A todos meus leitores, desejo um feliz Natal e um ótimo 2011!!!
o blog ficará de férias de hoje até 4 de janeiro.
Voltaremos com novidades!!!
And to all the foreign viwers, a special tanks for the audience. See you next year! Best wishes!!!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Top 5 em vídeos
NACIONAIS:
1º) Marcelo Jeneci - Feito pra Acabar
2º) Tulipa - Efêmera
3º) Cérebro Eletrônico - Deus e o Diabo no Liquidificador
4º) Ortinho - Herói Trancado
5º) Arnaldo Antunes - Ao vivo lá em casa
INTERNACIONAIS:
1º) Gorillaz - Plastic Beach
2º) Arcade Fire - The Suburbs
3º) Grinderman - Grinderman 2
4º) Black Keys - Brothers
5º) Neil Young - Le Noise
1º) Marcelo Jeneci - Feito pra Acabar
2º) Tulipa - Efêmera
3º) Cérebro Eletrônico - Deus e o Diabo no Liquidificador
4º) Ortinho - Herói Trancado
5º) Arnaldo Antunes - Ao vivo lá em casa
INTERNACIONAIS:
1º) Gorillaz - Plastic Beach
2º) Arcade Fire - The Suburbs
3º) Grinderman - Grinderman 2
Grinderman 'Heathen Child' from Trim Editing on Vimeo.
4º) Black Keys - Brothers
5º) Neil Young - Le Noise
Top 5 discos internacionais 2010
Os critérios são os mesmos usados para os discos nacionais:
O quinto lugar ficou com o mestre supremo Neil Young (Deus?) e seu álbum Le Noise. Só o mestre, sua guitarra/violão, pedais e efeitos acrescentados pelo produtor Daniel Lanois.
Belo demais.
Uma guitarra, uma bateria, muito blues rock e soul. O quarto lugar é dos Black Keys.
Confesso que não conheço quase nada do trabalho do Nick Cave. E também não conhecia sua banda paralela, Grinderman. Não conhecia, pois quando o bolachão chegou, não saiu mais da vitrolinha. Paulada na orelha, mas com muita classe.
Em segundo lugar na minha lista ficou o disco mais badalado do ano. Na minha opinião o Arcade Fire é uma banda estupenda, que vai trilhando seu caminho para se tornar um dos peixes grandes do rock mundial.
Muitos vão torcer o nariz! Que se dane! Não ouvi nada melhor no ano. Nenhum disco fez tanto minha cabeça e tocou mais nos players. Música pop moderna de primeira qualidade. Salve Mr. Damon Albarn e seus Gorillaz.
O quinto lugar ficou com o mestre supremo Neil Young (Deus?) e seu álbum Le Noise. Só o mestre, sua guitarra/violão, pedais e efeitos acrescentados pelo produtor Daniel Lanois.
Belo demais.
Uma guitarra, uma bateria, muito blues rock e soul. O quarto lugar é dos Black Keys.
Confesso que não conheço quase nada do trabalho do Nick Cave. E também não conhecia sua banda paralela, Grinderman. Não conhecia, pois quando o bolachão chegou, não saiu mais da vitrolinha. Paulada na orelha, mas com muita classe.
Em segundo lugar na minha lista ficou o disco mais badalado do ano. Na minha opinião o Arcade Fire é uma banda estupenda, que vai trilhando seu caminho para se tornar um dos peixes grandes do rock mundial.
Muitos vão torcer o nariz! Que se dane! Não ouvi nada melhor no ano. Nenhum disco fez tanto minha cabeça e tocou mais nos players. Música pop moderna de primeira qualidade. Salve Mr. Damon Albarn e seus Gorillaz.
Discoteca
E não é que a pepita abaixo caiu na minha mão essa semana:
Nada mais, nada menos, que: o álbum em CD, um CD com versões dub, um dvd com o making of das gravações, um livreto com fotos, seis vinis de 7", cada um com dua músicas do álbum e um adaptador para a vitrola!!!
Nada mais, nada menos, que: o álbum em CD, um CD com versões dub, um dvd com o making of das gravações, um livreto com fotos, seis vinis de 7", cada um com dua músicas do álbum e um adaptador para a vitrola!!!
Top 5 discos brasileiros 2010
Fechando os trabalhos desse ano, não poderia faltar um top 5 com os melhores, na minha opinião, discos lançados ao longo do ano.
Para fazer esse ranking tomei como base apenas discos lançados oficialmente, e que tenham chegado fisicamente à minha discoteca.
Antes de mais nada, um pequeno parêntese, sempre gostei muito de discos ao vivo, da vibração da banda no palco, arranjos diferentes, a interação do público, e por aí vai.. Ainda assim, raramente discos ao vivo conseguem ser os grandes destaques da obra de algum artista – Live at Leeds do Who, Rust Never Sleeps e Live Rust, do Neil Young, talvez -, por isso que fico reticente sempre em colocar algum álbum ao vivo entre os melhores lançamentos do ano.
Só que esse disco em especial me surpreendeu! O conjunto de repertório, mais uma banda super afiada garantiram o 5º lugar.
Em quarto lugar ficou um CD que é, por assim dizer, primo do trabalho do Arnaldo Antunes.
O pernambucano Ortinho fez um trabalho com uma pegada mais roqueira (muito de jovem guarda), só que com elementos bem bacanas da música pernambucana, como os metais conduzidos pelo maestro Spok. Minha música favorita é "Saudades do Mundo", que conta com a participação mais que especial de Jorge Du Peixe nos vocais.
A terceira posição ficou com o Cérebro Eletrônico e seu disco Deus e o Diabo no Liquidificador. Além do título bacana, esse grupo paulista deu uma suavizada no som, ficou mais pop, isso sem perder nada em qualidade. Apenas uma música dispensável: "O fabuloso destino do chapeleiro mágico".
A segunda posição parece o Grêmio de 2008, passou o campeonato inteiro na liderança e perdeu nas últimas rodadas.
Que disco fantástico esse "Efêmera", da Tulipa. Um instrumental esperto e ao mesmo tempo fofo, embalando a voz mágica da cantora.
E eis que aos 45 minutos do segundo tempo foi lançado o melhor disco nacional do ano. Música de primeira, embalada por um projeto gráfico belíssimo.
Como já falei muito de Marcelo Jeneci por aqui, não serei repetitivo.
É isso aí, mais um ano espetacular para a música brasileira.
Para fazer esse ranking tomei como base apenas discos lançados oficialmente, e que tenham chegado fisicamente à minha discoteca.
Antes de mais nada, um pequeno parêntese, sempre gostei muito de discos ao vivo, da vibração da banda no palco, arranjos diferentes, a interação do público, e por aí vai.. Ainda assim, raramente discos ao vivo conseguem ser os grandes destaques da obra de algum artista – Live at Leeds do Who, Rust Never Sleeps e Live Rust, do Neil Young, talvez -, por isso que fico reticente sempre em colocar algum álbum ao vivo entre os melhores lançamentos do ano.
Só que esse disco em especial me surpreendeu! O conjunto de repertório, mais uma banda super afiada garantiram o 5º lugar.
Em quarto lugar ficou um CD que é, por assim dizer, primo do trabalho do Arnaldo Antunes.
O pernambucano Ortinho fez um trabalho com uma pegada mais roqueira (muito de jovem guarda), só que com elementos bem bacanas da música pernambucana, como os metais conduzidos pelo maestro Spok. Minha música favorita é "Saudades do Mundo", que conta com a participação mais que especial de Jorge Du Peixe nos vocais.
A terceira posição ficou com o Cérebro Eletrônico e seu disco Deus e o Diabo no Liquidificador. Além do título bacana, esse grupo paulista deu uma suavizada no som, ficou mais pop, isso sem perder nada em qualidade. Apenas uma música dispensável: "O fabuloso destino do chapeleiro mágico".
A segunda posição parece o Grêmio de 2008, passou o campeonato inteiro na liderança e perdeu nas últimas rodadas.
Que disco fantástico esse "Efêmera", da Tulipa. Um instrumental esperto e ao mesmo tempo fofo, embalando a voz mágica da cantora.
E eis que aos 45 minutos do segundo tempo foi lançado o melhor disco nacional do ano. Música de primeira, embalada por um projeto gráfico belíssimo.
Como já falei muito de Marcelo Jeneci por aqui, não serei repetitivo.
É isso aí, mais um ano espetacular para a música brasileira.
Sétima arte, de novo!
Outro filme que assisti recentemente foi "A origem" (Inception).
Para variar, sempre atrasado.
Não vou me estender e fazer uma resenha que não poderia escrever direito.
O filme gerou muita polêmica e dividiu a crítica especializada.
Bom, eu gostei, gostei muito!
Acho muito bom ver esses sopros de vida inteligente em hollywood.
Para quem quiser ler um material bacana sobre o filme, o Alexandre Matias do blog Trabalho Sujo escreveu e postou muito na época. Vale a pena dar uma chegada no blog dele e vasculhar um pouco (http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/?s=inception).
Para variar, sempre atrasado.
Não vou me estender e fazer uma resenha que não poderia escrever direito.
O filme gerou muita polêmica e dividiu a crítica especializada.
Bom, eu gostei, gostei muito!
Acho muito bom ver esses sopros de vida inteligente em hollywood.
Para quem quiser ler um material bacana sobre o filme, o Alexandre Matias do blog Trabalho Sujo escreveu e postou muito na época. Vale a pena dar uma chegada no blog dele e vasculhar um pouco (http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/?s=inception).
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Sétima arte
Falei muito pouco de cinema por aqui. Essa é uma falha que pretendo reparar em pouco tempo.
Ontem assisti ao filme "As melhores coisas do mundo", dirigido pela Laís Bodansky.
Antes de mais nada, devo dizer que adoro o cinema brasileiro, e a obra da Lais Bodansky é uma das melhores da chamada "retomada" do cinema nacional.
Vale lembrar que ela é a diretora de "Biche de sete cabeças", um contundente filme sobre a situação dos manicômios no Brasil, e também de "Chega de saudade", cuja estória se passa em uma noite em um salão de baile, uma obra simples, mas muito leve e poética.
Seu último filme, esse assistido ontem, também traz uma abordagem pouco convencional para o cinema brasileiro, enfocando a vida de adolescentes de classe média da cidade de São Paulo (poderiam ser de qualquer grande cidade do Brasil, ou mesmo do mundo).
Não se trata de um filme grandioso, mas a forma com que a estória é contada, passando muito longe de uma abordagem juvenil (no sentido rasteiro do termo). Ainda assim, é um filme que pode, e deve, ser visto pela molecada, e que para nós, que já passamos por essa fase da vida, nos trás um saudosismo reflexivo.
Para mim, o grande mérito da diretora é contar uma estória que nos faz pensar o quão realmente difícil é a adolescência, e o quão importante - especialmente para quem, como eu, tem filhos - é não menosprezar a importância dos conflitos surgidos nessa época, nem, tampouco, desprezar a experiência de vida das "crianças".
É isso aí, fica a dica de um bom filme para ser assistido em família ou não, e que garante um divertimento leve.
E aqui os outros filmes da diretora:
Ontem assisti ao filme "As melhores coisas do mundo", dirigido pela Laís Bodansky.
Antes de mais nada, devo dizer que adoro o cinema brasileiro, e a obra da Lais Bodansky é uma das melhores da chamada "retomada" do cinema nacional.
Vale lembrar que ela é a diretora de "Biche de sete cabeças", um contundente filme sobre a situação dos manicômios no Brasil, e também de "Chega de saudade", cuja estória se passa em uma noite em um salão de baile, uma obra simples, mas muito leve e poética.
Seu último filme, esse assistido ontem, também traz uma abordagem pouco convencional para o cinema brasileiro, enfocando a vida de adolescentes de classe média da cidade de São Paulo (poderiam ser de qualquer grande cidade do Brasil, ou mesmo do mundo).
Não se trata de um filme grandioso, mas a forma com que a estória é contada, passando muito longe de uma abordagem juvenil (no sentido rasteiro do termo). Ainda assim, é um filme que pode, e deve, ser visto pela molecada, e que para nós, que já passamos por essa fase da vida, nos trás um saudosismo reflexivo.
Para mim, o grande mérito da diretora é contar uma estória que nos faz pensar o quão realmente difícil é a adolescência, e o quão importante - especialmente para quem, como eu, tem filhos - é não menosprezar a importância dos conflitos surgidos nessa época, nem, tampouco, desprezar a experiência de vida das "crianças".
É isso aí, fica a dica de um bom filme para ser assistido em família ou não, e que garante um divertimento leve.
