Impressão minha ou o Jamiroquai morreu e esqueceram de enterrar?
Acho que meu humor está meio ácido hoje!
E o olha que eu gosto muito dos 3 primeiros álbuns da banda!
É só ver a diferença da vibe da platéia pro show da Janelle Monae (estou atordoado até agora!).
Queria ver o Little Stevie Wonder, mas não vai rolar, tenho um bebê para recepcionar amanhã de manhã.
Abs.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Cacildis!!!!!
De onde veio essa Janelle Monae?!!!!!!
Nunca tinha visto/ouvido nada dela.
Agora ao ver seu show no Rck In Rio estou absolutamente embasbacado.
A menina está botando fogo na platéia(!!!!), que, aliás, se mostra bem apática com atrações pouco conhecidas em terras brasileiras.
Só consigo chegar a algumas conclusões:
1. Soul e Funk são, definitivamente, coisa de negros norte-americanos;
2. Amy quem?
3. Agora entendo o porque de a Joss Stone ter tocado à tarde no palco secundário e Janelle estar no palco principal;
4. Fiquei com dó, muito dó, da Kate Perry, Rihana e da tal da Kesha (que ainda vai tocar)!!!!
5. Com certeza o show mais surpreendente do festival;
6. Talvez só os shows do Metallica e o Stevie Wonder (olha a bagagem deles!) tenham bala para igualar esse show;
7. Preciso comprar esse disco!!!!
Nunca tinha visto/ouvido nada dela.
Agora ao ver seu show no Rck In Rio estou absolutamente embasbacado.
A menina está botando fogo na platéia(!!!!), que, aliás, se mostra bem apática com atrações pouco conhecidas em terras brasileiras.
Só consigo chegar a algumas conclusões:
1. Soul e Funk são, definitivamente, coisa de negros norte-americanos;
2. Amy quem?
3. Agora entendo o porque de a Joss Stone ter tocado à tarde no palco secundário e Janelle estar no palco principal;
4. Fiquei com dó, muito dó, da Kate Perry, Rihana e da tal da Kesha (que ainda vai tocar)!!!!
5. Com certeza o show mais surpreendente do festival;
6. Talvez só os shows do Metallica e o Stevie Wonder (olha a bagagem deles!) tenham bala para igualar esse show;
7. Preciso comprar esse disco!!!!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
E para finalizar o assunto REM...
O vídeo e o som não são dos melhores, mas o momento é histórico, quando a banda fica sabendo da vitória de Obama na eleição presidencial, em show na capital do Chile, pouco antes de aportarem no Brasil.
Its the end of the world as we know it ... but I feel fine!!!
No último dia 21 esse blog completou 1 ano de existência! Aos trancos e barrancos acho que consegui falar e mostrar um pouco do meu gosto cultural (musical, principalmente).
Pois não é que justo no dia 21, o REM, uma das bandas favoritas da casa, anunciou o fim de suas atividades.
Conheci o REM, como quase todo adolescente classe media de são Paulo, no inicio dos anos 90. The one i love foi a canção. Depois veio losing my religion e o sucesso estrondoso de out of time, seguido do ainda melhor automatic for the people. As guitarras esporrentas de monster também agradaram, e muito! Mas minha onda na época era outra (hard rock, grunge e afins).
Foi só com o show do Rock in Rio de 2001 (visto pela tv) que fui efetivamente prestar atenção na banda, e foi amor à segunda vista.
Para resumir, basta dizer que o REM foi um grande companheiro nos últimos 10 anos, com seus discos e DVDs. Indescritível a alegria ao ver que meu filho, então com 4 anos - hoje tem 6 - curtindo e cantando as musicas da banda.
Outro episódio histórico foram os shows em são Paulo em novembro de 2008. Duas apresentações que, juntas, figuram como um dos meus top 5 de shows.
O REM é uma banda tão boa que ate seu - único - disco fraco é melhor que grande parte dos discos feitos nos últimos 10 anos!
