domingo, 12 de fevereiro de 2012

Do contra

Será que sou a única pessoa no mundo que curte esse disco do Neil?


Confesso que me iniciei tarde na obra do velho Neil, há pouco mais de 10 anos.

Mas o vício é frenético!!!

Obs: O único artista que me tirará de casa esse ano para um show grande (e de festival ainda por cima), caso venha mesmo para o SWU (será que com a Crazy Horse?).

E esse disco é renegado pelos fãs e, talvez, até pelo próprio Neil - se bem que eu duvido que Ele se arrependa de algo que tenha gravado -, mas eu adoro.

O disco também faz parte de uma fase muito conturbada de sua carreira, pois havia assinado um grande contrato com a Geffen, e após produzir um disco de country ultra mega roots, um disco de rockaabilly e esse Trans, foi processado pela gravadora por não manter uma linha autoral que seguisse os trabalhos (mais que clássicos) anteriores.

É claro que ele ganhou o processo.

E esse Trans é um disco realmente alienígena na obra do Mestre. Feito sob certa influência da new wave, com vários elementos eletrônicos e sintetizadores. Na minha opinião há muito de Kraftwerk e Devo, esta última, banda de quem Neil se aproxinou muito alguns anos antes do lançamento do disco. Ainda assim, é muito Neil Young, e tem até umas linhas de lap steel aqui e ali.

Enfim, acho que é uma pérola a ser ouvida com cuidado e fones de ouvido. Esse disco não pode ser relegado à vala comum do synth pop/rock dos anos 80.






Essas duas músicas são do DVD Live Trans, gravado, não coincidentemente, em Berlin. A próxima - apenas o áudio do disco - é uma das mais convencionais do álbum, mas ainda assim acachapante.


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