E aqui os outros filmes da diretora:
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Top 5 shows 2010
Segue a lista dos 5 melhores shows que vi esse ano:
5º Otto – Comitê Club
4º Pavement – Festival Planeta Terra
3º Marcelo Jeneci – Sesc Vila Mariana
2º Fraz Ferdinand – Via Funchal (vi só metade, mas valeu por um inteiro!)
1º Masseve Attack – HSBC Brasil Nações Unidas
E os 5 melhores shows que não fui:
1º Paul Mccartney – Estádio do Morumbi
2º Queens of the Stone Age – Festival SWU
3 º Air – Festival Natura Nós
4 º Brad Mehldau (alguém sabe como se pronuncia?) – Sala São Paulo
5 º Belle and Sebastian – Via Funchal
E você, qual o seu preferido?
E 2011 promete!!!
5º Otto – Comitê Club
4º Pavement – Festival Planeta Terra
3º Marcelo Jeneci – Sesc Vila Mariana
2º Fraz Ferdinand – Via Funchal (vi só metade, mas valeu por um inteiro!)
1º Masseve Attack – HSBC Brasil Nações Unidas
E os 5 melhores shows que não fui:
1º Paul Mccartney – Estádio do Morumbi
2º Queens of the Stone Age – Festival SWU
3 º Air – Festival Natura Nós
4 º Brad Mehldau (alguém sabe como se pronuncia?) – Sala São Paulo
5 º Belle and Sebastian – Via Funchal
E você, qual o seu preferido?
E 2011 promete!!!
Cover de segunda-feira
Paralamas mandando uma das melhores músicas da turma do Clube da Esquina, no caso, do Beto Guedes, também parte do repertório do Lô Borges:
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Bom final de semana!!!
A melhor versão para essa música que já vi.
Cidadão Instigado é uma banda muito foda!!!
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Pra fechar a tampa por hoje
Um pouco mais de Los Hermanos. Preconceitos da mídia de lado, é uma banda muito bacana:
Gosto especialmente das músicas cantadas pelo Amarante.
Gosto especialmente das músicas cantadas pelo Amarante.
Orquestra e outros...
Como disse ontem, grande parte dessa galera do RJ está aglutinada na Orquestra Imperial:
E outros artistas muito bacanas da cena carioca:
O Moptop não é exatamente dessa mesma galera, mas faz um som muito bacana, mais rock and roll:
E outros artistas muito bacanas da cena carioca:
O Moptop não é exatamente dessa mesma galera, mas faz um som muito bacana, mais rock and roll:
+2
Os +2 são definitivamente minha "banda" favorita dessa cena do Rio de Janeiro.
Um trio formado por Moreno Veloso, Domenico Lancelotti e Kassin, com um disco capitaneado por cada um deles e uma trilha sonora para um balé do Grupo Corpo para fechar a tampa.
Fora os projetos de cada um como produtores (Kassin - Vanessa da Mata, Caetano Veloso e Jorge Mautner, Los Hermanos, Marcelo Jeneci, etc... - e Moreno - Caetano e Maria Bethânia) e músicos de apoio, Domenico, por exemplo, toca com a Adriana Calcanhoto, tanto na carreira principal como no projeto infantil Partimpim; todos fazem parte da Orquestra Imperial e Kassin e Domenico preparam discos solo para o ano que vem.
Fui a um show deles em 2004 no Sesc Pompéia, da turnê do disco do Domenico, Sincerely Hot, e foi bom demais. Alegria pura!!!
Não precisa nem dizer que os caras fazem muito mais barulho fora do Brasil!
E os caras são influenciados por muita gente da pesada, como João Donato e Marcos Valle, com quem já tocaram, e pode-se até dizer, chegaram a influenciar e revigorar:
Kassin também fez a trilha sonora para o desenho animado japonês Michiko Hatchin, que é ambientado no Brasil:
Um trio formado por Moreno Veloso, Domenico Lancelotti e Kassin, com um disco capitaneado por cada um deles e uma trilha sonora para um balé do Grupo Corpo para fechar a tampa.
Fora os projetos de cada um como produtores (Kassin - Vanessa da Mata, Caetano Veloso e Jorge Mautner, Los Hermanos, Marcelo Jeneci, etc... - e Moreno - Caetano e Maria Bethânia) e músicos de apoio, Domenico, por exemplo, toca com a Adriana Calcanhoto, tanto na carreira principal como no projeto infantil Partimpim; todos fazem parte da Orquestra Imperial e Kassin e Domenico preparam discos solo para o ano que vem.
Fui a um show deles em 2004 no Sesc Pompéia, da turnê do disco do Domenico, Sincerely Hot, e foi bom demais. Alegria pura!!!
Não precisa nem dizer que os caras fazem muito mais barulho fora do Brasil!
E os caras são influenciados por muita gente da pesada, como João Donato e Marcos Valle, com quem já tocaram, e pode-se até dizer, chegaram a influenciar e revigorar:
Kassin também fez a trilha sonora para o desenho animado japonês Michiko Hatchin, que é ambientado no Brasil:
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
E já que estamos pela Bahia...
Sim, esxiste vida na Bahia além da Axé (Ashit??!!) Music:
Tem o Baiana Sound System, que faz uma mistura bem bacana de dub com guitarra baiana. Segue o link do Myspace: http://www.myspace.com/baianasystem
BAIANASYSTEM NA CAIXA CULTURAL
BaianaSystem | Myspace Music Videos
E tem os Retrofoguetes, que mandam bem na surf music instrumental:
E para finalizar, aquele que para mim é a síntese do bom pop baiano, uma verdadeira atualização do som dos Novos Baianos e de Pepeu Gomes. Não à toa, o cara é filho do Moraes Moreira e, dizem, começou tocando guitarra baiana, pois era o único instrumento que cabia na barriga de sua mãe.
Tem o Baiana Sound System, que faz uma mistura bem bacana de dub com guitarra baiana. Segue o link do Myspace: http://www.myspace.com/baianasystem
BAIANASYSTEM NA CAIXA CULTURAL
BaianaSystem | Myspace Music Videos
E tem os Retrofoguetes, que mandam bem na surf music instrumental:
E para finalizar, aquele que para mim é a síntese do bom pop baiano, uma verdadeira atualização do som dos Novos Baianos e de Pepeu Gomes. Não à toa, o cara é filho do Moraes Moreira e, dizem, começou tocando guitarra baiana, pois era o único instrumento que cabia na barriga de sua mãe.
E por falar em Noel Rosa...
Amanhã tem mais Orquestra Imperial e toda a cena carioca que por ela é aglutinada.
Lucas e Noel
E já que o assunto principal de hoje é Lucas Santtana, aproveitamos as comemorações do centenário de Noel Rosa:
Baiano arretado...
Lucas Santtana é o baiano mais carioca da música brasileira.
Sobrinho de Tom Zé, tocou flauta na banda do Gilberto Gil, no disco e turnê do disco Unplugged, e é um dos mais criativos e espertos músicos em atividade no país.
Em seus discos flertou com o funk carioca, com a música jamaicana (principalmente o Dub) e em seu último disco quebrou a banca com seu último disco, fazendo um álbum nada convencional no formato voz e violão.
Ainda assim, meu disco favorito dele é o anterior, 3 Sessions in a green house (título auto explicativo), totalmente calcado no dub jamaicano.
Sobrinho de Tom Zé, tocou flauta na banda do Gilberto Gil, no disco e turnê do disco Unplugged, e é um dos mais criativos e espertos músicos em atividade no país.
Em seus discos flertou com o funk carioca, com a música jamaicana (principalmente o Dub) e em seu último disco quebrou a banca com seu último disco, fazendo um álbum nada convencional no formato voz e violão.
Ainda assim, meu disco favorito dele é o anterior, 3 Sessions in a green house (título auto explicativo), totalmente calcado no dub jamaicano.
Reverb...
Mr. Damon Albarn continua a todo vapor!!!
No dia 25, Dia de Natal, o Gorillaz lança, on line e "de grátis", seu quarto álbum, que foi totalmente gravado em um IPad durante a turnê norte-americana da banda (não precisa nem falar que fazem parte da banda de turnê Mick Jones e Paul Simmon, para quem não sabe, simplesmente metade do The Clash).
Isso sem falar que o próprio Albarn deu conta de que a banda tem material gravado, que não entrou em Plastic Beach, para mais três discos.
Além disso, ele montou uma banda com Tony Allen (Fela Kuti e The Good, The Bad and The Queen, além de uma carreira solo totalmente absurda - enfim, o motor do Afrobeat) na bateria e Flea (Red Hot Chilli Peppers) no baixo, que promete entregar um som calcado nas melhores pirações sônicas africanas. Segundo a última edição da revista inglesa Q, a banda já teria gravado dois terços de seu primeiro álbum.
É isso aí, viva Mr. Albarn!!!
No dia 25, Dia de Natal, o Gorillaz lança, on line e "de grátis", seu quarto álbum, que foi totalmente gravado em um IPad durante a turnê norte-americana da banda (não precisa nem falar que fazem parte da banda de turnê Mick Jones e Paul Simmon, para quem não sabe, simplesmente metade do The Clash).
Isso sem falar que o próprio Albarn deu conta de que a banda tem material gravado, que não entrou em Plastic Beach, para mais três discos.
Além disso, ele montou uma banda com Tony Allen (Fela Kuti e The Good, The Bad and The Queen, além de uma carreira solo totalmente absurda - enfim, o motor do Afrobeat) na bateria e Flea (Red Hot Chilli Peppers) no baixo, que promete entregar um som calcado nas melhores pirações sônicas africanas. Segundo a última edição da revista inglesa Q, a banda já teria gravado dois terços de seu primeiro álbum.
É isso aí, viva Mr. Albarn!!!
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
E o mundo é...
Pois é, esse post é dedicado aos torcedores colorados que foram ejetados hoje do Mundial de Clubes da Fifa.
E ao Rio Grande do Sul, que tem uma das melhores, se não a melhor, cena de rock do Brasil:
E ao Rio Grande do Sul, que tem uma das melhores, se não a melhor, cena de rock do Brasil:
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
E por falar em De Leve...
Saca só o barraco:
O fato já é velho, mas impressiona como coisas desse tipo rolam com pessoas que se dizem modernas!
E tudo por causa da execução da múcisa México:
O fato já é velho, mas impressiona como coisas desse tipo rolam com pessoas que se dizem modernas!
E tudo por causa da execução da múcisa México:
"Rap é compromiso" 2
Ainda que São Paulo seja o grande centro do Rap no Brasil, o Rio de Janeiro já apresentou coisa muito boa.
Já falamos do D2, que sem dúvida é o maior vendedor de discos, mas a turma do Planet Hemp apresentou dois outros grandes MCs, como belas carreiras solo.
E tem também a galera do extinto coletivo Quinto Andar:
Já falamos do D2, que sem dúvida é o maior vendedor de discos, mas a turma do Planet Hemp apresentou dois outros grandes MCs, como belas carreiras solo.
E tem também a galera do extinto coletivo Quinto Andar:
"Rap é compromisso"
E já que a semana aqui começou com Instituto mandando Tim Maia Racional, nada mais apropriado do que dedicar o dia ao hip hop nacional.
Tudo começou com esses caras aqui:
E se consolidou com esses:
Sobrevivendo no Inferno é (ainda) o grande disco do Rap nacional.
Bom, pra ser sincero, são poucos os artistas gringos de hip hop que me fazem a cabeça. Só para citar alguns: The Roots, Mos Def, Mc Solaar, Roots Manuva, Guru, Jay Z e, claro Beastie Boys.
Não sei bem a razão, mas o rap nacional sempre me pareceu mais atraente. Não exatamente aquele rap nacional formado por toneladas de "imitadores" e influenciados pelos Racionais. Apesar de entender o discurso de quem vive o dia a dia da perifa, tem muito artista que conseguiu se destacar não apenas por um discurso diferente, mas, principalmente, por ousar e abusar da criatividade. Afinal de contas, a música brasileira é um manancial inesgotável de idéias para rimas e samples.
Seguem alguns dos bons exemplos:
O mito! Surgido tardiamente, resgatado do crime, teve sua vida tirada tragicamente antes de consolidar sua carreira. Salve Sabotage:
A maior revelação desde o grande Sabotas:
O que dizer de um rapper brasileiro nascido e criado na ZN e que gosta de Blur? É o futuro!!!
Por que Emicida? Saca só:
Para quem não sabe, as batalhas de MCs são muito populares, principalmente do Rio de Janeiro. Pois é, o cara ganhou todas!!!
Rap com Samba!!! A grande sacada! E quem foi o inventor da parada?