Integridade artística, amor e respeito pelo seu publico e a sabedoria de parar na hora certa. Nem vou falar sobre o derradeiro disco porque este será comentado na lista dos melhores do ano. E nem triste consigo ficar, afinal de contas o legado é dos mais relevantes e não houve tempo para que fosse maculado.
Melhor assim, a vida seguindo para frente.
Deixo vocês então com o meu top 5:
Pois não é que justo no dia 21, o REM, uma das bandas favoritas da casa, anunciou o fim de suas atividades.
Conheci o REM, como quase todo adolescente classe media de são Paulo, no inicio dos anos 90. The one i love foi a canção. Depois veio losing my religion e o sucesso estrondoso de out of time, seguido do ainda melhor automatic for the people. As guitarras esporrentas de monster também agradaram, e muito! Mas minha onda na época era outra (hard rock, grunge e afins).
Foi só com o show do Rock in Rio de 2001 (visto pela tv) que fui efetivamente prestar atenção na banda, e foi amor à segunda vista.
Para resumir, basta dizer que o REM foi um grande companheiro nos últimos 10 anos, com seus discos e DVDs. Indescritível a alegria ao ver que meu filho, então com 4 anos - hoje tem 6 - curtindo e cantando as musicas da banda.
Outro episódio histórico foram os shows em são Paulo em novembro de 2008. Duas apresentações que, juntas, figuram como um dos meus top 5 de shows.
O REM é uma banda tão boa que ate seu - único - disco fraco é melhor que grande parte dos discos feitos nos últimos 10 anos!
Integridade artística, amor e respeito pelo seu publico e a sabedoria de parar na hora certa. Nem vou falar sobre o derradeiro disco porque este será comentado na lista dos melhores do ano. E nem triste consigo ficar, afinal de contas o legado é dos mais relevantes e não houve tempo para que fosse maculado.
Melhor assim, a vida seguindo para frente.
Deixo vocês então com o meu top 5:
Nevermind ... the bollocks!!!!
Texto publicado pelo André Forastiere em seu blog no portal R7.
Tenho algumas pequenas ressalvas, mas concordo com a idéia central do texto.
Leiam que vale a pena.
"Nevermind não importa
Nevermind foi saudado em 1991 como marco zero de uma nova era. Inspirou incontáveis tratados sobre como encapsulava à perfeição a anomia da geração X. Hoje, dá para enxergar o exato contrário: o Nirvana produziu uma lápide, ponto final da era anterior. Nevermind foi o último disco que importou.
Depois os álbuns não importaram mais, nem os roqueiros, nem a música. Ela deixou de ser o coração da cultura jovem. Foi substituída pela internet. Música no século 21 é trilha sonora para outras atividades. Tínhamos poucos vinis; eram caros e raros e valorizados e debatidos. Hoje carregamos milhares e milhares de música no bolso, temos à disposição na rede todas as canções jamais gravadas, e ouvimos cada uma duas, três vezes no máximo.
O Nirvana foi fundado em 1985. Era uma banda ética e conceitualmente punk na América de Reagan - potencial comercial zero. Cobain ficaria embasbacado com 2011, quando o principal sonho punk é nosso dia a dia. A alma do punk não era feita só de contestação (embora ela fosse fundamental, e meu, que saudades de arte do contra). O punk era fundamentalmente propositivo e empoderador. O lema punk era do it yourself, faça você mesmo, e faça já.
Não dependa dos outros, desconfie nas velhas maneiras de fazer as coisas, não embace, não se lamente. Qualquer um pode fazer música, fazer diferença, fazer diferente. Não tinha nada a ver com três acordes ou cabelo moicano. A máxima impregnou uma geração. Empoderados por novos instrumentos eletrônicos e técnicas digitais de gravação, botaram para quebrar. Ficou barato e simples compor, produzir, gravar e, em alguns anos, distribuir.
