Não sou exatamente grande fã de carnaval (a festa).
Prefiro mesmo, atualmente, uns bons dias de descanso, mas costumava gostar de carnaval de clube ou mesmo de rua, isso antes da invasão da música carnavalesca da Bahia que, com todo o respeito, deve até ser legal, mas na Bahia mesmo.
Acredito que o carnaval em Pernambuco deva ser muito bacana, apesar de nunca ter ido.
Quanto aos desfiles de escolas de samba, também não sou dos mais chegados, apesar de assistir alguns poucos momentos na TV.
Mas essa manhã assisti a uma matéria muito bacana no programa Bom dia Brasil, da TV Globo, que mostrava um pouco das baterias de algumas escolas do Rio de Janeiro, cada uma com sua batida e características peculiares.
A Grande Rio com seu repertório ousado de 7 paradinhas (a dos atabaques é sensacional!), a da Vila Isabel com suas coreografias, e que só no nome já merece nota máxima - Swingueira de Noel (ele mesmo, o Rosa); o Salgueiro e sua bateria "Furiosa" e a Mocidade, apelidada carinhsamente de "Bateria Nota 10", com seu nipe de frigideiras e seus surdos de terceira de batida impressionante.
Achei muito bacana, são verdadeiras orquestras!!!
Vale muito a pena dar um pulo no site do programa e assistir por lá.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/03/mestres-de-bateria-do-rio-contam-como-vao-conquistar-nota-dez.html
Isso me fez lembrar de uma passagem fantástica do livro do Lobão, na qual ele conta como foi o teste para integrar a bateria da Mangueira.
Imaginem só o roqueiro branquelo e classe média tentando entrar no coração da escola de samba mais popular do Rio de Janeiro (tá certo que ele foi convidado, pois já frequentava bastante o morro). Começa o teste e botam ele de frente para o mestre de bateria para tocar tamborim (que é um dos instrumentos mais difíceis). A tensão é grande para não atravessar o ritmo. Eis que o mestre faz um sinal e um instrumentista gruda o tamborim na orelha do Lobão, tocando totalmente fora do ritmo.
Não precisa nem dizer que o grande Lobo, baterista que é, conseguiu passar no teste e ainda ficou brother do mestre da bateria. Bom, a passagem do desfile é outra sensacional, mas essa é melhor ler no livro mesmo.
Abs.
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