Alguns dizem que foi o Rappin Hood, de São Paulo:
Outros que foi Marcelo D2:
Sinceramente, para mim foi o D2, em seu primeiro - e melhor - disco solo, de 98. Bom, na dúvida, fico com os dois:
E para finalizar por hoje, para evitar qualquer overdose, uma boa dose de Mamelo Soundsystem, um combo prá lá de ótimo, bastante inventivo e que faz um som de primeira:
Tudo começou com esses caras aqui:
E se consolidou com esses:
Sobrevivendo no Inferno é (ainda) o grande disco do Rap nacional.
Bom, pra ser sincero, são poucos os artistas gringos de hip hop que me fazem a cabeça. Só para citar alguns: The Roots, Mos Def, Mc Solaar, Roots Manuva, Guru, Jay Z e, claro Beastie Boys.
Não sei bem a razão, mas o rap nacional sempre me pareceu mais atraente. Não exatamente aquele rap nacional formado por toneladas de "imitadores" e influenciados pelos Racionais. Apesar de entender o discurso de quem vive o dia a dia da perifa, tem muito artista que conseguiu se destacar não apenas por um discurso diferente, mas, principalmente, por ousar e abusar da criatividade. Afinal de contas, a música brasileira é um manancial inesgotável de idéias para rimas e samples.
Seguem alguns dos bons exemplos:
O mito! Surgido tardiamente, resgatado do crime, teve sua vida tirada tragicamente antes de consolidar sua carreira. Salve Sabotage:
A maior revelação desde o grande Sabotas:
O que dizer de um rapper brasileiro nascido e criado na ZN e que gosta de Blur? É o futuro!!!
Por que Emicida? Saca só:
Para quem não sabe, as batalhas de MCs são muito populares, principalmente do Rio de Janeiro. Pois é, o cara ganhou todas!!!
Rap com Samba!!! A grande sacada! E quem foi o inventor da parada?
Alguns dizem que foi o Rappin Hood, de São Paulo:
Outros que foi Marcelo D2:
Sinceramente, para mim foi o D2, em seu primeiro - e melhor - disco solo, de 98. Bom, na dúvida, fico com os dois:
E para finalizar por hoje, para evitar qualquer overdose, uma boa dose de Mamelo Soundsystem, um combo prá lá de ótimo, bastante inventivo e que faz um som de primeira:
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
A maior banda de rock do Brasil - Uma teoria
Não se trata exatamente de uma constatação, mas de uma teoria bastante pessoal.
Os Paralamas do Sucesso são a maior banda de rock do Brasil.
A teoria, na verdade, é muito simples.
Qual a nação mais roqueira do mundo?
Inglaterra? E se acrescentarmos os outros países do Reino Unido?
É verdade, no Reino Unido se respira rock and roll! É a terra que produziu os Beatles e os Stones, o rock progressivo, o heavy metal, o Led Zeppelin; o lugar onde o punk tomou proporções gigantescas, de onde surgiram todas as bandas maravilhosas do pós-punk e por aí vai.
Só que existe um país fora do eixo UK/USA que respira rock and roll mais do que qualquer outro lugar no mundo. Um país em que os Ramones são tão grandes quanto os Rolling Stones!!!
Estou falando da Argentina!
E é justamente aí que minha teoria se fecha, pois nenhuma banda brasileira chegou perto de ter a idolatria no país Hermano como os Paralamas, que não, por acaso, eram considerados argentinos (por adoção) pelo público da terra de los diez (M&Ms, Maradona e Messi).
É lógico, nada disso valeria se os Paralamas não tivessem sido grandes aqui em sua terra natal, fato que ninguém pode negar. Foi a banda nacional que melhor aproveitou o primeiro Rock in Rio, dominaram a cena na década de 80 com sua excelente mistura de rock, música caribenha e africana (com pitadas da melancolia argentina – é só ouvir o lado B de Bora Bora), sumiram no início da década de 90 – enquanto eram ignorados aqui ficavam cada vez maiores na Argentina – e retornaram triunfantes com muito sucesso na segunda metade daquela década.
Isso sem falar que talvez em sua melhor fase - turnê do Acústico MTV - houve o acidente de Herbert Viana (precisa falar mais?).
E hoje? Bom, hoje até os Rolling Stones administram o sucesso, certo? Então, nada mais a dizer!
Com vocês, os Paralamas do Sucesso, ou, como são conhecidos na Argentina, simplesmente Paralamas:
Esse vídeo não deu para colocar, mas vale ver direto no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=vzXvFFmZoVc
Os Paralamas do Sucesso são a maior banda de rock do Brasil.
A teoria, na verdade, é muito simples.
Qual a nação mais roqueira do mundo?
Inglaterra? E se acrescentarmos os outros países do Reino Unido?
É verdade, no Reino Unido se respira rock and roll! É a terra que produziu os Beatles e os Stones, o rock progressivo, o heavy metal, o Led Zeppelin; o lugar onde o punk tomou proporções gigantescas, de onde surgiram todas as bandas maravilhosas do pós-punk e por aí vai.
Só que existe um país fora do eixo UK/USA que respira rock and roll mais do que qualquer outro lugar no mundo. Um país em que os Ramones são tão grandes quanto os Rolling Stones!!!
Estou falando da Argentina!
E é justamente aí que minha teoria se fecha, pois nenhuma banda brasileira chegou perto de ter a idolatria no país Hermano como os Paralamas, que não, por acaso, eram considerados argentinos (por adoção) pelo público da terra de los diez (M&Ms, Maradona e Messi).
É lógico, nada disso valeria se os Paralamas não tivessem sido grandes aqui em sua terra natal, fato que ninguém pode negar. Foi a banda nacional que melhor aproveitou o primeiro Rock in Rio, dominaram a cena na década de 80 com sua excelente mistura de rock, música caribenha e africana (com pitadas da melancolia argentina – é só ouvir o lado B de Bora Bora), sumiram no início da década de 90 – enquanto eram ignorados aqui ficavam cada vez maiores na Argentina – e retornaram triunfantes com muito sucesso na segunda metade daquela década.
Isso sem falar que talvez em sua melhor fase - turnê do Acústico MTV - houve o acidente de Herbert Viana (precisa falar mais?).
E hoje? Bom, hoje até os Rolling Stones administram o sucesso, certo? Então, nada mais a dizer!
Com vocês, os Paralamas do Sucesso, ou, como são conhecidos na Argentina, simplesmente Paralamas:
Esse vídeo não deu para colocar, mas vale ver direto no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=vzXvFFmZoVc
STP Review
Não sei por que cargas d`água a imprensa brasileira insiste em classificar o Stone Temple Pilots como grunge! Aliás, o que é grunge? Bom, em resumo o STP é uma banda de rock and roll basicamente calcada no glam rock setentista (Bowie fase Diamond Dogs, T. Rex, etc...).
Com relação ao show, em poucas palavras, pode se dizer que foi um show muito competente, com a banda redonda no palco, executando as músicas de forma precisa.
Scott Weiland, que entrou no palco vestido como um advogado (rss), parece estar limpo e, se já não tem mais uma performance muito elétrica, ainda consegue prender a atenção dos fãs. O meu destaque vai para o baixista, que parece um mafioso, que figuraça!!!
O setlist foi bastante calcado em hits - senti falta apenas de Big Bang Baby - e em muito poucos momentos fez o público esfriar.
Os pontos altos para mim foram a dobradinha Plush e Interstate Love Song - a primeira pela comoção do público, a segunda, por ser minha favorita - e o encerramento com Trippin` On A Hole In A Paper Heart (uma p... música).
O setlist aqui: http://www.setlist.fm/setlist/stone-temple-pilots/2010/via-funchal-sao-paulo-brazil-33d294e9.html
Enfim, eles podem estar longe do auge, fazendo turnê por grana, mas não importa, ainda assim foi um show muito bom e, confesso, foi muito baca ouvir muitas músicas que marcaram uma época muito bacana na minha vida.
Com relação ao show, em poucas palavras, pode se dizer que foi um show muito competente, com a banda redonda no palco, executando as músicas de forma precisa.
Scott Weiland, que entrou no palco vestido como um advogado (rss), parece estar limpo e, se já não tem mais uma performance muito elétrica, ainda consegue prender a atenção dos fãs. O meu destaque vai para o baixista, que parece um mafioso, que figuraça!!!
O setlist foi bastante calcado em hits - senti falta apenas de Big Bang Baby - e em muito poucos momentos fez o público esfriar.
Os pontos altos para mim foram a dobradinha Plush e Interstate Love Song - a primeira pela comoção do público, a segunda, por ser minha favorita - e o encerramento com Trippin` On A Hole In A Paper Heart (uma p... música).
O setlist aqui: http://www.setlist.fm/setlist/stone-temple-pilots/2010/via-funchal-sao-paulo-brazil-33d294e9.html
Enfim, eles podem estar longe do auge, fazendo turnê por grana, mas não importa, ainda assim foi um show muito bom e, confesso, foi muito baca ouvir muitas músicas que marcaram uma época muito bacana na minha vida.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Sem letra
Continuando a viagem pela música brasileira nesse mês, vou mostrar alguns sons instrumentais novos. Aliás, impressiona o número de bandas novas tocando músicas instrumentais.
Sendo assim, não voi perder tempo escrevendo, pois as músicas não têm letra, certo?
Ufa! O som é "cabeçudo", mas é de primeira.
Abs.
Sendo assim, não voi perder tempo escrevendo, pois as músicas não têm letra, certo?
Ufa! O som é "cabeçudo", mas é de primeira.
Abs.
Especial de quarta...
Pois é, a correria de ontem foi tanta que o especial de quarta ficou para quinta.
Só para lembrar, toda quarta-feira sai um post sobre a relação homem-disco. Sim, disco físico, aquele que é comprado mesmo.
Nessa semana, um documentário sobre a finada loja de discos Nuvem Nove, do Itaim Bibi. Talvez o estabelecimento comercial/musical que mais frequentei na vida.
Essa é a parte um. Semana que vem, a dois.
O documentário foi filmado e editado pelo Paulo Beto, do blog Mundo estranho de PB (http://mundoestranhodepb.blogspot.com/). Vale conferir.
Só para lembrar, toda quarta-feira sai um post sobre a relação homem-disco. Sim, disco físico, aquele que é comprado mesmo.
Nessa semana, um documentário sobre a finada loja de discos Nuvem Nove, do Itaim Bibi. Talvez o estabelecimento comercial/musical que mais frequentei na vida.
SAUDADES DA NUVEM NOVE parte 01 from paulo beto on Vimeo.
Essa é a parte um. Semana que vem, a dois.
O documentário foi filmado e editado pelo Paulo Beto, do blog Mundo estranho de PB (http://mundoestranhodepb.blogspot.com/). Vale conferir.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
E por falar em Karina Buhr...
Mais uma que esqueci de colcoar no post das cantoras.
Diretamente de Pernambuco:
Diretamente de Pernambuco:
Con guitarras!!!
Aproveitando a falta de tempo de hoje, uma homenagem aos grandes guitarristas brasileiros ao longo do tempo.
Escolhi um por década, e é impressionante como os estilos em nada se parecem:
Sérgio Dias (Mutantes) que me perdoe, mas os anos 60 foram de Lanny Gordin, A Guitarra dos discos mais pirados dos tropicalistas: Gal (principalmente), Gil, Caetano, Rita Lee e até Erasmo Carlos. Depois disso sucumbiu à esquizofrenia, tacou fogo nas mãos e sumiu para voltar, aos poucos, a partir do final dos anos 90.
Já a década de 70 foi o reinado de Pepeu Gomes, que não precisa de qualquer apresentação.
Nos anos 80 ele pode até não ser uma unanimidade, mas não só pela qualidade do trabalho de sua então banda, como pela reverência com que é tratado - e participa dos trabalhos - da cena musical atual. Com vocês, Edgard Scandurra:
A década de 90 nos apresentou a Lúcio Maia, o dono das seis cordas da Nação Zumbi, que trouxe uma fusão arretada do estilo Hendrix de tocar guitarra com metal e uma pegada bem brasileira.
Por fim, o guitarrista dos anos 2000 me parece ser Fernando Catatau, que tem um timbre e estilo bastante pessoais e também tem participado de trabalhos de muita gente interessante (de Vanessa da Matta e Arnaldo Antunes a Otto e Karina Buhr).
Escolhi um por década, e é impressionante como os estilos em nada se parecem:
Sérgio Dias (Mutantes) que me perdoe, mas os anos 60 foram de Lanny Gordin, A Guitarra dos discos mais pirados dos tropicalistas: Gal (principalmente), Gil, Caetano, Rita Lee e até Erasmo Carlos. Depois disso sucumbiu à esquizofrenia, tacou fogo nas mãos e sumiu para voltar, aos poucos, a partir do final dos anos 90.