Só que o grande acontecimento na cultura popular mundial na virada dos 80 para os 90 não foi o grunge, um último suspiro do punk como música, finalmente levado às massas americanas. Foi a explosão da dance music eletrônica, da celebração festiva, psicodélica, pansexual, divertida e independente.
Esta sim foi influente, e seus herdeiros embalam baladas nos clubes underground e informam astros de FM como Britney Spears, Rihanna, Black Eyed Peas e muitos outros. O amigo Camilo Rocha, que sabe tudo do tema, elencou esta semana 50 pérolas da dance music produzidas em 1991, em seu blog Bate-Estaca. Seria impossível chegar ao mesmo número, procurando no rock do mesmo do ano.
É onde estamos em 2011 - vencemos. Qualquer um pode cantar, interpretar, ser engraçado ou relevante, e todo mundo tenta. Não precisamos mais de editoras para sermos autores publicados, nem de gravadoras para bancar e distribuir nossa música, nem de canais de TV para que nosso talento seja revelado.
Está aí a internet - vídeo, blogs, redes sociais, e o turbilhão só vai aumentar. Todos podemos ser heróis, mesmo que apenas por um dia, ou astros, por só quinze segundos. Queimamos rápido como fogos de artifício. Amanhã já tem outra modinha - nada mais velho que o Trending Topic de anteontem. Pequena fama, minúscula fortuna. E de vez em quando o diabo pisca um olho.
Grant Morrison descreve: quando qualquer um pode ser star, é preciso criar superstars, para separarmos nós deles; quando ser superstar está ao alcance de um mané com um laptop, resta elevar os superstars à categoria de seres supremos e inatingíveis - deuses.
E o que são Angelina Jolie, Beyoncé ou David Beckham se não divindades? Depois, Morrison garante, só resta uma última categoria possível - superdeuses, Super Gods, título de sua autobiografia-tese sobre heróis dos quadrinhos.
É boa definição para Kurt Cobain, que habita hoje o etéreo panteão dos eternamente jovens. Mas também é para o vivíssimo Justin Bieber, 17 anos, cupido endiabrado, superstar planetário máximo desde 2010. Justin Bieber tem idade para ser filho de Kurt, que tinha 18 quando fundou o Nirvana. Justin foi descoberto na internet. A mãe postava vídeos do menininho treinando e rebolando.
Foi descoberto e adestrado. Flechou os corações das menininhas menores de idade em todo o mundo. Sua música é anódina, mas mais madura que a de Cobain; não se trata de melodias, mas de atitude.
Bieber é o jovem feliz, ajustado, à vontade com sua sexualidade; Cobain era o adolescente torturado pelas espinhas, com medo de puxar papo com as garotas, um menino até morrer.
Escrevia canções como um menino embirrado - resmungos ininteligíveis, seguidos de arrasadoras explosões de fúria. O bom rock é assim, imaturo. Imagino que Bieber nunca ouviu Nevermind. Nem precisa.
Mas se ouvisse não deixaria marcas, porque nada mais deixa marcas; é tudo igualmente deleitável e deletável. Melhor assim que como antes. Se perdemos um tanto com a evolução - e perdemos - ganhamos mais. Inclusive superdeuses aqui e agora, em ação, entre nós.
Amadurecer exige deixar para trás uns brinquedos queridos. Dói. Esta semana, o R.E.M. informou o encerramento de suas atividades, depois de 31 anos, para choradeira de roqueiros pais de família. Na real? Já foi tarde. Banda tem prazo de validade e uma década já é muito. Turminha é coisa de garoto. Dá pra estender a adolescência até o final dos vinte anos, e 99% do rock que presta foi feito antes do primeiro integrante da banda completar os trinta.
Mas muitas vão se arrastando até a meia-idade e além. Não sabem fazer mais nada, e se está dando grana, por que não? Cada um defende o seu como pode, e todos nós topamos desembolsar uma grana para revisitar este ou aquele pedaço da juventude que se foi. Lá vem Ringo Starr com seu show caça-níquel. Um beatle entre nós? Ingressos esgotados.
