terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sétima arte

Falei muito pouco de cinema por aqui. Essa é uma falha que pretendo reparar em pouco tempo.

Ontem assisti ao filme "As melhores coisas do mundo", dirigido pela Laís Bodansky.

Antes de mais nada, devo dizer que adoro o cinema brasileiro, e a obra da Lais Bodansky é uma das melhores da chamada "retomada" do cinema nacional.

Vale lembrar que ela é a diretora de "Biche de sete cabeças", um contundente filme sobre a situação dos manicômios no Brasil, e também de "Chega de saudade", cuja estória se passa em uma noite em um salão de baile, uma obra simples, mas muito leve e poética.

Seu último filme, esse assistido ontem, também traz uma abordagem pouco convencional para o cinema brasileiro, enfocando a vida de adolescentes de classe média da cidade de São Paulo (poderiam ser de qualquer grande cidade do Brasil, ou mesmo do mundo).

Não se trata de um filme grandioso, mas a forma com que a estória é contada, passando muito longe de uma abordagem juvenil (no sentido rasteiro do termo). Ainda assim, é um filme que pode, e deve, ser visto pela molecada, e que para nós, que já passamos por essa fase da vida, nos trás um saudosismo reflexivo.

Para mim, o grande mérito da diretora é contar uma estória que nos faz pensar o quão realmente difícil é a adolescência, e o quão importante - especialmente para quem, como eu, tem filhos - é não menosprezar a importância dos conflitos surgidos nessa época, nem, tampouco, desprezar a experiência de vida das "crianças".

É isso aí, fica a dica de um bom filme para ser assistido em família ou não, e que garante um divertimento leve.



E aqui os outros filmes da diretora:



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