Já a década de 70 foi o reinado de Pepeu Gomes, que não precisa de qualquer apresentação.
Nos anos 80 ele pode até não ser uma unanimidade, mas não só pela qualidade do trabalho de sua então banda, como pela reverência com que é tratado - e participa dos trabalhos - da cena musical atual. Com vocês, Edgard Scandurra:
A década de 90 nos apresentou a Lúcio Maia, o dono das seis cordas da Nação Zumbi, que trouxe uma fusão arretada do estilo Hendrix de tocar guitarra com metal e uma pegada bem brasileira.
Por fim, o guitarrista dos anos 2000 me parece ser Fernando Catatau, que tem um timbre e estilo bastante pessoais e também tem participado de trabalhos de muita gente interessante (de Vanessa da Matta e Arnaldo Antunes a Otto e Karina Buhr).
Justiça...
Em tempo, importante corrigir algums injustiças que podem ser mal interpretadas.
Primeiro, no post sobre black music brasileira, ao me referir ao Rio de Janeiro não ser a terra do funk, em clara alusão ao batidão do morro, esqueci de me referir expressamente ao movimento Black Rio. Nesse contexto, pode se afirmar que o funk brasileiro dos anos 70 foi nascido e criado no Rio de Janeiro, primeiro com o grande Sebastião Maia e tudo que rolou na sequência.
A outra não chega a ser exatamente uma injustiça, mas no post das cantoras me esqueci de mencionar a Mallu Magalhães, que, superado o hype e um certo preconceito, parece querer, apesar da pouca idade, construir uma carreira sólida.
Primeiro, no post sobre black music brasileira, ao me referir ao Rio de Janeiro não ser a terra do funk, em clara alusão ao batidão do morro, esqueci de me referir expressamente ao movimento Black Rio. Nesse contexto, pode se afirmar que o funk brasileiro dos anos 70 foi nascido e criado no Rio de Janeiro, primeiro com o grande Sebastião Maia e tudo que rolou na sequência.
A outra não chega a ser exatamente uma injustiça, mas no post das cantoras me esqueci de mencionar a Mallu Magalhães, que, superado o hype e um certo preconceito, parece querer, apesar da pouca idade, construir uma carreira sólida.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Legião
E já que o assunto é anos 80, deixo vocês com aquela que, para mim é a melhor música do (superestimado) Legião Urbana. A qualidade de som e imagem é péssima, mas possivelmente é o único registro da música.
E por falar em Areias escaldantes...
Infelizmente o filme nunca foi lançado oficialmente em DVD. De qualuqer forma, além de exibições esporádicas no Canal Brasil, dá para assistir ao filme no youtube.
Anos 80!!!
Pena que todo o revival do rock brasileiro dos anos 80 tenha esbarrado em um tom trash cult, embalado por um saudosismo infantilizado da classe média baladeira.
Cresci nessa época, mas Ursinho Blau Blau honestamente não me sensibiliza em nada!!!
Digo que é uma pena, pois essa década até pouco tempo atrás perdida teve muita coisa boa em termos de som. Fortemente influenciada pela new wave americana e pelo pós punk britânico, a cena musical dos 80 viveu o boom da exploração pela mídia e os anos áureos da indústria fonográfica.
Separei algumas pepitas da época:
Pode se dizer que dois foram os veículos/eventos que popularizaram o rock brasileiro nos anos 80.
Um foi o Rock in Rio, principalmente por atrair todas as atenções da mídia, e também pelo arrasador show dos Paralamas:
Outro foi o popularíssimo programa O Cassino do Chacrinha, onde as bandas faziam playback, mas nem por isso as performances perdiam "qualidade":
Aliás, ninguém parecia se divertir tanto quanto os Titãs!
E essa do Lobão no programa da Hebe:
Para mim, disparado, o Lobão tem a obra de melhor qualidade dessa galera surgida nos 80!!!
Teve até beatlemania:
Esse já era o fim! E olha a beca do Paulo Ricardo!
E pensar que o Faustão já foi sinônimo de anarquia na TV!
E, claro, não podia faltar o "grande" (bom, pelo menos é divertido) filme da época:
Cresci nessa época, mas Ursinho Blau Blau honestamente não me sensibiliza em nada!!!
Digo que é uma pena, pois essa década até pouco tempo atrás perdida teve muita coisa boa em termos de som. Fortemente influenciada pela new wave americana e pelo pós punk britânico, a cena musical dos 80 viveu o boom da exploração pela mídia e os anos áureos da indústria fonográfica.
Separei algumas pepitas da época:
Pode se dizer que dois foram os veículos/eventos que popularizaram o rock brasileiro nos anos 80.
Um foi o Rock in Rio, principalmente por atrair todas as atenções da mídia, e também pelo arrasador show dos Paralamas:
Outro foi o popularíssimo programa O Cassino do Chacrinha, onde as bandas faziam playback, mas nem por isso as performances perdiam "qualidade":
Aliás, ninguém parecia se divertir tanto quanto os Titãs!
E essa do Lobão no programa da Hebe:
Para mim, disparado, o Lobão tem a obra de melhor qualidade dessa galera surgida nos 80!!!
Teve até beatlemania:
Esse já era o fim! E olha a beca do Paulo Ricardo!
E pensar que o Faustão já foi sinônimo de anarquia na TV!
E, claro, não podia faltar o "grande" (bom, pelo menos é divertido) filme da época:
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
E por falar em Marisa Monte...
Não que ela seja A cantora original, mas ante a qualidade de seu trabalho, certamente inspirou, para o bem e para o mal, o que se seguiria:
Essa versão do Paulinho da Viola é de arrepiar, especialmente o solod e cuíca!
Os vídeos acima são todos de músicas ligadas ao universo do samba, que ela conhece muito bem, mas nem de longe definem o trabalho dela como intérptrete e compositora.
Abs e até amanhã.
Essa versão do Paulinho da Viola é de arrepiar, especialmente o solod e cuíca!
Os vídeos acima são todos de músicas ligadas ao universo do samba, que ela conhece muito bem, mas nem de longe definem o trabalho dela como intérptrete e compositora.
Abs e até amanhã.
Cantoras
O Brasil é a terra das cantoras!
Impressionante como as gravadoras só investem nisso. E se houver alguma sugestão de ambiguidade na opção sexual então...
Só que nem só de marisas aos montes vive nossa música!
Portanto, preparei uma seleção de "novas" canotras que merecem uma audição mais atenta:
A começar pela musa Céu (aliás, esqueci de listá-la no post Conexão Brasil-Jamaica, fato que reparo agora):
Tulipa é A voz:
E Lulina é a anti-voz lo-fi:
Algumas outras aqui:
E uma turminha esperta do Rio de Janeiro:
Impressionante como as gravadoras só investem nisso. E se houver alguma sugestão de ambiguidade na opção sexual então...
Só que nem só de marisas aos montes vive nossa música!
Portanto, preparei uma seleção de "novas" canotras que merecem uma audição mais atenta:
A começar pela musa Céu (aliás, esqueci de listá-la no post Conexão Brasil-Jamaica, fato que reparo agora):
Tulipa é A voz:
E Lulina é a anti-voz lo-fi:
Algumas outras aqui:
E uma turminha esperta do Rio de Janeiro:
Cover de segunda...
Pois é, segunda-feira é um dia tão, mas tão modorrento, que deveria ser cover de outro dia. Já imaginaram sexta-feira cover?!!!
E é por isso que toda segunda apresentarei um cover aqui.
Como estamos na onda de só apresentar música brasileira nesse mês, aí vai, com as devidas homenagens a Sir. Macca:
Boa semana!
E é por isso que toda segunda apresentarei um cover aqui.
Como estamos na onda de só apresentar música brasileira nesse mês, aí vai, com as devidas homenagens a Sir. Macca:
Boa semana!
sábado, 4 de dezembro de 2010
Falando em NYC...
Quando estive por lá, em setembro de 2007, presenciei a Hypnotic Brass Ensamble tocando em frente ao metrô da Times Square.
É claro que demorei um bom tempo para descobrir quem eram esses caras.
Certas coisas definitivamente só acontecem em NYC.
Segunda-feira voltamos com nossa programação especial do mês de música brasileira.
Abs.
É claro que demorei um bom tempo para descobrir quem eram esses caras.
Certas coisas definitivamente só acontecem em NYC.
Segunda-feira voltamos com nossa programação especial do mês de música brasileira.
Abs.
Discoteca
A a família, como sempre, vai aumentando.
Essas pepitas, em vinil, chegaram de Nova York, via Guto:
Essas pepitas, em vinil, chegaram de Nova York, via Guto:
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Conexão Brasil - Jamaica
É fato que a música brasileira é uma das mais ricas, importantes e influentes do mundo.
Já a música jamaicana começou a comer pelas beiradas em meados do século 20 e tem se mostrado também muito influente, especialmente com a popularização da chamada música negra no mundo. Aqui, por mundo, entenda-se principalmente Reino Unido, e sua imensa quantidade de imigrantes caribenhos propagaram sua cultura, e, em menor quantidade os EUA.
No Brasil, especialmente na última década, cresceu vertiginosamente a influência da música jamaicana em novos artistas, com o surgimento de uma - pode se chamar assim - cena com bailes e soundsystems.
Voltando um pouco a um passado relativamente recente, pode-se dizer que o primeiro sinal claro de influência da música da ilha feliz está no álbum Selvagem!, dos Paralamas do Sucesso, que não só trazia uns reggaes bem espertos, como, principalmente, os primeiros registros de Dub em discos brasileiros.
Além dos Paralamas – que seguiram contando com os bons sons da Jamaica, especialmente nos discos seguintes, Bora Bora e Big Bang – encontram-se ecos da música jamaicana em outros baluartes da geração dos 80, como os Titãs (especialmente nos dois primeiros discos), que inclusive regravaram algumas músicas jamaicanas que resultaram em Marvim e Querem Meu Sangue, e a própria Legião Urbana. Essa foi uma tendência da época – não apenas no Brasil, mas na Argentina – , fortemente influenciada pelo estouro das bandas da segunda onda do Ska na Inglaterra (já comentamos isso aqui).
Aqui com o auxílio mais que luxuoso de Mr. Jimmy "Ivanhoe" Cliff.
A geração de 90 também mostrou forte influência. O Skank começou fazendo reggae, teve também o Cidade Negra, com alguns trabalhos interessantes, e toda aquela praga de música de cachoeira que, sorry, se não tem valor artístico algum, ao menos formou um bom público. Ainda assim, duas bandas iniciadas na época merecem o devido crédito.
O Rappa é da mesma cena de reggae da Baixada Fluminense de onde veio o Cidade Negra e, ainda que tenha expandido os elementos de seu som a partir do segundo disco, nunca deixou de incorporar elementos sônicos jamaicanos em suas músicas. Destaco aqui o disco o Silência que Precede o Esporro, primeiro sem o Marcelo Yuka – aliás, um grande conhecedor do reggae e do dub – produzido por Tom Capone, e que carrega tons fortes de dub.
A outra banda não poderia deixar de ser a TODA PODEROSA Nação Zumbi. Maior entidade sônica da música brasileira, desde o primeiro disco incorporou o dub em seu som (Côco Dub), e após a morte do grande Chico Science só incrementou a presença dos sons enfumaçados. Aqui vale uma nota importante, foi a Nação Zumbi que me fez conhecer e literalmente pirar no dub!!!
Los Sebosos Postizos - Nação Zumbi tocando Jorge Ben e outros em versões jamaicanizadas:
Maquinado, projeto do guitarrista Lúcio Maia, da NZ, pagando tributo aos sons da ilha:
Menção mais que honrosa para o Reggae B, projeto de Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas e responsável pelo som de baixo mais "gordo" da música brasileira:
E aí a coisa começa a ficar grandona, como toda uma cena de dub, especialmente no Rio de Janeiro, mais que representada aqui pelo Digitaldubs, em dois momentos: originale e prestando homenagem aos Paralamas:
Também do Rio, Marcelinho da Lua, do Bossacucanova, é outro que pega pesado no dub, tendo, inclusive, um disco remixado pelo dubmaster Mad Professor:
Aliás, a galera do Planet Hemp sempre presente, como se pode verificar dos vídeos acima, como Black Alien e BNegão!!!
Em São Paulo tem Echosoundsystem, Flora Mattos, Projeto Nave e toda uma galera fazendo um som de primeira.
Isso sem falar numa galera que está levando o ska e rocksteady muito a sério, como o excelente e instigante projeto Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, do mega batera Fabinho Luchs:
E o Firebug, produzido pelo Victor Rice, novaiorquino radicado em sampa que manja tudo de música jamaicana, e aqui na companhia de Chris Murray, figuraça do ska lo-fi californiano:
É muita gente e muito pouco espaço...