Este é o consumidor para a caixa comemorativa de Nevermind que será lançada em alguns dias. Precisa, depois de trinta milhões de cópias vendidas desde 1991? Precisa, porque ainda há carteiras para bater. É um box com cinco CDs e um DVD, US$ 136. Está lá o Nevermind original, acrescido de zilhões de lados B, faixas ao vivo, ensaios, restos de estúdio. É mais que um souvenir, é uma autópsia.
Quando Kurt Cobain se matou, escrevi que ele injustamente negava seu talento aos fãs, que jamais ouviriam novas canções do Nirvana. Errei, e está aí o box para provar. Para quê novidade? Basta escavar os monumentos da banda e reembalar as múmias, para prazer masturbatório de coroas endinheirados e jovens desavisados.
Não estou aqui para ajudar nas vendas. Quando recebi a encomenda do R7 para escrever sobre os vinte anos de Nevermind, reagi: não tenho mais nada a dizer. Mas o portal raramente me sugere algo; e nunca ouvi um pedido para que mudasse uma palavra deste blog. Gratidão é obrigação e prazo é inspiração. Resultado: em vez de tecer uma eulogia, me peguei com ganas de chutar o defunto.
A dura verdade é que Cobain se matou na hora certa. Ia se destruir mais cedo ou mais tarde, fosse por bala, droga ou irrelevância. Sua morte salvou a reputação da banda. A implosão do Nirvana era inevitável. Krist Novoselic era só um baixista, mas a banda continha uma raridade: um baterista com pulso de protagonista.
Dave Grohl era mais chegado ao rock misógino de arena do que às frescuras e obsessões de Kurt Cobain. Dave hoje comanda multidões à frente dos Foo Fighters, fazendo rock musculoso e genérico, sem sinais de inteligência ou sensibilidade.
Com a morte de Kurt, fomos poupados de um Nirvana recheado de músicos contratados. De melancólicas turnês conjuntas com o Hole. De canções crescentemente ensimesmadas e chorosas - com imponderáveis pedras preciosas no meio do entulho. Escapamos de voltas por cima abortadas, do projeto solo esquizofrênico, da autopiedade. Das fotos dos paparazzi, emboscando o quarentão balofo, judiado pelas drogas e tratamentos.
E por fim da manchete: que fim levou Kurt Cobain? Um outro cenário, menos provável: um Kurt Cobain domesticado, produzindo CDs em série, aguando a angústia de seus primeiros anos, homenageado pelas novas gerações, recebendo prêmio no Rock'n'Roll Hall of Fame. Pior ainda.
Vamos esquecer Nevermind, o último prego no caixão do rock. Vamos pregar uma estaca no coração do século 20, que não tem nada mais a oferecer. Vamos assumir nossos superpoderes, enfrentar o presente e celebrar o futuro, que se aproxima à toda velocidade, impacto fulminante e inevitável, nas manchetes dos portais, na crise cósmica do capitalismo, na tempestade perfeita de superpopulação superconectada.
Chega de nostalgia. Nirvana não importa. Perfeita harmonia é perfeita paralisia. Que os mortos enterrem os mortos. Faça você mesmo - faça AGORA."
Tenho algumas pequenas ressalvas, mas concordo com a idéia central do texto.
Leiam que vale a pena.
"Nevermind não importa
Nevermind foi saudado em 1991 como marco zero de uma nova era. Inspirou incontáveis tratados sobre como encapsulava à perfeição a anomia da geração X. Hoje, dá para enxergar o exato contrário: o Nirvana produziu uma lápide, ponto final da era anterior. Nevermind foi o último disco que importou.
