusa terminantemente a falar qualquer coisa sobre Jerry Dammers.
Sendo assim, deixo vocês com a Jerry Dammers Spatial AKA Orchestra, uma big band aos moldes do mestre maluco do Jazz Sun Ra, que não se restringe ao velho e bom Ska estilo 2Tone.
Prestem atenção à pagação de pau do apresentador (que também é músico) ao fazer a introdução.
Enjoy it!!!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Reverb...
Está rolando um boato entre cronistas especializados em música que David Bowie está morrendo, aparentemente em decorrência do problema cardíaco que o afastou dos palcos e o deixou recluso nos últimos anos.
Espero que seja apenas um boato. De qualquer forma o legado de Bowie é inquestionável e atemporal.
Vida longa e próspera.
Espero que seja apenas um boato. De qualquer forma o legado de Bowie é inquestionável e atemporal.
Vida longa e próspera.
E por falar em QOTSA...
Juro que queria parar no post anterior, mas achei essa versão dos Desert Sessions com a PJ Harvey. Acho essa música muito foda.
A versão original é do Desert Sessions, mas a música ganhou o mundo com o QOTSA:
A versão original é do Desert Sessions, mas a música ganhou o mundo com o QOTSA:
E por falar em Cee-lo Green...
Uma do disco solo do cara.
A festa continua!!!
Que vontade de sair na rua com essa música rolando no fone de ouvido e cantando o refrão a plenos pulmões!!!
Bem, tem também a versão "alternativa":
Já que me empolguei, mais duas:
Trilha sonora do filme/desenho Kung Fu Panda
E essa com o Queens of the stone age, num clima jam session total e com Dave Grohl na batera. A música já era sexy na versão original, mas ...
A festa continua!!!
Que vontade de sair na rua com essa música rolando no fone de ouvido e cantando o refrão a plenos pulmões!!!
Bem, tem também a versão "alternativa":
Já que me empolguei, mais duas:
Trilha sonora do filme/desenho Kung Fu Panda
E essa com o Queens of the stone age, num clima jam session total e com Dave Grohl na batera. A música já era sexy na versão original, mas ...
Charles Barkley
Hoje o trabalho está meio devagar por aqui.
De qualquer forma, seguem uns vídeos.
Adoro essa banda, e que nome!!!
Uma curiosidade: o cara que toca guitarra e synth com os dois "donos" da banda nos vídeos aí de cima é o atual guitarrista dos Red Hot Chilli Peppers.
Um cover de Radiohead. Que voz tem esse Cee-Lo!!! E pqp, que música essa (sem dúvida In Rainbows foi um dos discos mais importantes da minha vida).
E uma última, que vale só pelas fantasias. Chewbacca tocando bateria é impagável!!!
Gnarls Barkley para mim é isso, música de muita qualidade com forte influência de soul music, bom humor, e umas das características mais importantes que considero, não só na música, mas na vida como um todo, não se levam tão a sério!!!
Enjoy it!!!
De qualquer forma, seguem uns vídeos.
Adoro essa banda, e que nome!!!
Uma curiosidade: o cara que toca guitarra e synth com os dois "donos" da banda nos vídeos aí de cima é o atual guitarrista dos Red Hot Chilli Peppers.
Um cover de Radiohead. Que voz tem esse Cee-Lo!!! E pqp, que música essa (sem dúvida In Rainbows foi um dos discos mais importantes da minha vida).
E uma última, que vale só pelas fantasias. Chewbacca tocando bateria é impagável!!!
Gnarls Barkley para mim é isso, música de muita qualidade com forte influência de soul music, bom humor, e umas das características mais importantes que considero, não só na música, mas na vida como um todo, não se levam tão a sério!!!
Enjoy it!!!
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