Ainda assim, essa "cena" de música jamaicana no Brasil está restrita, ao menos por ora (tomara!) a um público específico e às já citadas influências. Contudo, há que se louvar o recente esforço da mega-cantora Vanessa da Matta, que gravou várias faixas de seu penúltimo disco na Jamaica, com diversos bambas de lá, como a, talvez, maior cozinha da história - ao menos a mais prolífica - Sly and Robbie, aproximando os maravilhosos sons da ilha do GRANDE público. (infelizmente não deu para postar vídeos aqui, pois nem a Vanessa da Matta nem sua gravadora acham que seja uma boa fonte de divulgação! Paciência)
Vejam o vídeo nesse link (http://www.youtube.com/watch?v=CXkaNkNxCSs), com especial destaque à reação dela na gravina da linha de baixo do Robbie. A minha seria, no mínimo igual! Engraçado o Sly Dumbar, como bom rude boy, chegando forte junto da cantora.
E se tudo meio que começou com o dub dos Paralamas, se consolida agora com dois projetos absurdos, um já lançado e outro no forno.
Sobre o segundo já falamos aqui, trata-se do Bambas Dois segundo disco do produtor Bid, que gravou muita coisa na Jamaica e fará um belo e importante mix dos sons da ilha com a música brasileira. Aqui o negócio é esperar e comentar (muito) quando sair:
E pra finalizar, não dá para não mencionar o filme Dub Echoes, feito pelo diretor carioca Bruno Natal (do blog Urbe) com a consultoria mais que especial do DJ Chico Dub, e que fez uma investigação muito séria sobre o dub jamaicano e sua influência na música de hoje, especialmente hip hop e eletrônica, gravado, além da Jamaica, nos EUA, Inglaterra e Brasil:
Bom, finalizo o post por aqui por dois motivos: (1) já está gigante e (2) o assunto é inesgotável. Peço de antemão desculpas aos mais versados por qualquer imprecisão técnica ou histórica, mas acredito que a idéia principal está condensada acima, com a certeza de que trata-se de uma história em construção.
Cheers and peace!
Já a música jamaicana começou a comer pelas beiradas em meados do século 20 e tem se mostrado também muito influente, especialmente com a popularização da chamada música negra no mundo. Aqui, por mundo, entenda-se principalmente Reino Unido, e sua imensa quantidade de imigrantes caribenhos propagaram sua cultura, e, em menor quantidade os EUA.
No Brasil, especialmente na última década, cresceu vertiginosamente a influência da música jamaicana em novos artistas, com o surgimento de uma - pode se chamar assim - cena com bailes e soundsystems.
Voltando um pouco a um passado relativamente recente, pode-se dizer que o primeiro sinal claro de influência da música da ilha feliz está no álbum Selvagem!, dos Paralamas do Sucesso, que não só trazia uns reggaes bem espertos, como, principalmente, os primeiros registros de Dub em discos brasileiros.
Além dos Paralamas – que seguiram contando com os bons sons da Jamaica, especialmente nos discos seguintes, Bora Bora e Big Bang – encontram-se ecos da música jamaicana em outros baluartes da geração dos 80, como os Titãs (especialmente nos dois primeiros discos), que inclusive regravaram algumas músicas jamaicanas que resultaram em Marvim e Querem Meu Sangue, e a própria Legião Urbana. Essa foi uma tendência da época – não apenas no Brasil, mas na Argentina – , fortemente influenciada pelo estouro das bandas da segunda onda do Ska na Inglaterra (já comentamos isso aqui).
Aqui com o auxílio mais que luxuoso de Mr. Jimmy "Ivanhoe" Cliff.
A geração de 90 também mostrou forte influência. O Skank começou fazendo reggae, teve também o Cidade Negra, com alguns trabalhos interessantes, e toda aquela praga de música de cachoeira que, sorry, se não tem valor artístico algum, ao menos formou um bom público. Ainda assim, duas bandas iniciadas na época merecem o devido crédito.
O Rappa é da mesma cena de reggae da Baixada Fluminense de onde veio o Cidade Negra e, ainda que tenha expandido os elementos de seu som a partir do segundo disco, nunca deixou de incorporar elementos sônicos jamaicanos em suas músicas. Destaco aqui o disco o Silência que Precede o Esporro, primeiro sem o Marcelo Yuka – aliás, um grande conhecedor do reggae e do dub – produzido por Tom Capone, e que carrega tons fortes de dub.
A outra banda não poderia deixar de ser a TODA PODEROSA Nação Zumbi. Maior entidade sônica da música brasileira, desde o primeiro disco incorporou o dub em seu som (Côco Dub), e após a morte do grande Chico Science só incrementou a presença dos sons enfumaçados. Aqui vale uma nota importante, foi a Nação Zumbi que me fez conhecer e literalmente pirar no dub!!!
Los Sebosos Postizos - Nação Zumbi tocando Jorge Ben e outros em versões jamaicanizadas:
Maquinado, projeto do guitarrista Lúcio Maia, da NZ, pagando tributo aos sons da ilha:
Menção mais que honrosa para o Reggae B, projeto de Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas e responsável pelo som de baixo mais "gordo" da música brasileira:
E aí a coisa começa a ficar grandona, como toda uma cena de dub, especialmente no Rio de Janeiro, mais que representada aqui pelo Digitaldubs, em dois momentos: originale e prestando homenagem aos Paralamas:
Também do Rio, Marcelinho da Lua, do Bossacucanova, é outro que pega pesado no dub, tendo, inclusive, um disco remixado pelo dubmaster Mad Professor:
Aliás, a galera do Planet Hemp sempre presente, como se pode verificar dos vídeos acima, como Black Alien e BNegão!!!
Em São Paulo tem Echosoundsystem, Flora Mattos, Projeto Nave e toda uma galera fazendo um som de primeira.
Isso sem falar numa galera que está levando o ska e rocksteady muito a sério, como o excelente e instigante projeto Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, do mega batera Fabinho Luchs:
E o Firebug, produzido pelo Victor Rice, novaiorquino radicado em sampa que manja tudo de música jamaicana, e aqui na companhia de Chris Murray, figuraça do ska lo-fi californiano:
É muita gente e muito pouco espaço...
Ainda assim, essa "cena" de música jamaicana no Brasil está restrita, ao menos por ora (tomara!) a um público específico e às já citadas influências. Contudo, há que se louvar o recente esforço da mega-cantora Vanessa da Matta, que gravou várias faixas de seu penúltimo disco na Jamaica, com diversos bambas de lá, como a, talvez, maior cozinha da história - ao menos a mais prolífica - Sly and Robbie, aproximando os maravilhosos sons da ilha do GRANDE público. (infelizmente não deu para postar vídeos aqui, pois nem a Vanessa da Matta nem sua gravadora acham que seja uma boa fonte de divulgação! Paciência)
Vejam o vídeo nesse link (http://www.youtube.com/watch?v=CXkaNkNxCSs), com especial destaque à reação dela na gravina da linha de baixo do Robbie. A minha seria, no mínimo igual! Engraçado o Sly Dumbar, como bom rude boy, chegando forte junto da cantora.
E se tudo meio que começou com o dub dos Paralamas, se consolida agora com dois projetos absurdos, um já lançado e outro no forno.
Sobre o segundo já falamos aqui, trata-se do Bambas Dois segundo disco do produtor Bid, que gravou muita coisa na Jamaica e fará um belo e importante mix dos sons da ilha com a música brasileira. Aqui o negócio é esperar e comentar (muito) quando sair:
E pra finalizar, não dá para não mencionar o filme Dub Echoes, feito pelo diretor carioca Bruno Natal (do blog Urbe) com a consultoria mais que especial do DJ Chico Dub, e que fez uma investigação muito séria sobre o dub jamaicano e sua influência na música de hoje, especialmente hip hop e eletrônica, gravado, além da Jamaica, nos EUA, Inglaterra e Brasil:
Bom, finalizo o post por aqui por dois motivos: (1) já está gigante e (2) o assunto é inesgotável. Peço de antemão desculpas aos mais versados por qualquer imprecisão técnica ou histórica, mas acredito que a idéia principal está condensada acima, com a certeza de que trata-se de uma história em construção.
Cheers and peace!
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Black is beautiful!!!
Se o samba nasceu lá na Bahia, o funk não nasceu no Rio de Janeiro, pelo menos não o funk original.
E se o funk nasceu lá nos "esteites", os exemplares nacionais não ficam para trás!
Pra começar, O grande crooner brasileiro:
Salve os mestres supremos:
E outras pedradas (infelizmente rola uma escassez de vídeos da época prejudica um pouco):
E uma boa dose de soul:
E se o funk nasceu lá nos "esteites", os exemplares nacionais não ficam para trás!
Pra começar, O grande crooner brasileiro:
Salve os mestres supremos:
E outras pedradas (infelizmente rola uma escassez de vídeos da época prejudica um pouco):
E uma boa dose de soul:
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Seu Chico e o grito...
Alguns assuntos espinhosos.
Para escancarar, admito de cara que não gosto de Chico Buarque. A minha definição é muito objetiva: é bom, mas é ruim.
Antes que me atirem pedras, deixo claro que se trata apenas e tão somente de minha opinião.
De qualquer forma, essa música é muito foda (tá certo, gosto também daquele disco gravado com o Ennio Morricone, mas aí também é covardia):
Bom, e já que me meti com as "vacas sagradas" da MPB, pela primeira e última vez nesse blog se lerá, verá ou ouvirá falar de Elis Regina. Falem o que quiserem, não gosto e pronto.
Quanto ao vídeo, dá para ver a tensão nos olhos dela quando Hermeto começa a tocar, mas admito que ela se sai bem.
Para escancarar, admito de cara que não gosto de Chico Buarque. A minha definição é muito objetiva: é bom, mas é ruim.
Antes que me atirem pedras, deixo claro que se trata apenas e tão somente de minha opinião.
De qualquer forma, essa música é muito foda (tá certo, gosto também daquele disco gravado com o Ennio Morricone, mas aí também é covardia):
Bom, e já que me meti com as "vacas sagradas" da MPB, pela primeira e última vez nesse blog se lerá, verá ou ouvirá falar de Elis Regina. Falem o que quiserem, não gosto e pronto.
Quanto ao vídeo, dá para ver a tensão nos olhos dela quando Hermeto começa a tocar, mas admito que ela se sai bem.
Jovem Guarda
O Rei:
O Fiel Escudeiro:
O Príncipe:
Agora, uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro:
O Fiel Escudeiro:
O Príncipe:
Agora, uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro:
Dezembro é uma "braza"
Conforme prometido, dezembro será totalmente dedicado à música brasileira aqui no blog.
E para começar, nada melhor do que os clássicos:
Na minha modesta opinião, Cartola é O grande da música brasileira!!!
E já que o violão é O instrumento da música brasileira, nada mais apropriado do que o maior violonista que o Brasil já teve:
E viva o samba "torto" de Sampa:
E o samba de "preto véio", ou melhor, da preta véia. Que Deusa!!!
Salve a música do Nordeste, afinal de contas, a origem de tudo:
Sim, o samba nasceu lá na Bahia:
E a bossa, que já não é nova, continua o fino:
E, para finalizar o posto, mas quebrando tudo:
E para começar, nada melhor do que os clássicos:
Na minha modesta opinião, Cartola é O grande da música brasileira!!!
E já que o violão é O instrumento da música brasileira, nada mais apropriado do que o maior violonista que o Brasil já teve:
E viva o samba "torto" de Sampa:
E o samba de "preto véio", ou melhor, da preta véia. Que Deusa!!!
Salve a música do Nordeste, afinal de contas, a origem de tudo:
Sim, o samba nasceu lá na Bahia:
E a bossa, que já não é nova, continua o fino:
E, para finalizar o posto, mas quebrando tudo:
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Cinema
Ainda não falei de cinema por aqui. Bom, de certa forma sim, pois video clipe também é cinema, certo?
Ontem, por acaso assisti Avatar na tv a cabo.
O que dizer? O filme é uma bomba!!!
Em se tratando de cinemão blockbuster, prefiro bombas com algum enredo, como a série dos vampiros emos (pelo menos a trilha sonora tem coisas muito boas), ou então fantasias como a saga Harry Potter.
E já que o assunto é cinema, fica instituído que a terça-feira é dia do momento Jarmusch, que é, digamos assim, o padrinho ideológico do programa:
Ontem, por acaso assisti Avatar na tv a cabo.
O que dizer? O filme é uma bomba!!!
Em se tratando de cinemão blockbuster, prefiro bombas com algum enredo, como a série dos vampiros emos (pelo menos a trilha sonora tem coisas muito boas), ou então fantasias como a saga Harry Potter.