Depois os álbuns não importaram mais, nem os roqueiros, nem a música. Ela deixou de ser o coração da cultura jovem. Foi substituída pela internet. Música no século 21 é trilha sonora para outras atividades. Tínhamos poucos vinis; eram caros e raros e valorizados e debatidos. Hoje carregamos milhares e milhares de música no bolso, temos à disposição na rede todas as canções jamais gravadas, e ouvimos cada uma duas, três vezes no máximo.
O Nirvana foi fundado em 1985. Era uma banda ética e conceitualmente punk na América de Reagan - potencial comercial zero. Cobain ficaria embasbacado com 2011, quando o principal sonho punk é nosso dia a dia. A alma do punk não era feita só de contestação (embora ela fosse fundamental, e meu, que saudades de arte do contra). O punk era fundamentalmente propositivo e empoderador. O lema punk era do it yourself, faça você mesmo, e faça já.
Não dependa dos outros, desconfie nas velhas maneiras de fazer as coisas, não embace, não se lamente. Qualquer um pode fazer música, fazer diferença, fazer diferente. Não tinha nada a ver com três acordes ou cabelo moicano. A máxima impregnou uma geração. Empoderados por novos instrumentos eletrônicos e técnicas digitais de gravação, botaram para quebrar. Ficou barato e simples compor, produzir, gravar e, em alguns anos, distribuir.
Só que o grande acontecimento na cultura popular mundial na virada dos 80 para os 90 não foi o grunge, um último suspiro do punk como música, finalmente levado às massas americanas. Foi a explosão da dance music eletrônica, da celebração festiva, psicodélica, pansexual, divertida e independente.
Esta sim foi influente, e seus herdeiros embalam baladas nos clubes underground e informam astros de FM como Britney Spears, Rihanna, Black Eyed Peas e muitos outros. O amigo Camilo Rocha, que sabe tudo do tema, elencou esta semana 50 pérolas da dance music produzidas em 1991, em seu blog Bate-Estaca. Seria impossível chegar ao mesmo número, procurando no rock do mesmo do ano.
É onde estamos em 2011 - vencemos. Qualquer um pode cantar, interpretar, ser engraçado ou relevante, e todo mundo tenta. Não precisamos mais de editoras para sermos autores publicados, nem de gravadoras para bancar e distribuir nossa música, nem de canais de TV para que nosso talento seja revelado.
Está aí a internet - vídeo, blogs, redes sociais, e o turbilhão só vai aumentar. Todos podemos ser heróis, mesmo que apenas por um dia, ou astros, por só quinze segundos. Queimamos rápido como fogos de artifício. Amanhã já tem outra modinha - nada mais velho que o Trending Topic de anteontem. Pequena fama, minúscula fortuna. E de vez em quando o diabo pisca um olho.
Grant Morrison descreve: quando qualquer um pode ser star, é preciso criar superstars, para separarmos nós deles; quando ser superstar está ao alcance de um mané com um laptop, resta elevar os superstars à categoria de seres supremos e inatingíveis - deuses.
E o que são Angelina Jolie, Beyoncé ou David Beckham se não divindades? Depois, Morrison garante, só resta uma última categoria possível - superdeuses, Super Gods, título de sua autobiografia-tese sobre heróis dos quadrinhos.
É boa definição para Kurt Cobain, que habita hoje o etéreo panteão dos eternamente jovens. Mas também é para o vivíssimo Justin Bieber, 17 anos, cupido endiabrado, superstar planetário máximo desde 2010. Justin Bieber tem idade para ser filho de Kurt, que tinha 18 quando fundou o Nirvana. Justin foi descoberto na internet. A mãe postava vídeos do menininho treinando e rebolando.
Foi descoberto e adestrado. Flechou os corações das menininhas menores de idade em todo o mundo. Sua música é anódina, mas mais madura que a de Cobain; não se trata de melodias, mas de atitude.
Bieber é o jovem feliz, ajustado, à vontade com sua sexualidade; Cobain era o adolescente torturado pelas espinhas, com medo de puxar papo com as garotas, um menino até morrer.