E já que o assunto é cinema, fica instituído que a terça-feira é dia do momento Jarmusch, que é, digamos assim, o padrinho ideológico do programa:
Reverb...
Segundo informado pelo blog Popload, do Lúcio Ribeiro, a genial banda norte-americana LCD Soundsystem vem ao Brasil em fevereiro do ano que vem.
O show será parte de um evento do próprio Popload e acontece em 20 de fevereiro, em lugar e a preços a serem anunciados.
Posso afirmar com certeza que se trata de um show imperdível.
Das bandas surgidas na gringa dos anos 2000 para cá o LCD é uma das poucas que me fazem a cabeça, junto com Strokes, Franz Ferdinand, TV on the Radio e Gnarls Barkley.
Agora é aguardar as informações e garantir o ingresso.
Aliás, o primeiro semestre já promete em termos de shows, com Amy Whinehous, Vampire Weekend e MGTM, além do próprio LCD, todos artistas relativamente novos e hypados.
O show será parte de um evento do próprio Popload e acontece em 20 de fevereiro, em lugar e a preços a serem anunciados.
Posso afirmar com certeza que se trata de um show imperdível.
Das bandas surgidas na gringa dos anos 2000 para cá o LCD é uma das poucas que me fazem a cabeça, junto com Strokes, Franz Ferdinand, TV on the Radio e Gnarls Barkley.
Agora é aguardar as informações e garantir o ingresso.
Aliás, o primeiro semestre já promete em termos de shows, com Amy Whinehous, Vampire Weekend e MGTM, além do próprio LCD, todos artistas relativamente novos e hypados.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
A vida é cheia de som e fúria!!!
Admito ser muito complicado puxar pela memória o primeiro contato com música que realmente me marcou.
É claro que todos aqueles discos infantis fizeram parte da minha vida, como Arca de Noé, Saltimbancos, disquinhos de histórias da Disney, Balão Mágico, etc. De qualquer forma, ainda que tenham sido elementos importantes na minha formação, certamente não determinaram a qualidade daquilo que iria ouvir no futuro.
Me lembro de sempre fuçar no aparelho de som de casa e nos discos que ali estavam disponíveis. Tinha muita coisa interessante, ainda que na época eu tivesse alguns preconceitos. Me lembro muito bem de LPs e K7s de Milton Nascimento, Belchior, Ray Conniff, umas coisas latinas, um pouco de música clássica, Beatles e Tropicália (alguns desses LPs hoje integram minha estimada coleção). Mas desse acervo, o que mais me chamou atenção na época era uma fita do ABBA, cujas músicas costumava ouvir bastante, ainda que dando boas risadas. Havia também uma coletânea em K7 do Queen, que posteriormente seria muito explorada.
Esse passeio pela memória também me leva para a rádio FM, ouvida de forma totalmente passiva dentro do carro, seja em trajetos curtos ou em viagens mais longas, e que às vezes tinha suas ondas interrompidas pelas transmissões de jogos de futebol, que, a sua maneira, também marcaram muito. Nesse cenário, além das músicas que até hoje tocam nas Alfa Fms da vida, me recordo com muito carinho das canções de Guilherme Arantes, Lionel Richie e coisas do gênero. Isso sem falar em Elton John, um dos preferidos de meu pai.
Esses primeiros encontros com a música tiveram muita influência de minha mãe, pois era basicamente dela a discoteca que eu revirava, se não para ouvir, ao menos para admirar e estudar as capas dos álbuns.
Bom, não precisa nem dizer que fui criança na década de 1980, o que leva à clara conclusão de que todos aqueles sons fizeram parte da minha vida e criação musical.
Me lembro muito bem das transmissões do primeiro Rock in Rio, com meu pai me dizendo que Angus Young iria mostrar a bunda em tal música e me ensinando a fazer o famoso chifrinho com a mão.
Um pouco antes disso teve toda a repercussão do show do Kiss no Morumbi, ao qual eu não fui, mas me lembro muito bem de todas as lendas (satanismo, pintinhos esmagados e coisas e tal), que, para um garoto que crescia na Vila Leopoldina de então (para mim sempre será Lapa), e que estudava em colégio de freiras, eram assustadoras na medida exata entre o medo e a curiosidade.
Aliás, foi do Kiss o primeiro disco que me lembro de ter ganho. Na verdade, uma fita K7 do Creatures of the Night. Meu irmão mais novo ganhou o Lick it up.
Bom, voltando à cena musical dos anos 80, ainda que fosse muito criança para viver aquilo de verdade, os sons e imagens estavam lá para serem assimilados, seja pela rádio ou pela TV (como era divertido assistir ao Cassino do Chacrinha!).
O primeiro disco de rock brasileiro que ganhei (também um K7) foi o Dois, da Legião Urbana, ouvido à exaustão, especialmente o lado A. Engraçado como as coisas são, pois nessa mesma época meu irmão ganhou o Selvagem!, dos Paralamas, hoje para mim um disco muito mais querido que o Dois.
Não precisa nem falar de todo aquele synth-pop que tocava nas rádios e na TV, especialmente nos filmes de John Hughes, hoje clássicos absolutos da Sessão da Tarde.
É claro que a febre do RPM não passou despercebida, nem, anos depois, o pop de FM (Rádio Jovem Pan) eternizado por Pet Shop Boys, mas que na época fazia sucesso também com Erasure, Noel, Information Society, Rick Astley, Kyle Minougue e outros. Nessa época fui ao primeiro show na minha vida, do A-HA, no Parque Antártica.
De toda essa informação, uma realmente bateu e ficou para o resto da vida: New Order! Verdadeira febre em 1986 com o álbum Substance – pelo menos naquela quarta série de colégio classe média/média alta do Morumbi -, e que representou um “trauma” de não ganhar o tão sonhado disco, que era duplo (engraçado, pois até hoje não tenho esse álbum).
Cabe aqui um parêntese necessário, pois ainda não falei de Michael Jackson e Madonna. Quanto ao primeiro posso dizer com segurança que estava lá quando da febre de Thriller, ainda que não tenha me pegado de jeito. Já a Madonna, fui prestar mais atenção quando rolou aquele clipe do Like a Prayer, e depois me aventurei um pouco mais na obra anterior dela, nada mais significativo.
Bom, e assim foram os anos 1980 das primeiras paixões e de muitas referências.
Só que a bomba estourou mesmo foi nos anos 1990, afinal de contas é na adolescência e sua sequência que se segmentam os gostos e conhecimentos musicais.
Nesse contexto, não é preciso dizer que a MTV teve grande importância, mas, antes disso, um programinha da TV Gazeta abriu uma série de caminhos. Estou falando do Clip Trip, apresentado pelo locutor da rádio Jovem Pan Beto Rivera, com cerca de meia hora de duração, e que primava pelo absoluto ecletismo, ou, pode-se dizer, total falta de critério. Se por um lado o programa passava clipes de babas como New Kids On The Block e coisas do gênero, foi nele que vi pela primeira vez Guns and Roses e Metallica, por exemplo, sem contar toda a galera do rock inglês dos anos 80.
Assim, o final da década de 80 e início da de 90, para mim, foi um período pautado pelo hard rock americano e pelo “metal farofa”, gêneros que – mais especificamente o segundo – se hoje não passam de uma boa piada, na época foram importantes para sedimentar meu gosto e curiosidade por coisas boas. Confesso que o Bon Jovi foi o meu Beatles (rs)!
Nessa época meu pai apresentou grande contribuição, pois como sempre viajava para fora do país, quando voltava me trazia uns três ou quatro CDs, comprados com a ajuda dos vendedores das lojas, o que rendeu coisas como Aerosmith, Judas Priest e otras cosas más.
Depois veio o grunge – não me esqueço da sensação de ouvir Smells like teen spirit pela primeira vez, algo que se repetiu muito poucas vezes ao longo do tempo – e o U2 em sua fase Berlin (Achtung Baby e Zooropa), minha preferida até hoje.
Daí para frente foi só alegria, com a descoberta do chamado rock alternativo – todo crédito para os programas da MTV Lado B e 121, que era um programa apresentado pelo Thunderbird, gravado totalmente fora do estúdio, e sempre apresentando sons fantásticos - , jazz, Kraftwerk, toda a música jamaicana, e por aí vai.
Por fim, outro personagem fundamental na descoberta dos bons sons, meu grande – literalmente – amigo Fernandão, que me apresentou coisas como Mestre Ambrósio, Cowboy Junkies e Morphine, este último, aliás, cuja primeira audição vale um post inteiro. Infelizmente (ou não, sei lá) a vida mostrou caminhos diversos para esse grande amigo, que continua morando no meu coração, apesar das distâncias.
Não vou me alongar muito mais, pois a história não tem fim, basta dizer que tudo o que a TV e o rádio um dia representaram hoje migrou para a internet e suas infinitas fontes de informação.
É isso aí, essa é minha história, que ao longo do tempo virá fragmentada em outros posts por aqui.
Abs,
É claro que todos aqueles discos infantis fizeram parte da minha vida, como Arca de Noé, Saltimbancos, disquinhos de histórias da Disney, Balão Mágico, etc. De qualquer forma, ainda que tenham sido elementos importantes na minha formação, certamente não determinaram a qualidade daquilo que iria ouvir no futuro.
Me lembro de sempre fuçar no aparelho de som de casa e nos discos que ali estavam disponíveis. Tinha muita coisa interessante, ainda que na época eu tivesse alguns preconceitos. Me lembro muito bem de LPs e K7s de Milton Nascimento, Belchior, Ray Conniff, umas coisas latinas, um pouco de música clássica, Beatles e Tropicália (alguns desses LPs hoje integram minha estimada coleção). Mas desse acervo, o que mais me chamou atenção na época era uma fita do ABBA, cujas músicas costumava ouvir bastante, ainda que dando boas risadas. Havia também uma coletânea em K7 do Queen, que posteriormente seria muito explorada.
Esse passeio pela memória também me leva para a rádio FM, ouvida de forma totalmente passiva dentro do carro, seja em trajetos curtos ou em viagens mais longas, e que às vezes tinha suas ondas interrompidas pelas transmissões de jogos de futebol, que, a sua maneira, também marcaram muito. Nesse cenário, além das músicas que até hoje tocam nas Alfa Fms da vida, me recordo com muito carinho das canções de Guilherme Arantes, Lionel Richie e coisas do gênero. Isso sem falar em Elton John, um dos preferidos de meu pai.
Esses primeiros encontros com a música tiveram muita influência de minha mãe, pois era basicamente dela a discoteca que eu revirava, se não para ouvir, ao menos para admirar e estudar as capas dos álbuns.
Bom, não precisa nem dizer que fui criança na década de 1980, o que leva à clara conclusão de que todos aqueles sons fizeram parte da minha vida e criação musical.
Me lembro muito bem das transmissões do primeiro Rock in Rio, com meu pai me dizendo que Angus Young iria mostrar a bunda em tal música e me ensinando a fazer o famoso chifrinho com a mão.
Um pouco antes disso teve toda a repercussão do show do Kiss no Morumbi, ao qual eu não fui, mas me lembro muito bem de todas as lendas (satanismo, pintinhos esmagados e coisas e tal), que, para um garoto que crescia na Vila Leopoldina de então (para mim sempre será Lapa), e que estudava em colégio de freiras, eram assustadoras na medida exata entre o medo e a curiosidade.
Aliás, foi do Kiss o primeiro disco que me lembro de ter ganho. Na verdade, uma fita K7 do Creatures of the Night. Meu irmão mais novo ganhou o Lick it up.
Bom, voltando à cena musical dos anos 80, ainda que fosse muito criança para viver aquilo de verdade, os sons e imagens estavam lá para serem assimilados, seja pela rádio ou pela TV (como era divertido assistir ao Cassino do Chacrinha!).
O primeiro disco de rock brasileiro que ganhei (também um K7) foi o Dois, da Legião Urbana, ouvido à exaustão, especialmente o lado A. Engraçado como as coisas são, pois nessa mesma época meu irmão ganhou o Selvagem!, dos Paralamas, hoje para mim um disco muito mais querido que o Dois.
Não precisa nem falar de todo aquele synth-pop que tocava nas rádios e na TV, especialmente nos filmes de John Hughes, hoje clássicos absolutos da Sessão da Tarde.
É claro que a febre do RPM não passou despercebida, nem, anos depois, o pop de FM (Rádio Jovem Pan) eternizado por Pet Shop Boys, mas que na época fazia sucesso também com Erasure, Noel, Information Society, Rick Astley, Kyle Minougue e outros. Nessa época fui ao primeiro show na minha vida, do A-HA, no Parque Antártica.