Escrevia canções como um menino embirrado - resmungos ininteligíveis, seguidos de arrasadoras explosões de fúria. O bom rock é assim, imaturo. Imagino que Bieber nunca ouviu Nevermind. Nem precisa.
Mas se ouvisse não deixaria marcas, porque nada mais deixa marcas; é tudo igualmente deleitável e deletável. Melhor assim que como antes. Se perdemos um tanto com a evolução - e perdemos - ganhamos mais. Inclusive superdeuses aqui e agora, em ação, entre nós.
Amadurecer exige deixar para trás uns brinquedos queridos. Dói. Esta semana, o R.E.M. informou o encerramento de suas atividades, depois de 31 anos, para choradeira de roqueiros pais de família. Na real? Já foi tarde. Banda tem prazo de validade e uma década já é muito. Turminha é coisa de garoto. Dá pra estender a adolescência até o final dos vinte anos, e 99% do rock que presta foi feito antes do primeiro integrante da banda completar os trinta.
Mas muitas vão se arrastando até a meia-idade e além. Não sabem fazer mais nada, e se está dando grana, por que não? Cada um defende o seu como pode, e todos nós topamos desembolsar uma grana para revisitar este ou aquele pedaço da juventude que se foi. Lá vem Ringo Starr com seu show caça-níquel. Um beatle entre nós? Ingressos esgotados.
Este é o consumidor para a caixa comemorativa de Nevermind que será lançada em alguns dias. Precisa, depois de trinta milhões de cópias vendidas desde 1991? Precisa, porque ainda há carteiras para bater. É um box com cinco CDs e um DVD, US$ 136. Está lá o Nevermind original, acrescido de zilhões de lados B, faixas ao vivo, ensaios, restos de estúdio. É mais que um souvenir, é uma autópsia.
Quando Kurt Cobain se matou, escrevi que ele injustamente negava seu talento aos fãs, que jamais ouviriam novas canções do Nirvana. Errei, e está aí o box para provar. Para quê novidade? Basta escavar os monumentos da banda e reembalar as múmias, para prazer masturbatório de coroas endinheirados e jovens desavisados.
Não estou aqui para ajudar nas vendas. Quando recebi a encomenda do R7 para escrever sobre os vinte anos de Nevermind, reagi: não tenho mais nada a dizer. Mas o portal raramente me sugere algo; e nunca ouvi um pedido para que mudasse uma palavra deste blog. Gratidão é obrigação e prazo é inspiração. Resultado: em vez de tecer uma eulogia, me peguei com ganas de chutar o defunto.
A dura verdade é que Cobain se matou na hora certa. Ia se destruir mais cedo ou mais tarde, fosse por bala, droga ou irrelevância. Sua morte salvou a reputação da banda. A implosão do Nirvana era inevitável. Krist Novoselic era só um baixista, mas a banda continha uma raridade: um baterista com pulso de protagonista.
Dave Grohl era mais chegado ao rock misógino de arena do que às frescuras e obsessões de Kurt Cobain. Dave hoje comanda multidões à frente dos Foo Fighters, fazendo rock musculoso e genérico, sem sinais de inteligência ou sensibilidade.
Com a morte de Kurt, fomos poupados de um Nirvana recheado de músicos contratados. De melancólicas turnês conjuntas com o Hole. De canções crescentemente ensimesmadas e chorosas - com imponderáveis pedras preciosas no meio do entulho. Escapamos de voltas por cima abortadas, do projeto solo esquizofrênico, da autopiedade. Das fotos dos paparazzi, emboscando o quarentão balofo, judiado pelas drogas e tratamentos.
E por fim da manchete: que fim levou Kurt Cobain? Um outro cenário, menos provável: um Kurt Cobain domesticado, produzindo CDs em série, aguando a angústia de seus primeiros anos, homenageado pelas novas gerações, recebendo prêmio no Rock'n'Roll Hall of Fame. Pior ainda.