De toda essa informação, uma realmente bateu e ficou para o resto da vida: New Order! Verdadeira febre em 1986 com o álbum Substance – pelo menos naquela quarta série de colégio classe média/média alta do Morumbi -, e que representou um “trauma” de não ganhar o tão sonhado disco, que era duplo (engraçado, pois até hoje não tenho esse álbum).
Cabe aqui um parêntese necessário, pois ainda não falei de Michael Jackson e Madonna. Quanto ao primeiro posso dizer com segurança que estava lá quando da febre de Thriller, ainda que não tenha me pegado de jeito. Já a Madonna, fui prestar mais atenção quando rolou aquele clipe do Like a Prayer, e depois me aventurei um pouco mais na obra anterior dela, nada mais significativo.
Bom, e assim foram os anos 1980 das primeiras paixões e de muitas referências.
Só que a bomba estourou mesmo foi nos anos 1990, afinal de contas é na adolescência e sua sequência que se segmentam os gostos e conhecimentos musicais.
Nesse contexto, não é preciso dizer que a MTV teve grande importância, mas, antes disso, um programinha da TV Gazeta abriu uma série de caminhos. Estou falando do Clip Trip, apresentado pelo locutor da rádio Jovem Pan Beto Rivera, com cerca de meia hora de duração, e que primava pelo absoluto ecletismo, ou, pode-se dizer, total falta de critério. Se por um lado o programa passava clipes de babas como New Kids On The Block e coisas do gênero, foi nele que vi pela primeira vez Guns and Roses e Metallica, por exemplo, sem contar toda a galera do rock inglês dos anos 80.
Assim, o final da década de 80 e início da de 90, para mim, foi um período pautado pelo hard rock americano e pelo “metal farofa”, gêneros que – mais especificamente o segundo – se hoje não passam de uma boa piada, na época foram importantes para sedimentar meu gosto e curiosidade por coisas boas. Confesso que o Bon Jovi foi o meu Beatles (rs)!
Nessa época meu pai apresentou grande contribuição, pois como sempre viajava para fora do país, quando voltava me trazia uns três ou quatro CDs, comprados com a ajuda dos vendedores das lojas, o que rendeu coisas como Aerosmith, Judas Priest e otras cosas más.
Depois veio o grunge – não me esqueço da sensação de ouvir Smells like teen spirit pela primeira vez, algo que se repetiu muito poucas vezes ao longo do tempo – e o U2 em sua fase Berlin (Achtung Baby e Zooropa), minha preferida até hoje.
Daí para frente foi só alegria, com a descoberta do chamado rock alternativo – todo crédito para os programas da MTV Lado B e 121, que era um programa apresentado pelo Thunderbird, gravado totalmente fora do estúdio, e sempre apresentando sons fantásticos - , jazz, Kraftwerk, toda a música jamaicana, e por aí vai.
Por fim, outro personagem fundamental na descoberta dos bons sons, meu grande – literalmente – amigo Fernandão, que me apresentou coisas como Mestre Ambrósio, Cowboy Junkies e Morphine, este último, aliás, cuja primeira audição vale um post inteiro. Infelizmente (ou não, sei lá) a vida mostrou caminhos diversos para esse grande amigo, que continua morando no meu coração, apesar das distâncias.
Não vou me alongar muito mais, pois a história não tem fim, basta dizer que tudo o que a TV e o rádio um dia representaram hoje migrou para a internet e suas infinitas fontes de informação.
É isso aí, essa é minha história, que ao longo do tempo virá fragmentada em outros posts por aqui.
Abs,
Audiência
Mais uma do Victor, que definitivamente pirou com o Cee-Lo Green e suas Pussycats(!!!):
Pena que seja a versão politicamente correta da música. Incrível como em pleno 2010 ainda temos esse tipo de "censura".
Aproveitando o ensejo, olha o gordinho aí de novo, agora fazendo uma cover do último single dos Kings of Leon:
Pena que seja a versão politicamente correta da música. Incrível como em pleno 2010 ainda temos esse tipo de "censura".
Aproveitando o ensejo, olha o gordinho aí de novo, agora fazendo uma cover do último single dos Kings of Leon:
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Bom final de semana!!!
É isso aí, salve o Rio de Janeiro, ou melhor, Deus salve o Rio de Janeiro.
Se a Terceira Guerra Mundial não acontecer, nos vemos na segunda:
Se a Terceira Guerra Mundial não acontecer, nos vemos na segunda:
M.I.A, Born Free from ROMAIN-GAVRAS on Vimeo.
No eposódio de hoje...
Pra terminar a semana SFA, vídeos da apresentação deles no programa From the basement, o último, e melhor álbum na íntegra, ao vivo em estúdio e umas coisinhas mais ao vivo:
Por fim, vale a pena ver esse vídeo aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=DFIbwQViLOQ
Espero que vocês tenham gostado dessa overdose de SFA, confesso que para mim foi absurdamente bom pesquisar todos esses vídeos e compartilhar um pouco do meu gosto musical.
Até a próxima.
Super Furry Animals Live at Music Box from Hopi Allard on Vimeo.
Super Furry Animals 'Dark Days Light Years' Animated titles from Inventory Studio on Vimeo.
Por fim, vale a pena ver esse vídeo aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=DFIbwQViLOQ
Espero que vocês tenham gostado dessa overdose de SFA, confesso que para mim foi absurdamente bom pesquisar todos esses vídeos e compartilhar um pouco do meu gosto musical.
Até a próxima.
Previously on...
Seguem os vídeos que foram bloqueados no post de segunda-feira.
Bom, na verdade, esses vídeos, como são os clipes originais, só estão disponíveis no youtube no canal da gravadora, Sony UK, que, com aquele pensamento moderno e inteligente de divulgação, não me deixa compartilhar o vídeo no blog. Depois não sabem a razão de estarem quebrando!
Como os vídeos, e as músicas, são muito bacanas, recomento ir direto no Youtube.
Para facilitar, seguem os links:
Northern Lites: http://www.youtube.com/watch?v=hWvqdvn262A
The man who don´t give a fuck: http://www.youtube.com/watch?v=CBDbBvH3Vds
Golden Retriever: http://www.youtube.com/watch?v=8_6yzteqPt0
Hello Sunshine: http://www.youtube.com/watch?v=N8Eczxwv3zk
Ainda bem que o SFA está fora da Sony há muito tempo, e assim os vídeos mais recentes e interessantes podem ser vistos sem maiores problemas.
Bom, na verdade, esses vídeos, como são os clipes originais, só estão disponíveis no youtube no canal da gravadora, Sony UK, que, com aquele pensamento moderno e inteligente de divulgação, não me deixa compartilhar o vídeo no blog. Depois não sabem a razão de estarem quebrando!
Como os vídeos, e as músicas, são muito bacanas, recomento ir direto no Youtube.
Para facilitar, seguem os links:
Northern Lites: http://www.youtube.com/watch?v=hWvqdvn262A
The man who don´t give a fuck: http://www.youtube.com/watch?v=CBDbBvH3Vds
Golden Retriever: http://www.youtube.com/watch?v=8_6yzteqPt0
Hello Sunshine: http://www.youtube.com/watch?v=N8Eczxwv3zk
Ainda bem que o SFA está fora da Sony há muito tempo, e assim os vídeos mais recentes e interessantes podem ser vistos sem maiores problemas.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Update
Amanhã posto os vídeos da semana que foram retirados do ar!
Quanta estupidez!
Esse blog, vale lembrar, não tem qualquer fim lucrativo e serve apenas para divulgar o trabalho de meus artistas favoritos.
Abs.
Quanta estupidez!
Esse blog, vale lembrar, não tem qualquer fim lucrativo e serve apenas para divulgar o trabalho de meus artistas favoritos.
Abs.
Gruff Rhys
Esse é o nome do vocalista e, digamos assim, líder do Super Furry Animals, que tem uma carreira solo tão interessante quanto seu trabalho com a banda, e que merece ser divulgado.
Em 2005 Gruff lançou seu primeiro trabalho solo, Yr Atal Genhedlaeth, todo cantado em galês, no qual toca todos os instrumentos, e que, como suas demais empreitadas, traz um pop de primeira, com fortes traços de psicodelia.
Em 2007 veio Candylion, um pouco mais pop, produzido por Mario Caldato e com algumas gravações feitas no Brasil, contando inclusive com a participação de Kassin em algumas faixas.
Esse disco tem, aliás, uma faixa composta em homenagem ao nosso Ronaldinho, o Gaúcho, o melhor ET que já jogou futebol nesse planeta, e que nessa época ainda jogava bola pra valer!
O próximo solo, Hotel Shampoo, está prometido para o início do ano que vem, e já gera grande expectativa. Vejam o teaser e o clipe do primeiro single (muito bacana, por sinal).
Gruff é tão figura, que por conta de suas passagens pelo Brasil, deu início a uma empreitada para localizar um parente distante na Patagônia, o qual foi um artista de relativo sucesso no País de Gales durante a infância de Gruff. Trata-se de RENE GRIFFITHS, que subia no palco montado em um cavalo, vestindo um poncho e cantava uma música folk em castellano, mas com forte acento galês.
Essa aventura gerou o filme Separado, que mostra a peregrinação de Gruff pela patagônia, passando pelo Brasil, na busca de suas raízes e de seus parentes distantes. Para quem não sabe, existe uma "grande" colônia galesa na Patagônia Argentina, cuja história é contada no filme. Aliás, a imprensa definiu o filme como o encontro de Buena Vista Social Club com Star Treck em um western psicodélico musical galês. Segue o treiler:
As cenas de Gruff tocando, vestido com seu capacete dos Power Rangers, para os velhinhos galeses nas vilas argentinas deve ser impagável (o DVD já foi lançado na Inglaterra - região 2 - e ainda conseguirei este filme).
Em 2008 gravou com o produtor de hip hop americano Boom Bip o primeiro disco do projeto Neon Neon, um disco super pop e com diversas participações especiais (de membros dos Strokes, rappers como Spank Rock e o doidaço mor Har Mar Superstar). O projeto é conceitual, baseado na vida de John De Lorean, o criador do carro imortalizado nos filmes da séria De volta para o futuro. O álbum fez relativo sucesso no exterior e rendeu uma indicação ao Mercury Prize (prestigiado prêmio da crítica musical britânica), e trouxe o grupo ao Brasil para o extinto Tim Festival.
2009 deu ao mundo uma nova amostra do trabalho de Gruff. Dessa vez um disco gravado com o brasileiro Tony da Gatorra. Para quem não conhece, Tony é um gaúcho que ganha a vida consertando aparelhos de VHS e televisões, e que ficou conhecido por inventar um instrumento chamado Gatorra, que nada mais é do que uma mistura de guitarra com bateria eletrônica. O álbum foi gravado em poucos dias, parte em São Paulo, parte em Cardiff, e lançado lá fora no ano passado. Não se trata de um disco fácil, e confesso que gosto apenas das músicas cantadas por Gruff. As músicas cantadas por Tony valem por pela curiosidade e o discurso "comuna parado no tempo" do brasileiro não deixa de ser uma boa piada.
Vale também apresentar as participações de Gruff em projetos alheios, como o último dos Gorillaz e o derradeiro álbum de Sparklehorse.
Para quem não conhece Sparklehorse, trata-se de uma banda de rock alternativo americana, praticamente desconhecida no Brasil, mas que já fez a cabeça de muito gringo, como, por exemplo, Thom Yorke, do Radiohead, com que chegaram a tocar no final dos anos 90. O líder do Sparklehorse, Mark Linkous, colocou fim a sua vida em 6 de março deste ano, mais ou menos ao mesmo tempo em que saia o disco The darck night of the soul, gravado em 2009 em parceria com Dangermouse (produtor de Gorillaz e metade do Gnarls Barkley, dentre outras participações e projetos), e com participação do cineasta David Lynch nos vídeos e nas artes gráficas. O disco contou com diversas participações especiais, como Iggy Pop e Julian Casablancas dos Strokes, e ficou engavetado por quase um ano por divergências legais entre Dangermouse e a gravadora. Como curiosidade, vale saber que o disco chegou a ser lançado, junto com um livro, mas o que vinha dentro do caixinha era um CD-R em branco com a seguinte frase de incentivo: "use como quiser".
Pra finalizar, Gruff nas palavras de Kassin, que destaca o profundo conhecimendo do galês sobre a psicodelia turca.
"sábado, 25 de outubro de 2008
Gruff
Entrevistei o Gruff agora há pouco, vocalista do Super Furry Animals e do Neon Neon, a essa altura ele já é habitué do festival e do Brasil. O Super Furry já mixou aqui, Gruff tambem já mixou aqui o seu disco solo Candy Lion, os dois com Mario Caldato, o mestre.
Gruff é um grande colecionador de discos, já fomos um na casa do outro, somos amigos e sempre indicamos discos um ao outro. Transcrevi aqui os trechos, brevemente.
Antes de começarmos liguei para o Mario para ele falar com Gruff, e pedi a ele a primeira pergunta da entrevista que foi:
MC: Qual o primeiro disco que você comprou na vida e com que idade?
GR: Foi “Ail Symudiad" um single da música “Wisgi a Soda" (Whisky e Soda).
K: Queria que você indicasse seu top 5 de rock psicodélico turco.
GR:
1 - Erkin Kooray
2 - Elektronik Turkler
3 - Selda’s Greatest Hits
4 - 3 Hurel
5 - 2023 by Baris Manco
Eu queria transcrever na integra o papo, mas fica um pouco difícil aqui. Falamos das gravações que ele fez com Diego Medina e Toni da Gatorra, do Rio Grande do Sul. Com Diego Gruff gravou uma faixa e com Toni um disco inteiro, que ainda não mixou. Vou depois disponibilizar o áudio da entrevista pra quem quiser ouvir. Aliás, vale a pena ouvir Gruff falando, ele é do País de Gales e seu sotaque e o tempo pra falar são impagáveis."
Em tempo, e pra tirar uma onda, Gruff foi eleito pela revista inglesa NME como a 44a. pessoa mais cool de todos os tempos. Vejam o que ele achou:
É isso. Sem querer ser piégas, quero apenas compartilhar com vocês minha alegria e felicidade em apresentar, ou ressaltar, o trabalho de um dos artistas mais inquietos e instigantes que já conheci.
Con cariño,
Cheers!!!
Em 2005 Gruff lançou seu primeiro trabalho solo, Yr Atal Genhedlaeth, todo cantado em galês, no qual toca todos os instrumentos, e que, como suas demais empreitadas, traz um pop de primeira, com fortes traços de psicodelia.
Em 2007 veio Candylion, um pouco mais pop, produzido por Mario Caldato e com algumas gravações feitas no Brasil, contando inclusive com a participação de Kassin em algumas faixas.
Esse disco tem, aliás, uma faixa composta em homenagem ao nosso Ronaldinho, o Gaúcho, o melhor ET que já jogou futebol nesse planeta, e que nessa época ainda jogava bola pra valer!
O próximo solo, Hotel Shampoo, está prometido para o início do ano que vem, e já gera grande expectativa. Vejam o teaser e o clipe do primeiro single (muito bacana, por sinal).
Gruff é tão figura, que por conta de suas passagens pelo Brasil, deu início a uma empreitada para localizar um parente distante na Patagônia, o qual foi um artista de relativo sucesso no País de Gales durante a infância de Gruff. Trata-se de RENE GRIFFITHS, que subia no palco montado em um cavalo, vestindo um poncho e cantava uma música folk em castellano, mas com forte acento galês.
Essa aventura gerou o filme Separado, que mostra a peregrinação de Gruff pela patagônia, passando pelo Brasil, na busca de suas raízes e de seus parentes distantes. Para quem não sabe, existe uma "grande" colônia galesa na Patagônia Argentina, cuja história é contada no filme. Aliás, a imprensa definiu o filme como o encontro de Buena Vista Social Club com Star Treck em um western psicodélico musical galês. Segue o treiler:
As cenas de Gruff tocando, vestido com seu capacete dos Power Rangers, para os velhinhos galeses nas vilas argentinas deve ser impagável (o DVD já foi lançado na Inglaterra - região 2 - e ainda conseguirei este filme).
Em 2008 gravou com o produtor de hip hop americano Boom Bip o primeiro disco do projeto Neon Neon, um disco super pop e com diversas participações especiais (de membros dos Strokes, rappers como Spank Rock e o doidaço mor Har Mar Superstar). O projeto é conceitual, baseado na vida de John De Lorean, o criador do carro imortalizado nos filmes da séria De volta para o futuro. O álbum fez relativo sucesso no exterior e rendeu uma indicação ao Mercury Prize (prestigiado prêmio da crítica musical britânica), e trouxe o grupo ao Brasil para o extinto Tim Festival.
2009 deu ao mundo uma nova amostra do trabalho de Gruff. Dessa vez um disco gravado com o brasileiro Tony da Gatorra. Para quem não conhece, Tony é um gaúcho que ganha a vida consertando aparelhos de VHS e televisões, e que ficou conhecido por inventar um instrumento chamado Gatorra, que nada mais é do que uma mistura de guitarra com bateria eletrônica. O álbum foi gravado em poucos dias, parte em São Paulo, parte em Cardiff, e lançado lá fora no ano passado. Não se trata de um disco fácil, e confesso que gosto apenas das músicas cantadas por Gruff. As músicas cantadas por Tony valem por pela curiosidade e o discurso "comuna parado no tempo" do brasileiro não deixa de ser uma boa piada.
Vale também apresentar as participações de Gruff em projetos alheios, como o último dos Gorillaz e o derradeiro álbum de Sparklehorse.
Para quem não conhece Sparklehorse, trata-se de uma banda de rock alternativo americana, praticamente desconhecida no Brasil, mas que já fez a cabeça de muito gringo, como, por exemplo, Thom Yorke, do Radiohead, com que chegaram a tocar no final dos anos 90. O líder do Sparklehorse, Mark Linkous, colocou fim a sua vida em 6 de março deste ano, mais ou menos ao mesmo tempo em que saia o disco The darck night of the soul, gravado em 2009 em parceria com Dangermouse (produtor de Gorillaz e metade do Gnarls Barkley, dentre outras participações e projetos), e com participação do cineasta David Lynch nos vídeos e nas artes gráficas. O disco contou com diversas participações especiais, como Iggy Pop e Julian Casablancas dos Strokes, e ficou engavetado por quase um ano por divergências legais entre Dangermouse e a gravadora. Como curiosidade, vale saber que o disco chegou a ser lançado, junto com um livro, mas o que vinha dentro do caixinha era um CD-R em branco com a seguinte frase de incentivo: "use como quiser".
Pra finalizar, Gruff nas palavras de Kassin, que destaca o profundo conhecimendo do galês sobre a psicodelia turca.
"sábado, 25 de outubro de 2008
Gruff
Entrevistei o Gruff agora há pouco, vocalista do Super Furry Animals e do Neon Neon, a essa altura ele já é habitué do festival e do Brasil. O Super Furry já mixou aqui, Gruff tambem já mixou aqui o seu disco solo Candy Lion, os dois com Mario Caldato, o mestre.
Gruff é um grande colecionador de discos, já fomos um na casa do outro, somos amigos e sempre indicamos discos um ao outro. Transcrevi aqui os trechos, brevemente.
Antes de começarmos liguei para o Mario para ele falar com Gruff, e pedi a ele a primeira pergunta da entrevista que foi:
MC: Qual o primeiro disco que você comprou na vida e com que idade?
GR: Foi “Ail Symudiad" um single da música “Wisgi a Soda" (Whisky e Soda).
K: Queria que você indicasse seu top 5 de rock psicodélico turco.
GR:
1 - Erkin Kooray
2 - Elektronik Turkler
3 - Selda’s Greatest Hits
4 - 3 Hurel
5 - 2023 by Baris Manco
Eu queria transcrever na integra o papo, mas fica um pouco difícil aqui. Falamos das gravações que ele fez com Diego Medina e Toni da Gatorra, do Rio Grande do Sul. Com Diego Gruff gravou uma faixa e com Toni um disco inteiro, que ainda não mixou. Vou depois disponibilizar o áudio da entrevista pra quem quiser ouvir. Aliás, vale a pena ouvir Gruff falando, ele é do País de Gales e seu sotaque e o tempo pra falar são impagáveis."
Em tempo, e pra tirar uma onda, Gruff foi eleito pela revista inglesa NME como a 44a. pessoa mais cool de todos os tempos. Vejam o que ele achou:
É isso. Sem querer ser piégas, quero apenas compartilhar com vocês minha alegria e felicidade em apresentar, ou ressaltar, o trabalho de um dos artistas mais inquietos e instigantes que já conheci.
Con cariño,
Cheers!!!
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
45 do segundo tempo...
Acabei de me lembrar que esqueci de postar esse vídeo na seleção de lives de ontem.
Detalhe para o famoso capacete Power Rangers!
Até amanhã!
Cheers!!!
Detalhe para o famoso capacete Power Rangers!
Até amanhã!
Cheers!!!
SFA em São Paulo
Ano passado o SFA esteve em São Paulo (e no Rio também), como parte do line-up do Indie Festival. Nas duas cidades o SFA tocou antes do Gogol Bordello, mas no Rio tocaram duas bandas antes, cujos nomes realmente não lembro.
Evidentemente que não poderia ter deixado de ir a esse show, e como não arrumei companhia lá fui eu comigo mesmo!
Ao chegar ao Via Funchal comecei a ficar preocupado, pois o público era muito pequeno, memso no início do show do SFA. Creio que não havia mais do que umas 500 pessoas, isso numa casa que comporta cerca de 5.000!!!
Pois bem, se por um lado rolou um constrangimento e um sentimento de dó, pois uma banda tão bacana - e que anos antes tinha feito um excelente show no Tim Festival - não merecia tocar para um público tão pequeno (confesso que temi que tal fato prejudicasse o ânimo da banda), por outro foi espetacular assistir a uma de minhas (no caso, considerando o contexto do post de segunda, "A") bandas favoritas, muito, mas muito perto do palco mesmo.
Sobre o show, não restam muitos comentários, além de que foi tão bom quanto eu imaginava que seria (tá certo que não foi o show da minha vida, mas não importa), ainda que as opiniões no geral tenham dado conta de que o show do Tim Festival foi absolutamente matador, ao ponto de ofuscar os darlings do White Stripes, que tocaram depois. De qualquer forma, basta dizer que a casa foi enchendo e lá pelo final do show o público já era bem decente. E foi apenas ao sair do Via Funchal - não fiquei para o show do Gogol Bordello - que descobri que São Paulo, e a maior parte do Brasil, viviam um dos maiores apagões da história, fato que certamente prejudicou a chegada do público ao show, que se realizou graças aos potentes geradores.
Bom, chega de encher linguiça e vamos a uns vídeos desse show, todos de qualidade amadora:
Evidentemente que não poderia ter deixado de ir a esse show, e como não arrumei companhia lá fui eu comigo mesmo!
Ao chegar ao Via Funchal comecei a ficar preocupado, pois o público era muito pequeno, memso no início do show do SFA. Creio que não havia mais do que umas 500 pessoas, isso numa casa que comporta cerca de 5.000!!!
Pois bem, se por um lado rolou um constrangimento e um sentimento de dó, pois uma banda tão bacana - e que anos antes tinha feito um excelente show no Tim Festival - não merecia tocar para um público tão pequeno (confesso que temi que tal fato prejudicasse o ânimo da banda), por outro foi espetacular assistir a uma de minhas (no caso, considerando o contexto do post de segunda, "A") bandas favoritas, muito, mas muito perto do palco mesmo.
Sobre o show, não restam muitos comentários, além de que foi tão bom quanto eu imaginava que seria (tá certo que não foi o show da minha vida, mas não importa), ainda que as opiniões no geral tenham dado conta de que o show do Tim Festival foi absolutamente matador, ao ponto de ofuscar os darlings do White Stripes, que tocaram depois. De qualquer forma, basta dizer que a casa foi enchendo e lá pelo final do show o público já era bem decente. E foi apenas ao sair do Via Funchal - não fiquei para o show do Gogol Bordello - que descobri que São Paulo, e a maior parte do Brasil, viviam um dos maiores apagões da história, fato que certamente prejudicou a chegada do público ao show, que se realizou graças aos potentes geradores.
Bom, chega de encher linguiça e vamos a uns vídeos desse show, todos de qualidade amadora:
De volta ao assunto
Mas como o assunto da semana é Super Furry Animals, seguem alguns vídeos diferentes, como apresentações em um cozinha ou elevador, e alguns documentários bacanas:
Como disse antes, uma das especialidades dos Furries é lançar músicas com nomes inusitados. Um dos exemplos de maior sucesso é o hit Golden Retrivier, mas existem muitos outros:
E aquele que talvez seja o nome de música mais clássico dos SFA! Tão clássico que quase virou o nome do último disco:
Como disse antes, uma das especialidades dos Furries é lançar músicas com nomes inusitados. Um dos exemplos de maior sucesso é o hit Golden Retrivier, mas existem muitos outros:
E aquele que talvez seja o nome de música mais clássico dos SFA! Tão clássico que quase virou o nome do último disco:
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