Vamos esquecer Nevermind, o último prego no caixão do rock. Vamos pregar uma estaca no coração do século 20, que não tem nada mais a oferecer. Vamos assumir nossos superpoderes, enfrentar o presente e celebrar o futuro, que se aproxima à toda velocidade, impacto fulminante e inevitável, nas manchetes dos portais, na crise cósmica do capitalismo, na tempestade perfeita de superpopulação superconectada.
Chega de nostalgia. Nirvana não importa. Perfeita harmonia é perfeita paralisia. Que os mortos enterrem os mortos. Faça você mesmo - faça AGORA."
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Rock (?) in Rio
Mesmo sem os Cavalera Brothers os caras continuam segurando a onda legal!!!
É impressão minha ou esse palco Sunset está muito mais interessante que o principal?
É impressão minha ou esse palco Sunset está muito mais interessante que o principal?
domingo, 25 de setembro de 2011
Tempo real 2
Os Chilli Peppers estão no palco do Rock in Rio, o som está bom, o repertório também, mas, honestamente, John Frusciante faz uma baita falta!!!!!!
sábado, 24 de setembro de 2011
Tempo real
Não percam, agora no Multishow (para quem é do Brasil), o show do Milton Nascimento com a Esperanza Spalding no Rock in Rio.
Sem preconceitos com a "MPB", mas essa banda é o que o Milton precisava há anos!!!
Aproveitem.
Sem preconceitos com a "MPB", mas essa banda é o que o Milton precisava há anos!!!
Aproveitem.
Só isso ...
Essa bandinha de garagem, com som meio sujo tem nas guitarras apenas Jeff Beck e Jimmy Page. Antes deles que tocava o instrumento na banda era um tal de Eric Clapton.
Pouca b... não, muita b...
Pouca b... não, muita b...
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Feliz aniversário!!!!
E não é que o blog completou um ano no último dia 21!!!
Acabou passando em branco no dia, mas nunca é tarde para comemorar, certo?
E por falar em Don Letts ...
Amanhã sem falta coloco um post sobre um evento (musical) triste que aconteceu no dia 21.
Até, abs.
Acabou passando em branco no dia, mas nunca é tarde para comemorar, certo?
E por falar em Don Letts ...
Amanhã sem falta coloco um post sobre um evento (musical) triste que aconteceu no dia 21.
Até, abs.
domingo, 18 de setembro de 2011
Omelete
Com quantas bandas se faz uma banda boa?
White Stripes + The Kills + Queens of the Stone Age + The Greenhornes = The Dead Weather
Blues rock garageiro com uma pegada funkeada pra ninguém botar defeito!!!
Set de aproximadamente 20 minutos ao vivo para a TV.
White Stripes + The Kills + Queens of the Stone Age + The Greenhornes = The Dead Weather
Blues rock garageiro com uma pegada funkeada pra ninguém botar defeito!!!
Set de aproximadamente 20 minutos ao vivo para a TV.
E por falar em Gnarls Barkley ...
Não conhecia esse clipe.
Muito bacana.
Dennis Hopper é o cara!!!!!!!!!!!
Muito bacana.
Dennis Hopper é o cara!!!!!!!!!!!
Baião de dois, pt. 3
O terceiro elemento, na guitarra e teclados, é o Josh Klinghoffer, atual titular das guitarras do Red Hot Chilli Peppers.
sábado, 17 de setembro de 2011
Em por falar em Portishead ...
mais precisamente no Third, terceiro e mais recente álbum da banda.
Na boa esse disco não sai da vitrolinha, do cd player e do Ipod. É de 2008, mas está caindo muito bem em 2011.
Na boa esse disco não sai da vitrolinha, do cd player e do Ipod. É de 2008, mas está caindo muito bem em 2011.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Reverb
Diretamente do URBE, blog do Bruno Natal, e com as devidas aspas:
"Pra comemorar as 500 edições do Late Night With Jimmy Fallon, a produção editou um clipe em homenagem ao The Roots, a banda do programa, compilando todos os elogios que a banda recebeu dos convidados."
Ah sim, com vocês, os The Roots!!!!!!!!!!
"Pra comemorar as 500 edições do Late Night With Jimmy Fallon, a produção editou um clipe em homenagem ao The Roots, a banda do programa, compilando todos os elogios que a banda recebeu dos convidados."
Ah sim, com vocês, os The Roots!!!!!!!!!!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Para esquentar a alma
... nesse dia tipicamente londrino em São Paulo.
Só um detalhe, essa pequena é a namorada do cara, que não está fraco não!!!
Só um detalhe, essa pequena é a namorada do cara, que não está fraco não!!!
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
The weekend
Um final de semana com David Brent (Ricky Gervais) e as duas sensacionais temporadas de The Office (a versão inglesa).
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Eu acredito em Otto!!!!!!!!
Um espírito atormentado, porém, sem dúvida, livre!!!!!!
Um verdadeiro surrealista!!!
Um verdadeiro surrealista!!!
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Loutallica
Não sei que bicho vai sair dessa toca, mas confesso que estou muito curioso. Para quem ainda não sabe, eles vão lançar juntos um disco com músicas inéditas(as letras do Lou Reed, claro).
O Adolfo não gostou, mas ...
Não ouço Metallica deve ter quase 20 anos, ainda sim trata-se de uma banda muito além do respeitável. Já o Lou, bem, ele é o Rei de Nova York, não a do Giuliani, aquela retratada no filme Taxi Driver.
Ah, e, conforme consta de matéria publicada na última revista Mojo, o velho pirou na "beleza" do baixista Robert Trujillo.
Abs.
O Adolfo não gostou, mas ...
Não ouço Metallica deve ter quase 20 anos, ainda sim trata-se de uma banda muito além do respeitável. Já o Lou, bem, ele é o Rei de Nova York, não a do Giuliani, aquela retratada no filme Taxi Driver.
Ah, e, conforme consta de matéria publicada na última revista Mojo, o velho pirou na "beleza" do baixista Robert Trujillo.
Abs.
Planeta Terra 2011
Tenho a impressão de que o BEADY EYE (ou Oasis sem o Noel) vai roubar a cena dos Strokes no festival em novembro. Dizem as más linguas que o esgotamento ultra rápido das entradas se deveu ao movimento dos fãs do Oasis.
O disco é bacaninha - mas me parece que falta um certo toque de qualidade das composições do Noel - e é inegável que o Liam está cantando como há muitos anos - mesmo - não fazia.
E essa música é bem boa (John Lennon solo puro):
O disco é bacaninha - mas me parece que falta um certo toque de qualidade das composições do Noel - e é inegável que o Liam está cantando como há muitos anos - mesmo - não fazia.
E essa música é bem boa (John Lennon solo puro):
terça-feira, 6 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Música bacana, clipe também, mas ...
... essa tecladeira!!!
Sonho de consumo, e nem sei direito a razão, pois toco patavinas de qualquer instrumento!!!
Agora sim, bom final de semana.
Sonho de consumo, e nem sei direito a razão, pois toco patavinas de qualquer instrumento!!!
Agora sim, bom final de semana.
Como foi?
Alguém foi no Bourbon St. ver Tinariwen e Aloe Blacc?
Então me conta!
E Tia Alice batendo palminha ao som do groove, demais!!!
Então me conta!
E Tia Alice batendo palminha ao som do groove, demais!!!
Fiquem de olhos - de gato - bem abertos!!!
Ainda escreverei sobre essa banda (dupla) por aqui:
Eles fizeram uma apresentação no Vaticano, e o Papa estava na platéia (!!!!):
Reparem que uma das backing vocals estava tão nervosa que chega a ter uns espasmos.
Eles fizeram uma apresentação no Vaticano, e o Papa estava na platéia (!!!!):
Reparem que uma das backing vocals estava tão nervosa que chega a ter uns espasmos.
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